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Comunicações Sociais: “Igreja oferece o seu contributo para uma comunicação mais digna da pessoa humana e do bem comum”

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Nota Pastoral assinala o 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a ser celebrado no próximo dia 24 de maio, Domingo da Ascensão do Senhor.

Recordando o versículo do salmo 145 «Uma geração transmitirá à outra o louvor das Vossas obras, anunciando as Vossas proezas» (Sl. 145, 4), a Comissão Episcopal da Cultura, dos Bens Culturais e das Comunicações Sociais divulgou uma nota pastoral, elogiando o trabalho dos profissionais de comunicação social e evocando a sua “sapiência, coragem, paciência e discernimento” nestes tempos de crise.

“Na situação atual que vive a humanidade em geral e o Povo Português em particular, urge a Boa Noticia que integre o respeito absoluto pela verdade dos factos mas igualmente alimente a esperança no futuro melhor alicerçado no testemunho de tantos dos nossos antepassados que nos deixaram uma história narrada de heroicidade”, refere a nota pastoral.

A Comissão Episcopal considera “fundamental e imprescindível” o serviço da comunicação social, em especial a comunicação “de proximidade como seja a comunicação social regional”, a funcionar “com escassos meios”.

Há dois meses, em mensagem é dirigida aos profissionais da comunicação social, a Comissão Episcopal da Cultura, dos Bens Culturais e das Comunicações Sociais já alertava para a situação dos meios regionais que “com escassos meios mas com profissionais generosos e zelosos no desejo de comunicar, de oferecer a noticia, de auscultar as necessidades das populações mais distantes e esquecidas, e alertando para o dever de justiça e de partilha para com os que não têm voz nem vez na sociedade”.

“As exigências que se colocam à comunicação social em geral e da Igreja em particular, apelam para que todos os cidadãos reflitam e sintam a sua importância na sociedade e na cultura atuais; mas de modo particular este apelo é lançado aos cristãos de forma a valorizarem com a sua atenção e contributo os meios de comunicação social da Igreja”, conclui a estrutura da Conferência Episcopal Portuguesa.

 

“Histórias que tragam à luz a verdade daquilo que somos”

A Comissão relembra a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, publicada em janeiro, na qual refere que precisamos de «sapiência para patrocinar e criar narrações belas, verdadeiras e boas» (nº 2). E, acrescenta que «necessitamos de coragem para rejeitar as falsas e depravadas» (nº 2). E, por último, «precisamos de paciência e discernimento para descobrirmos histórias que nos ajudem a não perder o fio, no meio das inúmeras lacerações de hoje; histórias que tragam à luz a verdade daquilo que somos, mesmo na heroicidade oculta do dia a dia» (nº2).

O Santo Padre considera o homem “um ente narrador” que para tecer a história no tear comum da humanidade necessita de se confrontar com o Narrador por excelência, Jesus de Nazaré, de modo a «aproximarmo-nos depois dos protagonistas, dos nossos irmãos e irmãs, atores juntamente connosco da história de hoje». Porque, na verdade, «ninguém é mero figurante no palco do mundo; a história de cada um está aberta a possibilidades de mudança» (nº 5).

JM

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05 de Maio de 2020