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O Papa no Iraque: “sou peregrino penitente, de paz e de esperança”

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De 5 a 8 de março, o Papa Francisco realizou a sua 33ª Viagem Apostólica, uma visita histórica e verdadeiramente missionária. Vinte e um anos depois da tentativa de visita de São João Paulo II, um sucessor de Pedro pisa solo iraquiano, terra natal de Abraão, centro de pluralidade cultural e religiosa.

Não obstante as dificuldades da pandemia e o perigo do terrorismo, Francisco persistiu na realização desta viagem, sentindo a necessidade de visita para amparar, consolar e trazer esperança a um povo fustigado pela guerra, pelo terror e pelo extremismo. “Sois todos irmãos”, foi o lema da Visita.

Apresentamos alguns destaques da histórica Visita Apostólica do Papa Francisco. Na memória do sofrimento da guerra e da violência do fundamentalismo, esta foi uma viagem no caminho da paz, da esperança e da reconciliação, abrindo novos caminhos para o diálogo inter-religioso.

“Sou peregrino penitente, de paz e de esperança”

Antes de sair do Vaticano, o Papa dirigiu uma mensagem em vídeo aos iraquianos, na qual manifestava o seu desejo de encontro, ver os “rostos” e visitar a terra, “antigo e extraordinário berço da civilização”.

“Venho como peregrino, como peregrino penitente, para implorar perdão e reconciliação do Senhor depois de anos de guerra e terrorismo, para pedir a Deus consolo para os corações e cura para as feridas. E venho até vós como peregrino de paz, para repetir: “Sois todos irmãos” (Mt 23,8). Sim, venho como peregrino da paz em busca de fraternidade, animado pelo desejo de rezar juntos e caminhar juntos, também com irmãos e irmãs de outras tradições religiosas, unidos pelo pai Abraão, que reúne numa só família muçulmanos, judeus e cristãos”.

“Desta terra, há milénios, Abraão começou a sua viagem. Hoje cabe a nós continuá-la, com o mesmo espírito, caminhando juntos pelos caminhos da paz!” terminou o Pontífice.

“Calem-se as armas”

A sua chegada a Bagdad foi marcada por um acolhimento caloroso mas também por um forte apelo ao fim dos conflitos armados. O primeiro discurso do Papa Francisco em terras iraquianas foi no Palácio Presidencial e dirigido às autoridades, à sociedade civil e ao Corpo Diplomático.

O Pontífice expressou a sua gratidão por poder realizar esta Visita Apostólica, “longamente esperada e desejada”. O Papa relembrou toda a destruição, morte, ruínas e desolação provocadas pela guerra, pela perseguição e pelo terrorismo reconhecendo a importância da fraternidade universal para conseguir superar os conflitos, aliada à solidariedade, ao cuidado e ao serviço.

Venho como penitente que pede perdão ao Céu e aos irmãos por tanta destruição e crueldade. Venho como peregrino de paz, em nome de Cristo, Príncipe da Paz. Quanto rezámos ao longo destes anos pela paz no Iraque! São João Paulo II não poupou iniciativas, e sobretudo ofereceu súplicas e sofrimentos por isso. E Deus escuta; escuta sempre! Cabe a nós ouvi-Lo. Calem-se as armas! Limite-se a sua difusão, aqui e em toda a parte!”

O Papa recomenda a vacina da esperança contra o vírus do desânimo

No primeiro dia, o Santo Padre encontrou-se com bispos, religiosos e religiosas, seminaristas e catequistas na Catedral Sírio-Católica de Nossa Senhora da Salvação em Bagdad. Depois de lembrar o sangue derramado por todos “irmãos e irmãs que aqui pagaram o preço extremo da sua fidelidade ao Senhor e à sua Igreja”, o Sumo Pontífice falou aos presentes sobre esperança e zelo apostólico.

