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Juventude: Vaticano desafia dioceses a confiar nos jovens para promover «festa da fé»

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O Vaticano apresentou hoje novas orientações pastorais (ver abaixo) para celebrar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a nível diocesano, desafiando as comunidades católicas a apostar nos jovens.

“É necessário ter a coragem de envolver e confiar papéis ativos aos jovens, tanto aqueles que vêm das diferentes realidades pastorais presentes na diocese quanto aqueles que não pertencem a nenhuma comunidade, grupo de jovens, associação ou movimento”, refere o texto, divulgado em conferência de imprensa.

As novas orientações, aprovadas pelo Papa, foram elaboradas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé), cujo prefeito é o cardeal norte-americano Kevin Farrell.

“É necessário fazer com que as jovens gerações percebam que estão no centro da atenção e da solicitude pastoral da Igreja”, aponta o documento.

O Vaticano pede que esta jornada seja uma “festa da fé”, que adapte de “forma criativa” a realização a nível internacional, que acontece geralmente com cadência trienal, num país diferente, com a presença do Papa.

A celebração diocesana passa a decorrer a partir deste ano, por decisão do Papa, na solenidade de Cristo-Rei, que encerra o ano litúrgico no calendário católico, em vez do Domingo de Ramos.

A mudança de data merece atenção no documento, destacando a centralidade de Jesus.

“Sem o Reino de Cristo, toda verdadeira fraternidade e toda autêntica proximidade com aqueles que sofrem desaparecem”, pode ler-se.

O texto liga esta celebração à do domingo anterior, o Dia Mundial dos Pobres, para sugerir que se promova, junto dos jovens, “o trabalho voluntário, o serviço gratuito e a autodoação”.

Podem ser organizadas missões nas quais os jovens são convidados a visitar as pessoas em suas casas, trazendo-lhes uma mensagem de esperança, uma palavra de conforto ou simplesmente oferecendo-se para ouvir”.

O Vaticano assinala que a JMJ deve ser parte de um “caminho pastoral mais amplo”, que gere “impulso missionário” e uma “festa da fé”, desejando que a mesma conte com a presença do bispo local, num “grande sinal de amor e de proximidade” aos jovens.

As orientações destacam a reflexão da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos de 2018, sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, sobre a JMJ, apresentada como experiência de Igreja” e uma “experiência de peregrinação”.

O Vaticano deseja que a celebração diocesana com os jovens seja uma “ocasião de discernimento vocacional” e um “chamamento à santidade”, propondo escolhas de vida “exigentes”.

“Não há necessidade de temer propor aos jovens a escolha inevitável daquele estado de vida que está de acordo com o chamamento que Deus dirige a cada um deles individualmente, seja o sacerdócio ou a vida consagrada, também na forma monástica, ou o matrimónio e a família”, indica o documento.

Considerando que a JMJ é também uma “experiência de fraternidade universal”, o Vaticano sublinha que esta deve ser “uma ocasião de encontro para os jovens, não só para os jovens católicos”.

“Que os jovens que vivem em uma determinada área se reúnam e dialoguem uns com os outros, para além de suas crenças, de sua visão de vida, de suas convicções”, sugerem as novas orientações.

É importante que os agentes da pastoral juvenil estejam cada vez mais atentos ao envolvimento dos jovens em todas as etapas do planeamento pastoral da JMJ, segundo um estilo sinodal-missionário, valorizando a criatividade, a linguagem e os métodos próprios de sua idade”.

O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida sustenta que as várias comunidades católicas devem dedicar “atenção especial à celebração da Jornada Diocesana da Juventude”, para que ela possa ser “devidamente valorizada”.

“Investir nos jovens significa investir no futuro da Igreja, significa promover as vocações, significa iniciar efetivamente a preparação remota das famílias de amanhã. É, portanto, uma tarefa vital para cada Igreja local, não simplesmente uma atividade acrescentada a outras”, indica o organismo da Santa Sé.


Além do Dia Mundial da Juventude, celebrado a nível diocesano, a Igreja promove edições internacionais destas jornadas, as JMJ, cuja próxima etapa é Lisboa, no verão de 2023.

A primeira edição da iniciativa criada por São João Paulo II aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a Jornada Mundial da Juventude já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

O padre Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, destacou na conferência de imprensa desta terça-feira que a valorização da JMJ, a nível diocesano, não significa um desinvestimento na celebração internacional.

“Estamos a preparar-nos para Lisboa, com toda a força”, assumiu.

