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A Palavra do Papa: o trigo, o joio, a escuta dos migrantes e o novo apelo à paz

Esta semana, o Santo Padre explicou a parábola do Evangelho de Mateus, como sendo uma “história de bom senso” e de descoberta da vocação cristã. Na recitação do Angelus, o Papa apelou “a um cessar-fogo global e imediato” para ajudar as vítimas da pandemia. A propósito do 106º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, assinalado a 27 de setembro, foi divulgada uma mensagem do Papa em vídeo.

A Parábola do Joio inspirou a alocução do Santo Padre no XVI Domingo do Tempo Comum, antes de rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro. O Papa explica que esta é “uma história de bom senso. Pode-se ler nesta parábola uma visão da história. Ao lado de Deus – o dono do campo – que semeia sempre e somente boa semente, há um adversário, que espalha o joio para impedir o crescimento do trigo”.

“A intenção do adversário é atrapalhar a obra da salvação, fazer com que o Reino de Deus seja obstaculizado por operários iníquos, semeadores de escândalos. De fato, a boa semente e o joio representam não o bem e o mal abstratamente, não, mas nós seres humanos, que podemos seguir a Deus ou ao diabo”, referiu o Sumo Pontífice.

O Papa propõe “a paciência de Deus, representada pelo proprietário do campo que tem o seu olhar fixo no bom trigo, e que abre os nossos corações à esperança” como exemplo do agir cristão.

“Suportar as perseguições e as hostilidades faz parte da vocação cristã” disse Francisco, e colaboram bem com Deus “aqueles que sabem reconhecer o bem que cresce silenciosamente no campo da Igreja e da história, cultivando-o até a maturação. E então será Deus, e somente Ele, a recompensar os bons e punir os maus”.

 

“Escutar para reconciliar-se”

A pretexto do 106º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o Vaticano tem divulgado alguns conteúdos multimédia para aprofundar a mensagem do Papa para este ano, com o tema “Forçados, como Jesus Cristo, a fugir”.

No vídeo divulgado este mês, Francisco convida a uma escuta atenta e humilde através da qual possamos ser verdadeiramente reconciliados.

“Num mundo onde todos querem ter razão, não há mais espaço para escutar. Fala-se apenas. Mas é somente através da escuta humilde e atenta que podemos realmente chegar a reconciliar-nos” refere o Papa.

 

“Cessar-fogo global” em tempo de pandemia

“Neste momento em que a pandemia não parece abrandar, desejo assegurar a minha proximidade aos que estão a enfrentar a doença e as suas consequências económicas e sociais”, disse Francisco, da janela do apartamento pontifício, após a recitação do Angelus.

“O meu pensamento vai em particular para as populações cujos sofrimentos são agravados por situações de conflito”, acrescentou, renovando o seu apelo “a um cessar-fogo global e imediato, que permita a paz e a segurança indispensáveis para oferecer a ajuda humanitária necessária”.

JM (com recursos Vatican News e Agência Ecclesia)

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24 de Julho de 2020