As carências do povo de Deus e os árduos desafios pastorais que enfrentais diariamente, agravaram-se neste tempo de pandemia. Há uma coisa, porém, que nunca deve ser bloqueada nem reduzida: o zelo apostólico, que hauris de raízes muito antigas, da presença ininterrupta da Igreja nestas terras desde os primeiros tempos.”

Considerando a situação do país, Francisco continuou dizendo que “é fácil ser contagiado pelo vírus do desânimo que às vezes parece difundir-se ao nosso redor”. E sugere: “o Senhor deu-nos uma vacina eficaz contra este vírus mau: é a esperança, que nasce da oração perseverante e da fidelidade diária ao nosso apostolado”. “Com esta vacina – continua o Papa – podemos prosseguir com energia sempre nova, para partilhar a alegria do Evangelho como discípulos missionários e sinais vivos da presença do Reino de Deus, Reino de santidade, justiça e paz”.

“Amados sacerdotes, religiosos e religiosas, catequistas, seminaristas que vos preparais para o futuro ministério: todos vós ouvistes a voz do Senhor nos vossos corações e respondestes como o jovem Samuel: ‘Eis-me aqui’”. O Papa pede que todos os dias sejam renovadas estas palavras para “partilhar a Boa Nova com entusiasmo e coragem”, salientou.

No final da tarde, ao recolher-se na Nunciatura Apostólica, no bairro Karrada, um dos principais locais da comunidade cristã da capital do Iraque, o Papa encontrou um grupo de jovens, de diferentes confissões religiosas, que participou nos programas da Fundação Scholas Ocurrientes, em Bagdad. Cada um dos jovens contou ao Papa o que sonhava para o próprio futuro. Francisco, assim, convidou todos a ter esperança e “a procurar as estrelas que possam guiá-los no caminho”.

Diálogo e amizade entre comunidades religiosas

Na manhã do segundo dia, o Francisco encontrou-se com o Grande Aiatolá Sayyid Ali Al-Husayni AlSistani, na sua residência em Najaf.

Al-Sistani é o expoente máximo, a nível religioso, teológico e jurídico, para os muçulmanos xiitas, pelo que este encontro foi considerado, por todas as vias, histórico. É a primeira vez que um Papa tem um encontro nesta modalidade com um expoente do Islão xiita, visto já ter estreitado laços com uma das mais altas autoridades do Islã sunita, o Grão Imam de Al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb, com quem partilhou em Abu Dhabi a assinatura do Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da Paz e da Convivência Comum.

“Durante a visita de cortesia, que durou cerca de quarenta e cinco minutos – afirmou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni – o Santo Padre sublinhou a importância da colaboração e da amizade entre as comunidades religiosas para que, cultivando o respeito mútuo e o diálogo, se possa contribuir para o bem do Iraque, da região, de toda a humanidade”.

Já o Escritório do Grande Aiatolá, em declaração divulgada após o encontro, informou que “a discussão girou em torno dos grandes desafios que a humanidade enfrenta nesta era e o papel da fé em Deus Todo-Poderoso e em suas mensagens, e o compromisso com elevados valores morais para superá-los”.

 

“Deus não pode ser contra ninguém, mas por todos”

O Santo Padre seguiu para a cidade de Ur, terra de Abraão, onde judeus, cristãos, muçulmanos e representantes de outras religiões se reuniram para rezar e regressar aos primórdios da obra de Deus junto à humanidade. A cidade, de facto, é citada na Bíblia e é indicada como o local de nascimento de Abraão e onde o Patriarca das religiões monoteístas falou pela primeira vez com o Criador.

Depois de ouvir cânticos, e o testemunho de homens e mulheres, o Pontífice pronunciou um discurso que impeliu à oração e que procurou refletir os motivos do conflito religioso.

Hostilidade, extremismo e violência não nascem dum ânimo religioso: são traições da religião. E nós, crentes, não podemos ficar calados, quando o terrorismo abusa da religião. Antes, cabe a nós dissipar com clareza os mal-entendidos. Não permitamos que a luz do Céu seja ocultada pelas nuvens do ódio!”

