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Liturgia de Segunda-feira da XIV Semana do Tempo Comum – “Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou.” (Mt 9, 18-26)

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Liturgia de Segunda-feira da XIV Semana do Tempo Comum

Comentário à liturgia de hoje pelo Padre João Luis Paixão, Pároco da Trafaria

O Evangelista Mateus procura apresentar Jesus que age com autoridade e nos desafia a uma vida renovada a partir da Fé. O encontro com a mulher hemorroíssa e com a filha de Jairo são uma oportunidade para apresentar o verdadeiro encontro com Jesus a que somos convidados e o que ele pode provocar em nós. O sangue é sempre sinal de vida para os judeus. Perder sangue como aquela mulher, é ir perdendo aos poucos a sua vida e nela vemo-nos todos refletidos, todos os que pelas nossas infidelidades e fraquezas, vamos perdendo o nosso sentido de pertença a Deus.

Na primeira leitura vemos Oseias no seu relato vivo como Deus chama continuamente o seu povo á fidelidade ainda que este se afaste de novo. Tocar no manto de Jesus é retomar o caminho com ele, é a minha ação, o meu movimento de quem se dispõe a recomeçar de novo. A Fé torna-se assim uma resposta a um Deus de Amor, Misericórdia e Fidelidade que embora eu caia no torpor da filha Jairo, também por Ele sou reerguido.

A ditadura do relativismo que atingiu a nossa sociedade cega-nos e não nos deixa ver aquele que nos pode salvar, Cristo torna-se um entre muitos projetos, alguém que disse umas coisas muito lindas, mas que não me desafia, desafia a fazer este salto da fé dado por esta mulher. Vivemos numa sociedade que se vai esvaindo da sua vitalidade que brota do Evangelho, que vai adormecendo até quase morrer como a filha de Jairo.

Muitos são os desafios da Igreja do século XXI. Jamais poderíamos pensar no inicio deste milénio que teríamos de enfrentar todos estes problemas, mas todos eles tem uma solução quando são vistos à luz da Fé, Fé essa que nos impele à fidelidade.

Temos a grave responsabilidade de sermos aqueles que levam o homem de hoje a Jesus, sem medo ou receio, tenhamos confiança, a nossa fé a todos salvará.

Padre João Luís Paixão

 

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06 de Julho de 2020