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JMJ 2023: “Os símbolos das minhas jornadas da juventude”

Dois jovens da Paróquia do Seixal recordam à Agência Ecclsia experiências das JMJ que deixaram marcas nas suas vidas.

Os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são replicados na vida de cada pessoa que faz a experiência do evento, com memórias e objetos que permanecem. Catarina Pires e Tiago Mendes, partilham a amizade, o escutismo e duas JMJ: Madrid em 2011 e Cracóvia em 2016.

Para Catarina, com uma vida pouco comprometida em Igreja e com apenas 15 anos, o convite para Madrid era a forma de, pela primeira vez, sair do país e fazer umas férias com os amigos.

“Afinal não foi nada disso, vim completamente diferente”, reconhece.

A mudança aconteceu no centro da capital espanhola durante a Via-Sacra; a proximidade de Bento XVI levou-a a pegar na máquina fotográfica.

“Nesse momento o padre Marco Luís que nos acompanhava disse-me: fotos do Papa tens na internet aos montes, aproveita o momento”, recorda.

Catarina seguiu o conselho: “Senti que o Papa me olhava, foi um momento único que me pôs a chorar de emoção e que ainda hoje recordo comovida”.

A experiência alterou a sua relação com Deus e direcionou a sua vida até hoje.

A cruz das jornadas é para Catarina um sinal de união. “Todos temos uma cruz, nas dificuldades temos a vantagem de nos agarrarmos a ela para nos poder reerguer”.

 

Antes das jornadas, Tiago Mendes diz que poderia ser considerado “um cristão de sofá”.

“As jornadas foram para mim uma forma de fazer um zoom out na minha vida e perceber a real dimensão da Igreja e a sua pluralidade”, lembra.

Tiago reconhece que na experiência de Madrid percebeu que “a fé é muito mais do que cultura”.

“Ali eu vi jovens de culturas completamente diferentes, e a formas como eles celebravam a fé acentua aquilo que há de comum na nossa vida”, indica.

Tiago considera que a cruz da JMJ “não é um ponto final” e aponta para a “ressurreição”, que dá sentido à vida.

A experiência das jornadas é perpetuada em pequenos objetos que reavivam uma vivência que perdura.

Catarina guarda a sua mochila azul de Cracóvia e por vezes, recorre às orações do guião para a ajudar na sua relação com Deus.

Tiago tornou-se catequista, e da mochila vermelha e amarela de Madrid, retira a edição do Youcat, que ali foi entregue aos jovens e que hoje, é ferramenta preciosa na forma com transmite a fé.

Com 3,8 metros de altura, a Cruz das Jornadas foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos de 1984, para que fosse levada por todo o mundo; desde aí, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países, como várias passagens por Portugal.

A passagem dos símbolos da JMJ do Panamá, que recebeu a edição internacional de 2019, para a capital portuguesa, que recebe a edição no verão de 2023, aconteceu na Solenidade de Cristo Rei, a 22 de novembro, na Basílica de São Pedro, no final da Missa presidida pelo Papa.

©Agência Ecclesia

Fotos: Agência Ecclesia

JMJ 2023: Jovens portugueses recebem os símbolos das Jornadas, «passo importante» rumo a Lisboa

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03 de Dezembro de 2020