O caminho para a paz, apontou Francisco, começa na renúncia a ter inimigos. “Quem tem a coragem de olhar as estrelas, quem acredita em Deus, não tem inimigos para combater. Deus não pode ser contra ninguém, mas por todos.”

“Cabe a nós instar fortemente os responsáveis das nações para que a proliferação crescente de armas ceda o lugar à distribuição de alimentos para todos.”

Bem-Aventuranças: proposta sapiente que é amor

Depois do encontro com líderes religiosos na cidade de Ur, o Papa Francisco regressou a Bagdad e presidiu à Santa Missa na Catedral Caldeia de São José. Na sua primeira homilia no Iraque, o Papa falou sobre a sabedoria, o testemunho e as promessas, lembrando as Bem-Aventuranças proferidas por Jesus.

“A proposta de Jesus é sapiente, porque o amor, que é o coração das Bem-aventuranças, embora pareça frágil aos olhos do mundo, na realidade vence”. “O amor é a nossa força, a força de tantos irmãos e irmãs que também aqui foram vítimas de preconceitos e ofensas, sofreram maus tratos e perseguições pelo nome de Jesus”. Concluindo o pensamento, o Papa explica que, enquanto a glória e vaidade no mundo passam, o amor permanece.

Mas como se vivem as Bem-aventuranças?” Questionou o Papa, explicando depois que “para se tornar bem-aventurado, não é preciso ser herói de vez em quando, mas testemunha todos os dias. O testemunho é o caminho para encarnar a sabedoria de Jesus. É assim que se muda o mundo: não com o poder nem com a força, mas com as Bem-aventuranças.”

Na segunda parte de sua homilia falou sobre as promessas. “De fato, vemos que a cada Bem-aventurança segue uma promessa: quem as vive terá o reino dos céus, será consolado, saciado, verá a Deus”. Mas como se realizam? O Papa respondeu: “Através das nossas fraquezas. Deus faz bem-aventurados aqueles que percorrem até ao fim o caminho da sua pobreza interior.

“A fraternidade é mais forte que o fratricídio”

O domingo do Santo Padre começou bem cedo com viagem a Erbil, capital da Região Autónoma do Curdistão Iraquiano. A passagem foi curta da parte da manhã, pois o Papa foi visitar Mosul e Qaraqosh, antes de regressar a Erbil para a celebração da Eucaristia.

O Papa Francisco deslocou-se em helicóptero para Mosul, para a oração em sufrágio pelas vítimas da guerra. Urbe milenar às portas dos fragmentos arqueológicos da cidade de Nínive, durante 2500 anos Mosul representou a identidade plural do Iraque, graças à coexistência, dentro das muralhas da Cidade Velha, de vários grupos étnicos, linguísticos e religiosos.

A cidade passou por uma devastação sistemática, em particular no período de ocupação do autoproclamado Estado Islâmico. Destruíram igrejas, monumentos e incalculáveis artefactos históricos. Depois da libertação da cidade em 2017, a comunidade internacional está a colaborar na reconstrução da cidade para permitir o regresso dos refugiados.

O Pontífice dirigiu-se a Hosh al-Bieaa, a praça das 4 igrejas: sírio-católica, armeno-ortodoxa, sírio-ortodoxa e caldeia, destruídas entre 2014 e 2017. Depois de ouvir os comoventes testemunhos de um sunita e do pároco local que falaram das perdas e das deslocações forçadas, o Papa fez uma breve saudação e rezou pelas vítimas e pelo povo iraquiano. 

Francisco afirmou que “a trágica redução dos discípulos de Cristo, aqui e em todo o Médio Oriente, é um dano incalculável não só para as pessoas e comunidades envolvidas, mas também para a própria sociedade que eles deixaram para trás. Com efeito, um tecido cultural e religioso assim rico de diversidade é enfraquecido pela perda de qualquer um dos seus membros, por menor que seja, como, num dos vossos artísticos tapetes, um pequeno fio rebentado pode danificar o conjunto”.

