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“Igreja em Rede” da Diocese de Setúbal em destaque no Dia Mundial das Comunicações Sociais

Anabela Sousa, Diretora do Gabinete de Comunicação da Diocese, foi convidada das “Conversas na Ecclesia”, no segmento “Ninguém se salva sozinho”, esta semana dedicado à comunicação social.

“Quando soubemos que as portas iam fechar, a nossa preocupação foi perceber que sentido dar ao que estava a acontecer e fazer coisas muito simples para que as comunidades e as famílias se mantivessem ligadas.”

A “Igreja em Rede” tem acompanhando as comunidades da Diocese de Setúbal desde 14 de março com a transmissão das Eucaristias; a oração diária do terço dinamizada por grupos e movimentos (até à Semana Santa) e pelas paróquias (depois da Semana Santa); a recitação da Via Sacra e da Via Lucis; o itinerário pascal dinamizado pelo Departamento da Juventude e a reflexão diária da liturgia por um sacerdote da Diocese que atualiza a Palavra aos tempos que estamos a viver.

“A determinada altura nós percebemos que as Paróquias, todas elas, à sua medida, estavam a fazer alguma coisa. E não quisemos, como o Papa nos diz [na Mensagem do Dia Mundial das Comunicações Sociais], de deixar de contar essas histórias. Lançámos então durante o tempo pascal a iniciativa “A Igreja somos Nós!”.

“Têm nos chegado fotografias e testemunhos muito bonitos e ricos desta Igreja que não parou e que se está a reinventar a cada passo na fidelidade à sua missão de anunciar o Evangelho”, avalia a responsável.

“Tivemos uma recetividade enorme” refere Anabela Sousa, acrescentando que o trabalho da “Igreja em Rede” só está a ser possível graças a um trabalho conjunto. “Todos nos sentimos no mesmo barco. Todos sentimos que temos que fazer um trabalho conjunto. Porque se não fizermos um trabalho conjunto a nossa mensagem não vai chegar, nem para dentro nem para fora.”

Para a Diretora do Gabinete de Comunicação, o grande desafio que fica para os agentes pastorais desta Diocese é “pensar pastoralmente como é que a comunicação pode ser concretizada”, pois “a comunicação não é só divulgar notícias”. O verdadeiro desafio está em “pensar toda a pastoral tendo em conta a realidade da comunicação digital”.

Anabela Sousa reafirmou a necessidade da “partilha de experiências” e de “conhecimentos” para que o “trabalho de conjunto dentro da Igreja seja uno”. “Se conseguirmos comunicar dentro da Igreja e para os nossos, vamos conseguir chegar com força fora”, afirmou.

A conversa, transmitida pelas redes sociais, contou com a participação de D. João Lavrador, Bispo de Angra do Heroísmo e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, Isabel Figueiredo, diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Socais, e Paulo Rocha, diretor da Agência Ecclesia.

 

Na comunicação (também) «ninguém se salva sozinho»

“Na comunicação social ou estamos em conjunto ou não está ninguém”, afirmou D. João Lavrador, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Para o prelado, é necessário construir “uma rede articulada” de comunicação.

“O valor da comunicação social está na rede, em criar as sinergias”, disse D. João Lavrador, acrescentando que é necessário formar os comunicadores, porque não serve “fazer tudo na mesma” e celebrar para as câmaras como se celebra para uma assembleia.

“Temos de nos preparar para a forma de estar no digital. Precisamos de aprender”, afirmou.

O bispo de Angra referiu-se também à utilidade dos meios digitais para a formação, seja a nível geral, e até “superior”, colocando à disposição de todos a formação à distancia “com o mesmo nível de habilitações”.

Para D. João Lavrador, a experiência de celebração no ambiente digital não vai “substituir” os encontros presenciais, antes os “integra” e “vai potenciar” a celebração presencial.

Isabel Figueiredo considera que “se já era grande a responsabilidade da comunicação social da Igreja, ela agora é maior”.

“O desafio maior é continuar o caminho da partilha. Só conseguiremos andar para a frente se nos habituarmos a uma partilha regular do que fazemos, sem deixar cartas na manga, coisas escondidas”, sublinhou.

Para a diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, o caminho é o da partilha, sem que cada um esteja preocupado em “marcar mais pontos”, antes em fazer do trabalho de todos o melhor.

As “Conversas na Ecclesia” são publicadas diariamente no portal da Agência Ecclesia, em texto e vídeo, de segunda a sexta-feira, começando com diálogos com jovens (Momentos F5), seguindo depois com temas sociais (“Ninguém se salva sozinho”), de novas formas de comunicação e celebração (“Ligados em Casa”), a “Semana do Papa” e propostas culturais, à sexta-feira, numa conversa em torno dos “Cinco Sentidos”.

JM e ©Agência Ecclesia

 

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28 de Maio de 2020