©Agência Ecclesia


DICASTÉRIO PARA OS LEIGOS, A FAMÍLIA E A VIDA

Orientações pastorais para a celebração da Jornada Mundial da Juventude nas Igrejas particulares

1. As Jornadas Mundiais da Juventude

A instituição das Jornadas Mundiais da Juventude foi, sem dúvida, uma grande intuição profética de São João Paulo II, que assim explicou os motivos da sua decisão: «Todos os jovens devem sentir-se acompanhados pela Igreja: por isso toda a Igreja, em união com o Sucessor de Pedro, sinta-se ainda mais empenhada, em nível mundial, em favor da juventude, das suas ansiedades e solicitudes, das suas aberturas e esperanças, para corresponder às suas expectativas, comunicando a certeza que é Cristo, a Verdade que é Cristo, o amor que é Cristo…».[1]

O Papa Bento XVI “tomou o bastão” das mãos do seu predecessor e, em várias ocasiões, buscou sempre evidenciar como estes eventos representem um dom providencial para a Igreja, definindo-os “um remédio contra o cansaço do crer”, “um modo novo, rejuvenescido do ser cristão”, “uma nova evangelização ao vivo”. [2]

Também para o Papa Francisco, as Jornadas Mundiais da Juventude constituem um impulso missionário de extraordinária força para toda a Igreja e, em particular, para as jovens gerações. Poucos meses após a sua eleição, inaugurou o seu pontificado com a JMJ do Rio de Janeiro em julho de 2013, ao término da qual disse que aquela JMJ tinha sido «uma nova etapa na peregrinação dos jovens através dos continentes com a Cruz de Cristo. Nunca podemos esquecer – explicou – que as Jornadas Mundiais da Juventude não são “fogos de artifício”, momentos de entusiasmo com a finalidade em si mesmos; trata-se de etapas de um longo caminho, encetado em 1985, por iniciativa do Papa João Paulo II».[3] E depois esclareceu um ponto central: «Recordemos sempre: os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo, carregando a sua Cruz. E o Papa guia-os e acompanha-os ao longo deste caminho de fé e de esperança».[4]

Como se sabe, as celebrações internacionais do evento acontecem geralmente com cadência trienal, cada vez em um país diferente, com a participação do Santo Padre. Já a celebração ordinária da Jornada realiza-se anualmente nas Igrejas particulares, que assumem em autonomia a organização do evento.

2. As JMJs nas Igrejas particulares

A Jornada Mundial da Juventude celebrada em cada Igreja particular há um grande significado e valor não somente para os jovens que vivem naquela determinada região, mas para toda a comunidade eclesial local.

Alguns jovens, por objetivas dificuldades de estudo, de trabalho ou financeiras não têm a possibilidade de participar das celebrações internacionais de tais Jornadas, razão pela qual é bom que cada Igreja particular ofereça-lhes também a possibilidade de viver em primeira pessoa, mesmo que em nível local, uma “festa da fé”, um evento forte de testemunho, de comunhão e de oração análogo às edições internacionais, que marcaram profundamente a existência de tantos jovens nas mais diversas partes do mundo.

Ao mesmo tempo, a Jornada Mundial da Juventude celebrada em nível local reveste um significado de extrema importância para cada Igreja particular. Esta serve a sensibilizar e a formar a comunidade eclesial em seu conjunto – leigos, sacerdotes, consagrados, famílias, adultos e idosos – para que se torne sempre mais consciente da sua missão de transmitir a fé às novas gerações. A Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre o tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” (2018) recordou que toda a Igreja, universal e particular e cada membro seu, deve sentir-se responsável pelos jovens e estar disponível a deixar-se interpelar pelas suas questões, pelos seus desejos e pelas suas dificuldades. A celebração destas Jornadas dos jovens em nível local, portanto, é extremamente útil para manter viva a consciência eclesial da urgência de caminhar com os jovens, acolhê-los e escutá-los com paciência, anunciando-lhes a Palavra de Deus com carinho e energia.[5]

Com referência à celebração da JMJ em nível local, este Dicastério, no âmbito de suas competências,[6] elaborou algumas Orientações pastorais, destinadas às Conferências episcopais, aos Sínodos das Igrejas Patriarcais e Arcebispais Maiores, às dioceses/eparquias, aos movimentos eclesiais e associações e – não em último lugar – aos jovens de todo o mundo, para que a “JMJ diocesana/eparquial” seja vivida plenamente como momento celebrativo “para os jovens” e “com os jovens”.

