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Liturgia de Terça-feira da XIV Semana do Tempo Comum – “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.” (Mt 9, 32-38)

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Liturgia de Terça-feira da XIV Semana do Tempo Comum

Comentário à liturgia de hoje pelo Padre Álvaro Lago, sdb, Pároco “In Solidum” de S. José, Setúbal

O Evangelho deste dia é revelador da grande ação da “pregação do Evangelho do Reino”. Jesus vive nitidamente para ir, para ir em busca daqueles que necessitam da sua Palavra e da sua ação misericordiosa e curadora.

A atitude ternurenta e atenta de Jesus, enchendo-se de compaixão, acontece porque percebe que aqueles que o escutam e acompanham são “como ovelhas sem pastor”. Assim, realça a missão que o Pai lhe entrega, de tal forma que os seus constantes itinerários por cidades e aldeias, curando os doentes e dando atenção aos que mais precisam, anuncia que o Reino de Deus está presente. E Ele é o Reino em pessoa que se instala e faz o mundo um lugar de Amor. As Maravilhas do Senhor estão presentes entre nós, por Jesus.

Curiosamente, as reações a esta forma de Jesus estar entre nós são diferentes. Uns diziam e anunciavam o seu espanto que os levava a concordar que “nunca se viu coisa semelhante em Israel!” E este espanto é sinal de afinidade e aceitação de Jesus. Outros, em contrapartida, faziam leituras ajuizantes e maldosas sobre o bem de Jesus, e anunciavam o seu descrédito de tanta Graça que era derramada diante dos seus olhos. Que infelizes, poderíamos nós concluir… Não perceber que era o próprio Senhor em pessoa a agir em favor dos mais pobres, necessitados e mais pequeninos!

De alguma forma, a primeira leitura em sintonia com o Evangelho, deixa-nos uma interpelação. Convém não nos ficarmos pela apreciação simples e avaliadora sobre o que outros compreenderam da pessoa de Jesus e sobre o que não aceitaram reconhecer. O que está em causa é a possibilidade de termos os mesmos comportamentos diante do Senhor Deus. Comportamentos de afastamento e de rejeição…

Desta forma, o profeta Oseias faz uma apreciação, em nome do Senhor, que deixa aqueles que se afastam dele em situação muito delicada e de abandono. Porque não aceitam a Lei e o Amor dedicado do Senhor Deus, acabarão por viver uma vida sem sentido e perecer distantes. Esta é a interpelação que fortalece toda a ação de Jesus. Porque não nos questionamos? Que ídolos são os meus, nos meus tempos e na minha vida? Procuro reencontrar-me num processo de purificação, no aconchego do “colo” de Jesus, que me leve à conversão? Aprendo a reconhecer a Lei do Senhor que me leva à fidelidade ao Deus da Vida?

A nossa resposta humana aos dons do nosso Senhor e Deus de Amor será somente a confiança plena e única no Pai do Céu.

Santo e feliz dia!

Padre Álvaro Lago, sdb

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07 de Julho de 2020