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Dia do Pai: Bispos sublinham data «especialmente relevante» no contexto da pandemia

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A Comissão Episcopal do Laicado e da Família (CELF) escreveu uma mensagem para o Dia do Pai, que se celebra esta sexta-feira, destacando uma celebração “especialmente relevante” no contexto de crise pandémica.

“Neste ano de 2021, no meio da pandemia de Covid-19 que constitui seguramente um dos maiores desafios já enfrentados pela humanidade dada a sua intensidade e amplitude, é especialmente relevante celebrar o Dia do Pai”, lê-se no texto, enviado à Agência ECCLESIA, intitulado ‘Ser Pai – Um Desafio de Disponibilidade e Serviço’.

A CELF, organismo da Conferência Episcopal, sublinha que em momentos de “enorme dificuldade e desafio” como os que se vivem atualmente, o papel do pai e os traços que o definem “tornam-se ainda mais vivos, ainda mais marcados, ainda mais decisivos”.

A mensagem assinala, a este respeito, características como o amor incondicional, a confiança e a força, a coesão e a sabedoria, patentes na paternidade.

A celebração do Dia do Pai serve também “para recordar e pedir pelas situações e circunstâncias concretas e muito difíceis que tantos pais têm vivido ao longo dos últimos meses”, acrescentam os bispos católicos.

A CELF realça ainda que a celebração de 2021 acontece no contexto do “enorme presente” que o Papa Francisco ofereceu à Igreja Católica, com um ano especial de São José, que decorre até dezembro.

A figura de São José, indica a mensagem, constitui-se como um “grande exemplo e um enorme apoio” para os pais.

© Agência Ecclesia

 


“Ser pai: um desafio de disponibilidade e serviço”

Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e da Família para o Dia do Pai 2021.

Neste ano de 2021, no meio da pandemia de Covid 19 que constitui seguramente um dos maiores desafios já enfrentados pela humanidade dada a sua intensidade e amplitude, é especialmente relevante celebrar o Dia do Pai. 

Celebrar o Dia do Pai para sublinhar que em momentos de enorme dificuldade e desafio como os que vivemos, o papel do pai e os traços que definem o pai tornam-se ainda mais vivos, ainda mais marcados, ainda mais decisivos: 

– O pai como fonte de amor incondicional que consola e que acompanha em todos os momentos; 

– O pai como sinal de confiança e de força que dá direção, que desbrava o caminho e que com a esposa conduzem a família no meio das dificuldades, construindo esperança para o futuro; 

– O pai que, amando a todos e na reciprocidade, une a família garantindo a coesão e o espírito de entreajuda com todos; 

– O pai como exemplo e fonte de sabedoria na vivência do dia a dia perante circunstâncias tão frequentemente incertas e difíceis; 

– O pai que na sombra é sinal concreto e vivo do Amor de Deus nas nossas vidas e nas nossas famílias. 

A figura do pai é especialmente fulcral porque em momentos como este, e independentemente da religião, da raça ou do país em que cada um vive, a importância da família revela-se fundamental como elemento essencial da nossa humanidade, da nossa vivência, como o núcleo em que cada um de nós se apoia, se identifica e se desenvolve. Em momentos como este, é à família que voltamos, que não coloca condições nem obstáculos a apoiar, a ajudar, a acolher. O pai que somos, o pai que todos temos, tem a bela missão de cuidar e de ser sinal da paternidade de Deus.

Celebrar o Dia do Pai para recordar e pedir pelas situações e circunstâncias concretas e muito difíceis que tantos pais têm vivido ao longo dos últimos meses:

– O pai que, sendo também filho, cuida do seu pai em situações de doença, fragilidade e isolamento;

– O pai que, ao longo destes meses de pandemia, perdeu prematuramente os seus pais ou os seus filhos;

– O pai que se vê confrontado com maior precaridade e instabilidade económica, fruto do contexto económico que enfrentamos;

– O pai que, na linha da frente deste combate, tem sido chamado a um esforço redobrado para equilibrar as suas obrigações profissionais com a sua vida familiar.

Finalmente, em 2021, celebramos o Dia do Pai no contexto do enorme presente que o Papa Francisco deu à Igreja ao declarar este ano como o “Ano de São José”. E São José constitui-se como um grande exemplo e um enorme apoio para todos os pais no contexto das circunstâncias que todos vivemos. Este “Ano de São José” é uma oportunidade para todos conhecermos melhor o pai adotivo de Jesus e o esposo de Maria que desempenhou um papel central na história da salvação e que pode ajudar cada pai a viver plenamente a sua missão.

Rezemos a São José como nos propõe o Papa Francisco:

Salve, guardião do Redentor
e esposo da Virgem Maria!
A vós, Deus confiou o seu Filho;
em vós, Maria depositou a sua confiança;
convosco, Cristo tornou-Se homem.
Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós
e guiai-nos no caminho da vida.
Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,
e defendei-nos de todo o mal. Amém.

 Comissão Episcopal do Laicado e da Família

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18 de Março de 2021