Tais Orientações pastorais querem encorajar as Igrejas particulares a valorizar sempre mais a celebração diocesana da JMJ e a considerá-la uma ocasião propícia para programar e realizar com criatividade iniciativas das quais emerja que a Igreja considera a própria missão com os jovens «uma prioridade pastoral decisiva na qual deve investir tempo, energias e recursos».[7] É necessário fazem com que as jovens gerações percebam que estão no centro da atenção e da solicitude pastoral da Igreja. Os jovens, de fato, querem ser envolvidos e valorizados, para sentir-se coprotagonistas da vida e da missão da Igreja.[8]

As indicações que seguem têm em mente principalmente cada diocese, como âmbito próprio de expressão da Igreja local. É claro, porém, que precisam ser adaptadas às diversas situações nas quais a Igreja se encontra a viver nas várias regiões do mundo. Pensemos, por exemplo, no caso de dioceses/eparquias de pequenas dimensões, que dispõem de poucos recursos humanos e materiais. Nestes casos concretos, ou onde se vir a conveniência pastoral, é possível que circunscrições limítrofes ou sobrepostas unam suas forças para celebrar a Jornada dos jovens entre mais de uma circunscrição, ou em nível de região eclesiástica, ou em nível nacional.

3. A celebração da JMJ em nível local na Solenidade de Cristo Rei

Ao final da celebração eucarística na Solenidade de Cristo Rei no dia 22 de novembro de 2020, o Papa Francisco quis dar um novo impulso à celebração da JMJ nas Igrejas particulares e anunciou que, a partir de 2021, esta celebração, tradicionalmente realizada no Domingo de Ramos, acontecerá no Domingo da Solenidade de Cristo Rei.[9]

A esse respeito, recordamos que São João Paulo II, exatamente na Solenidade de Cristo Rei de 1984 convocou os jovens a um encontro, em ocasião do Ano Internacional da Juventude (1985), que – junto com a convocação do Jubileu dos Jovens no Ano da Redenção (1984) – marcou o início do longo caminho das JMJs: «Nesta festa […] – disse ele – a Igreja proclama o Reino de Cristo, já presente, mas ainda em misterioso crescimento rumo à sua plena manifestação. Vocês, jovens, são portadores insubstituíveis da dinâmica do Reino de Deus, da esperança da Igreja e do mundo». Esta, então, foi a gênese da JMJ: no dia de Cristo Rei, jovens de todo o mundo foram convidados «a vir a Roma para um encontro com o Papa, no início da Semana Santa, sábado e domingo de Ramos».[10]

De fato, não é difícil perceber a ligação entre o Domingo de Ramos e Cristo Rei. Na celebração de Ramos, faz-se memória da entrada de Jesus em Jerusalém como a de um «rei manso e montado em um jumento» (Mt 21,5) e aclamado como Messias pela multidão: «Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!» (Mt 21,9). O evangelista Lucas acrescenta explicitamente a condição de “Rei” à aclamação da multidão dirigida “àquele que vem”, enfatizando assim que o Messias também é Rei, e que sua entrada em Jerusalém representa, de certa forma, uma entronização real: «Bendito o Rei que vem em nome do Senhor» (Lc 19,38).

A dimensão real de Cristo é tão importante para Lucas que aparece do início ao fim da vida terrena de Jesus Cristo e acompanha todo o seu ministério. Na Anunciação, o anjo profetiza a Maria que o filho que ela concebeu receberá de Deus «o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim» (Lc 1,32-33). E no momento dramático da crucificação, enquanto os outros evangelistas se limitam a mencionar os insultos dos dois crucificados ao lado de Jesus, Lucas apresenta a figura comovente do “bom ladrão” que ora a Jesus desde o patíbulo da cruz, dizendo: «Lembra-te de mim, quando entrares no teu reino» (Lc 23,42). As palavras de acolhimento e perdão que Jesus pronuncia em resposta a esta oração deixam claro que Ele é um Rei que veio para salvar: «Hoje estarás comigo no paraíso» (Lc 23,43).

O forte anúncio que deve ser dirigido aos jovens e que deve estar no coração de cada JMJ diocesana/eparquial celebrada no dia de Cristo Rei é portanto: Acolham a Cristo! Recebam-no como Rei em suas vidas! Ele é um Rei que veio para salvar! Sem ele não há verdadeira paz, não há verdadeira reconciliação interior e não há verdadeira reconciliação com os outros homens! Sem o seu Reino, até mesmo a sociedade perde a sua face humana. Sem o Reino de Cristo, toda verdadeira fraternidade e toda autêntica proximidade com aqueles que sofrem desaparecem.

O Papa Francisco lembrou que no centro das duas celebrações litúrgicas, Cristo Rei e Domingo de Ramos, «permanece o Mistério de Jesus Cristo Redentor do homem…».[11] O coração da mensagem, portanto, continua a ser que a grandeza do homem deriva do amor que sabe se entregar aos outros “até o fim”.

