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Educação Cristã: “Educar e esperança”

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Reflexão do Diácono Fernando Magalhães, Diretor do Externato Diocesano Frei Luís de Sousa

O Papa Francisco disse-o desta forma simples: “Educar é sempre um ato de esperança”. Foi assim, por estes dias, na mensagem que gravou em vídeo, por ocasião do encontro referente ao Pacto Global Educativo.

Educar é um ato de esperança. Ainda ressoa. E, se esta parece ser uma verdade de sempre, ela mostra-se como uma verdade ainda maior, por um lado, neste agora que vivemos, e, por outro, para nós, cristãos educadores.

Se não assim, o que nos fará diferentes? Por certo, estas outras também: educar na fé e educar para o amor. Mas, de facto, neste tempo cai de modo especial esta: educar como ato de esperança.

Educamos por esperança, com uma dose imensa de gratuidade, no meio da missão que nos é dada. Fazemos o melhor por aqueles que nos estão confiados (filhos, alunos, catequizandos, escuteiros, jovens…) no meio de inquietações, sucessos e frustrações. Mas, ainda que queiramos ver no imediato, é longe, daqui a muito longe, aquilo que um dia se há de ver sobre aquilo que fizemos.

Educamos na esperança, por palavra e por vida. Naquilo que dizemos, na escuta que asseguramos, no “colo” que damos. Conhecemos os nossos que nos estão confiados. E sabemos quantos deles, tantos deles, precisam tanto desta esperança dita e feita. Penso, em particular, nos jovens de secundário de tantas das nossas escolas, tão sedentos dessa esperança que possam ouvir, que consigam ver e pela qual possam, eles próprios passar a esperar.

Educamos para a esperança, porque quem a diz e a vive de modo verdadeiro, tem de contagiar os outros a vivê-la. Esse é, porventura, um dos frutos mais imediatos: fazer dos outros seres que vivem em esperança e que contagiam mais a assim viver.

Como todos os outros promotores de educação e, em particular, de ensino, temos de ter projetos de qualidade e sólidos; para além de ética, é uma questão de posicionamento e de mercado. Mas muito para além disso, temos de ter projetos que marquem indelevelmente a pessoa. E os projetos que se tomam assim, como atos de esperança, são projetos únicos. É uma questão de identidade.

Como é verdade, como tem de ser verdade para nós: educar é um ato de esperança!

Diácono Fernando Magalhães, Diretor do Externato Diocesano Frei Luís de Sousa

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27 de Outubro de 2020