Liturgia de Quinta-feira da IX Semana do Tempo Comum
Comentário à liturgia de hoje pelo Padre José Gusmão
A Palavra da liturgia de hoje lança o maior desafio: “Amar a Deus com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo”.
Não se trata de cumprir muitos preceitos ou de dar preferência a múltiplas práticas de culto externo. “Amar a Deus e ao próximo vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios”.
Como se torna difícil ser forte no cumprimento deste mandamento e conseguir interiorizar esta palavra no coração! Louvamos muitas vezes o Senhor com os lábios usando palavras sonantes; fazemos ofertas que divulgamos convenientemente, esquecendo o óvulo da viúva ou a aquela palavra “que a mão direita não saiba o que faz a esquerda”; cumprimos promessas… Mas o nosso coração está longe do Senhor porque não somos capazes de deixar de lado as nossas mágoas, desgostos e traições…
Deixamo-nos escravizar por coisas tão banais e não somos capazes de perdoar aos outros as suas fraquezas. É difícil seguir o Senhor, mas morrendo com Ele é que com Ele viveremos.
Na primeira leitura, S. Paulo oferece os seus sofrimentos, pois “está preso àquelas cadeias como um malfeitor”. Apesar de tudo diz-nos que a Palavra de Deus não está acorrentada. Por isso, convida-nos a suportar os sacrifícios que, movidos pela Palavra, a nossa fé nos possa trazer. Pois é sofrendo por Cristo, permanecendo fiel como Ele até à morte, entregando-nos a testemunhar o amor na solidariedade, particularmente nestes tempos difíceis de pandemia, perdoando quando não somos compreendidos ou somos desprezados por defendermos a Palavra da Verdade que poderemos chegar a viver com Cristo e em Cristo.
Senhor, ajuda-me a nunca desistir de me aperfeiçoar. Que eu seja capaz de Te seguir, de me aproximar de Ti, pois só Tu és o Caminho que me leva à Vida.
Padre José Gusmão