O Papa também destacou: “Como é cruel que este país, berço de civilizações, tenha sido atingido por uma tormenta tão desumana, com antigos lugares de culto destruídos e milhares e milhares de pessoas – muçulmanas, cristãs, yazidis e outras – deslocadas à força ou mortas!”. E concluiu a sua saudação afirmando:

“Hoje, apesar de tudo, reafirmamos a nossa convicção de que a fraternidade é mais forte que o fratricídio, que a esperança é mais forte que a morte, que a paz é mais forte que a guerra.”

“Animo-vos a não esquecer quem sois e donde vindes”

Depois de fazer a oração pelas vítimas da guerra em Mosul, o Papa Francisco foi à cidade de Qaraqosh para encontrar a comunidade local. O encontro foi realizado na igreja da Imaculada Conceição. Depois de ser acolhido pelo Patriarca sírio-católico, o Papa fez um discurso e em seguida rezou o Angelus junto com a comunidade.

O Santo Padre encontrou uma comunidade com grande diversidade cultural e religiosa e disse que “isto mostra algo da beleza que a vossa região tem para oferecer ao futuro”.

Falando sobre a herança espiritual, convidou os presentes a abraçar a sua herança: “Esta herança é a vossa força. Agora é o momento de reconstruir e recomeçar, confiando-se à graça de Deus, que guia o destino de cada homem e de todos os povos”. 

“Animo-vos a não esquecer quem sois e donde vindes; a preservar os laços que vos mantêm unidos, a guardar as vossas raízes.”

Recordando o testemunho de uma senhora antes do seu discurso afirmou: “Comoveu-me uma coisa que disse a Senhora Doha: o perdão é necessário por parte daqueles que sobreviveram aos ataques terroristas. Perdão: esta é uma palavra-chave. O perdão é necessário para permanecer no amor, para se permanecer cristão”.

A vossa presença aqui lembra que a beleza não é monocromática, mas resplandece pela variedade e as diferenças”. Lembrando depois, “com grande tristeza, olhamos ao nosso redor e vemos outros sinais: os sinais do poder destruidor da violência, do ódio e da guerra”. Porém como recordou o Papa a “última palavra pertence a Deus e ao seu Filho, vencedor do pecado e da morte”.

“Posso ver e tocar com a mão que a Igreja no Iraque está viva”

No evento público que reuniu o maior número de pessoas durante a visita histórica do Papa no Iraque, cerca de 10 mil participantes, Francisco presidiu à missa no Estádio Franso Hariri, em Erbil. Foi o último compromisso público do Papa Francisco na sua visita histórica ao Iraque.

Na homilia, refletiu sobre “o poder e a sabedoria de Deus” revelados por Jesus através da misericórdia e do perdão, e não por “demonstrações de força”, “longos discursos ou exibições de ciência incomparável” que são verdadeiras “armadilhas” para construir “imagens falsas de Deus” para dar segurança. “Na realidade, é o contrário”, disse o Pontífice: o poder e a sabedoria de Deus foram revelados por Cristo dando a sua vida na cruz, oferecendo “ao Pai as feridas pelas quais fomos curados”.

Aqui, no Iraque, quantos dos vossos irmãos e irmãs, amigos e concidadãos carregam as feridas da guerra e da violência, feridas visíveis e invisíveis! A tentação é responder a estes e outros factos dolorosos com uma força humana, com uma sabedoria humana. Jesus, ao contrário, mostra-nos o caminho de Deus, aquele que Ele mesmo percorreu e por onde nos chama a segui-Lo.”

