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Liturgia Diária: Sexta-feira da XII Semana do Tempo Comum – “Se quiseres, podes curar-me.” (Mt 8, 1-4)

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Liturgia de Sexta-feira da XII Semana do Tempo Comum

Comentário à liturgia de hoje pelo Padre Afonso Liberal, Vigário Paroquial da Cova da Piedade

O evangelista Mateus, depois de apresentar Jesus como douto e novo legislador no discurso da montanha, mostra-o como curador numa série narrativa de dez milagres, agrupados por tríade que se concluem com uma passagem doutrinal. Assim completa a imagem de Cristo, Profeta e Homem de Deus, poderoso em obras e palavras.

O evangelho de hoje relata o primeiro milagre da primeira tríade: a cura de um leproso. A cena tem lugar “ao descer Jesus da montanha”. Aproximou-se dele o leproso e disse-lhe: Senhor, se queres, podes purificar-me. Jesus estendeu a mão e tocou-o dizendo: Quero. Fica purificado! E imediatamente ficou curado da lepra.

Importa destacar que a cura é precedida de um breve dialogo que expressa a fé do agraciado. O leproso de joelhos diante de Jesus, chamo-O “SENHOR” título que a primitiva comunidade cristã deu a Cristo ressuscitado. A fé pascal transvasou-se para a redacção evangélica, posterior aos factos narrados. Mas a fé do doente é evidente: se queres, podes limpar-me. Isto demonstra-nos, uma vez mais, que a fé era condição indispensável para os milagres de jesus.

Cada milagre de Jesus proclama que Ele é fonte de vida, esperança e libertação para o homem: porque o significado mais profundo dos milagres de Jesus radica no seu mistério pascal, na sua vitória sobre a morte por meio da sua ressurreição que é o maior dos milagres.

O sinal libertador assinala-nos um caminho de compromisso cristão com a libertação da dor dos nossos semelhantes em qualquer das suas manifestações: doença e fome, opressão e escravidão, miséria e ignorância. Para que outro meio, senão este, pode o mundo de hoje captar a presença de Cristo e a acção libertadora do seu evangelho entre os homens nossos irmãos?

Obrigado, Pai, porque Jesus, curando os leprosos mostrou-nos que o amor não marginaliza ninguém, antes regenera a pessoa. Cada cura de Cristo confirma- nos na chegada do teu reino.

Padre Afonso Liberal

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26 de Junho de 2020