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“São José: Caminho para a Misericórdia” #2: I Domingo da Quaresma

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#2: I Domingo da Quaresma

Guião disponível para download aqui.

Pai Amado | Dar de comer a quem tem fome * Dar de beber a quem tem sede

Pai amado, in Carta Apostólica Patris Corde, Papa Francisco

A grandeza de São José consiste no facto de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo, «colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico».

São Paulo VI faz notar que a sua paternidade se exprimiu, concretamente, «em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da encarnação e à conjunta missão redentora; em ter usado da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida, do seu trabalho; em ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação sobre-humana de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado ao serviço do Messias nascido na sua casa».

Por este seu papel na história da salvação, São José é um pai que foi sempre amado pelo povo cristão, como prova o facto de lhe terem sido dedicadas numerosas igrejas por todo o mundo; de muitos institutos religiosos, confrarias e grupos eclesiais se terem inspirado na sua espiritualidade e adotado o seu nome; e de, há séculos, se realizarem em sua honra várias representações sacras. Muitos Santos e Santas foram seus devotos apaixonados, entre os quais se conta Teresa de Ávila que o adotou como advogado e intercessor, recomendando-se instantemente a São José e recebendo todas as graças que lhe pedia; animada pela própria experiência, a Santa persuadia os outros a serem igualmente devotos dele.

Em todo o manual de orações, há sempre alguma a São José. São-lhe dirigidas invocações especiais todas as quartas-feiras e, de forma particular, durante o mês de março inteiro, tradicionalmente dedicado a ele.

A confiança do povo em São José está contida na expressão «ite ad Joseph», que faz referência ao período de carestia no Egito, quando o povo pedia pão ao Faraó e ele respondia: «Ide ter com José; fazei o que ele vos disser» (Gn 41, 55). Tratava-se de José, filho de Jacob, que acabara vendido, vítima da inveja dos seus irmãos (cf. Gn 37, 11-28); e posteriormente – segundo a narração bíblica – tornou-se vice-rei do Egito (cf. Gn 41, 41-44).

Enquanto descendente de David (cf. Mt 1, 16.20), de cuja raiz deveria nascer Jesus segundo a promessa feita ao rei pelo profeta Natan (cf. 2 Sam 7), e como esposo de Maria de Nazaré, São José constitui a dobradiça que une o Antigo e o Novo Testamento.


Reflexão de São José

A maior grandeza da minha vida foi a de ser escolhido por Deus para ser pai de Jesus e esposo de Maria. Que graça sublime. Que responsabilidade imensa. Ser pai adoptivo do Messias tão esperado pelo nosso povo.

Sempre procurei ser o pai e o esposo que, repleto de amor, se colocou ao serviço da sua família. Num dom total de mim mesmo, da minha vida, do meu trabalho, de todo o meu coração e capacidade de amar, coloquei todos os meus talentos e dons ao serviço deste bebé, menino, rapaz e homem, que Deus colocou à minha guarda; e à sua Mãe, minha amada e querida esposa Maria.

Tudo dei à minha família, e tudo recebi em amor. Tal como me senti amado pelo meu querido filho Jesus e pela minha amada Maria, também, ao longo dos tempos, me senti amado pelo Povo de Deus e pela sua Igreja em caminho. Por “Pai Amado” me chamam.Novamente, uma graça que excede em muito as minhas capacidades, mas à semelhança do que sempre cumpri, tudo farei para que nada falte a quem me é entregue.

Agora que penso nesta missão de providenciar que nada falte a quem me é confiado, recordo as duas primeiras obras de misericórdia corporais: dar de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede. Comer e beber: o que são senão a garantia básica do inviolável direito à vida? É, irrefutavelmente, o direito à existência. Garantir avida é abrir a possibilidade do encontro com o amor de Jesus que dá sentido a tudo. Um amor que tudo ilumina e tudo transforma. Bem sei do que falo, pois assim aconteceu comigo no papel que assumi na História da Salvação como pai adoptivo de Jesus.

Como Pai de Jesus e esposo de Maria, e com o fruto do meu trabalho e dedicação a esta minha bela família, sempre zelei para que nada de essencial nos faltasse. “Dai, e dar-se-vos-á”. Fazer a vontade de Deus, dando algo aos outros. O Senhor promete-nos que nos dará a nós o que também necessitamos. Dei-lhes o que necessitavam. Recebi tudo o que necessitei.

Perguntas para reflexão

  • Estou a zelar e garantir que todos os que me são confiados por Deus, têm as suas necessidades básicas asseguradas?
  • Conheço alguém na minha comunidade, na paróquia, que não podem, ou não conseguem ir às compras? Posso ajudar?
  • O Banco Alimentar perto de mim tem alimentos suficientes para as necessidades atuais? O que falta?
  • Estou a utilizar apenas a água que necessito, ou utilizo mais do que preciso? Faço um esforço para não desperdiçar água potável, esse bem escasso e hoje inacessível a tantos de nós?
  • O que posso mudar na minha vida para dar de comer a quem tem fome de beber a quem tem sede?

Sugestão Cultural

PARA REZAR

Meditação diária da Rede Mundial de Oração do Papa, disponibilizada pelo Apostolado de Oração.

Rezar aqui.

PARA LER

“São José”, livro da autoria do Padre Marco Luís, distribuído pela Paulinas Editora.

Adquirir aqui.

PARA VISITAR (Online)

As obras dos Museus do Vaticano que narram a misericórdia de Deus, disponível na página web do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Ver aqui.

 

Quaresma/Páscoa: Dinâmica “São José: Caminho para a Misericórdia”

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15 de Fevereiro de 2021