Com a força de Cristo e do Espírito Santo, então, reforçou Francisco, conseguimos nos tornar “instrumentos da paz de Deus e da sua misericórdia, artífices pacientes e corajosos de uma nova ordem social”. Comunidades cristãs formadas por pessoas humildes e simples, como acontece na Igreja no Iraque, testemunham que o Evangelho tem o poder de mudar a vida. E é com o poder da Ressurreição e os olhos da fé, acrescentou ainda o Papa, que o Senhor promete nos fazer ressurgir “das ruínas causadas pela injustiça, a divisão e o ódio”, para encontrar “o bálsamo do seu amor misericordioso”.

 

“A Igreja no Iraque, com a graça de Deus, fez e continua a fazer muito para proclamar esta sabedoria maravilhosa da cruz, espalhando a misericórdia e o perdão de Cristo especialmente junto dos mais necessitados. Mesmo no meio de grande pobreza e tantas dificuldades, muitos de vocês oferecem generosamente ajuda concreta e solidariedade aos pobres e atribulados. Esse é um dos motivos que me impeliu a vir em peregrinação até junto de vós, ou seja, para agradecer e confirmar na fé e no testemunho. Hoje, posso ver e tocar com a mão que a Igreja no Iraque está viva, que Cristo vive e age neste seu povo santo e fiel.”

No final da Santa Missa, o Papa Francisco encontrou-se com o Sr. Abdullah Kurdi, pai do pequeno Alan, cujo corpo foi encontrado na praia de Bodrum, na Turquia, a 2 de setembro de 2015, após um naufrágio. As imagens de um agente carregando o pequeno corpo sem vida, registadas pela fotógrafa turca Nilüfer Demir, comoveram o mundo.

O Papa Francisco passou muito tempo com ele, e com a ajuda do intérprete, pôde escutar a dor do pai pela perda da família, e expressar a sua profunda compaixão pelo sofrimento do homem.

Por fim, o Papa Francisco saudou ainda com afeto o Catholicos-Patriarca da Igreja Assíria do Leste, Mar Gewargis III, que reside nesta cidade. “Obrigado, querido irmão!” Começou o Santo Padre, que quis abraçar nele os cristãos das várias confissões: “Muitos dos seus membros derramaram o sangue aqui sobre a mesma terra! Mas os nossos mártires resplandecem juntos, estrelas no mesmo céu! Lá de cima pedem-nos para caminharmos juntos, decididamente, rumo à plenitude da unidade.”

“O Iraque ficará sempre comigo, no meu coração.”

Entre “vozes de sofrimento e angústia”, mas também “de esperança e consolação”, Francisco despediu-se pedindo um trabalho conjunto entre as várias comunidades religiosas por um futuro de paz e prosperidade que “não discrimine ninguém”.

“Asseguro-vos as minhas orações por este amado país. De modo particular, rezo para que os membros das várias comunidades religiosas, juntamente com todos os homens e mulheres boa vontade, cooperem para forjar laços de fraternidade e solidariedade ao serviço do bem comum e da paz. Salam, salam, salam! Shukrán [obrigado]! Deus vos abençoe a todos! Deus abençoe o Iraque! Allah ma’akum [fiquem com Deus]!”

O Papa Francisco deixou o Iraque na manhã de segunda-feira, dia 7. “Caridade, amor e fraternidade são o caminho a seguir” foi o que disse o Papa em conversa com os jornalistas no voo de regresso a Roma, no qual foi revendo os momentos mais marcantes da visita e revelando a promessa feita ao patriarca Béchara Raï de fazer uma viagem ao Líbano.

Deixou o país após abraçar a comunidade católica local, que de certa forma saiu do confinamento das catacumbas causado pela ferocidade jihadista, e também estabeleceu novas relações no caminho do diálogo inter-religioso, na esperança que a Terra Prometida de Abraão se torne terra de paz para todo o Médio Oriente.

JM (com recursos provenientes da cobertura jornalística da agência noticiosa Vatican News)

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09 de Março de 2021