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A Palavra do Papa: os pés de Nossa Senhora, a nossa história aos olhos de Deus e a oportunidade de fazer diferente

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Esta semana, o Papa Francisco recorreu à chegada do homem à lua para falar de Nossa Senhora. Convidou-nos a olhar para a nossa própria historia no Ângelus de Domingo e exortou-nos a sairmos melhores da pandemia na sua audiência de quarta-feira.

Os passos de Nossa Senhora e o diálogo no Nilo

No passado sábado, Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, o Papa Francisco recordou a célebre frase do astronauta Neil Armstrong, quando pôs os pés na lua: «Este é um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.»

Na alocução habitual, proferida antes da oração do Ângelus, o Sumo Pontífice lembrou o momento, afirmando que Nossa Senhora deu, no seu “sim” a Deus, um passo infinitamente maior.

“Nossa Senhora colocou os pés no paraíso: ela foi lá não só em espírito, mas também com seu corpo. Este passo da pequena Virgem de Nazaré foi o grande salto para a frente da humanidade. De pouco adianta ir à lua se não vivermos como irmãos na Terra”, acrescentou o Papa.

“Levemos a nossa história diante do Senhor”

No Domingo, o Santo Padre explicou a passagem do evangelho do dia, na qual Jesus se encontra com uma mulher cananeia que lhe súplica ajuda para a filha doente.

“É o grito que nasce de uma vida marcada pelo sofrimento, pelo sentimento de impotência de uma mãe que vê a filha atormentada pelo mal e não se cura, não pode curá-la”, complementa.

Francisco realça a “grande fé” desta mulher, que “leva a sua própria história, marcada também por feridas, aos pés do Senhor, pedindo-Lhe que a cure, que lhe dê sentido”. Também nós devemos levar a nossa história, por vezes uma história difícil, diante do Senhor, e suplicar-lhe pela nossa cura.

“Para isso, é necessário compreender Jesus, ter familiaridade com Jesus”, disse o Papa, aconselhando todos os cristãos a carregarem sempre um pequeno Evangelho de bolso e a ler uma passagem todos os dias.

“Devemos sair melhores” [da pandemia]

Nas suas audiências semanais, o Papa Francisco está a realizar um conjunto de catequeses sobre a pandemia. Esta semana, o Santo Padre apontou a situação que estamos a viver como uma “oportunidade para se construir algo diferente.”

“A pandemia é uma crise e de uma crise não se sai iguais: ou saímos melhores ou saímos piores. Nós deveríamos sair melhores, para melhorar as injustiças sociais e a degradação ambiental” continuou Francisco.

Alertou para o perigo do vírus “intensificar um mundo injusto para os pobres e vulneráveis”, afirmando que seria triste se uma vacina contra a Covid-19 “se tornasse propriedade desta ou daquela nação e não universal para todos.”

As Palavras do Papa encontraram ressonância em vários organismos e iniciativas, a começar pela Organização Mundial da Saúde (OMS), União Europeia e Organização das Nações Unidas.

O Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, claramente exorta os países membros a “prevenir o nacionalismo da vacina”, enquanto que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pede uma “colaboração global” para uma “vacina e um tratamento que são acessíveis, seguros, eficazes, facilmente administrados e universalmente disponíveis para todos, em todos os lugares”. 

JM (com recursos da Vatican News)

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20 de Agosto de 2020