Desse modo, o convite para cada diocese/eparquia é que celebre a JMJ na Solenidade de Cristo Rei. De fato, é desejo do Santo Padre que, nesse dia, a Igreja universal coloque os jovens no centro de sua atenção pastoral, reze por eles, faça gestos que os tornem protagonistas, promova campanhas de comunicação, etc. Idealmente, um evento (diocesano/eparquial, regional ou nacional) deveria ser organizado no próprio dia de Cristo Rei. Entretanto, por várias razões, pode ser necessário realizar o evento em outra data.

Esta celebração deve ser parte de um caminho pastoral mais amplo, do qual a JMJ é apenas uma etapa.[12] Não é por acaso que o Santo Padre recomenda que «a pastoral juvenil só pode ser sinodal, ou seja, capaz de dar forma a um caminhar juntos».[13]

4. Principais pontos da JMJ

No decorrer do Sínodo dos Bispos sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, várias intervenções dos padres sinodais se referiram à Jornada Mundial da Juventude. A esse respeito, o Documento Final diz: «A Jornada Mundial da Juventude – que nasceu duma intuição profética de São João Paulo II e permanece um ponto de referência inclusive para os jovens do terceiro milénio – e os encontros nacionais e diocesanos[/eparquiais] desempenham um papel importante na vida de numerosos jovens, porque proporcionam uma experiência viva de fé e de comunhão, que os ajuda a enfrentar os grandes desafios da vida e a assumir responsavelmente o seu lugar na sociedade e na comunidade eclesial».[14]

E enfatizando que essas convocações remetem «ao acompanhamento pastoral ordinário das várias comunidades, onde o acolhimento do Evangelho deve ser aprofundado e traduzido em opções de vida»,[15] o Documento afirma que tais momentos «oferecem a possibilidade de caminhar na lógica da peregrinação, experimentar a fraternidade com todos, partilhar jubilosamente a fé e crescer na pertença à Igreja».[16]

Exploremos alguns destes “pontos principais”[17] que devem estar no coração de cada JMJ, também na sua dimensão local, e que portanto assumem claro valor programático.

a. A Jornada dos jovens seja uma “festa da fé”

A celebração da JMJ oferece aos jovens uma experiência viva e alegre de fé e comunhão, um espaço para experimentar a beleza do rosto do Senhor.[18] No coração da vida de fé está o encontro com a pessoa de Jesus Cristo, através do qual em cada JMJ é bom que ressoe para cada jovem o convite a encontrar Cristo e iniciar um diálogo pessoal com Ele. «É a festa da fé, quando juntos louvamos o Senhor, cantamos, escutamos a Palavra de Deus, permanecemos em silêncio de adoração: tudo isto é o ápice da JMJ».[19]

Nesse sentido, o programa das JMJs internacionais (dimensões querigmática, formativa, testemunhal, sacramental, artística, etc.) pode inspirar realidades locais, que poderão adaptá-lo de forma criativa. Deve ser dada especial atenção aos momentos de adoração silenciosa da Eucaristia, como ato de fé por excelência, e às liturgias penitenciais, como lugar privilegiado de encontro com a misericórdia de Deus.

Além disso, deve-se ter em mente que em cada JMJ, o entusiasmo natural que os jovens têm, o entusiasmo com que abraçam as coisas que os envolvem e que também caracteriza a forma como vivem sua fé, tudo isso estimula e revigora a fé de todo o povo de Deus. Convocados pelo Evangelho e convidados a uma experiência com o Senhor, os jovens muitas vezes se tornam testemunhas corajosas da fé e isso sempre torna o evento da JMJ algo surpreendente e único.

b. A Jornada dos jovens seja uma “experiência de Igreja”

É importante que a celebração diocesana/eparquial da JMJ se torne uma ocasião em que os jovens possam experimentar a comunhão eclesial e crescer em sua consciência de ser parte integrante da Igreja. A primeira forma de envolvimento dos jovens deve ser a escuta. Na preparação da Jornada diocesana/eparquial da juventude, é necessário encontrar tempos e modos apropriados para que a voz dos jovens seja ouvida dentro das estruturas de comunhão existentes: conselhos diocesanos/eparquiais e interdiocesanos/eparquiais, conselhos presbiterais, conselhos locais dos bispos…. Não esqueçamos que eles são o rosto jovem da Igreja!

Os diversos carismas presentes na circunscrição devem poder encontrar seu lugar ao lado dos jovens. É fundamental que a organização da celebração diocesana/eparquial da JMJ seja coral, envolvendo os vários estados de vida, em uma proposta de trabalho sinodal, como desejava o Santo Padre na Christus vivit: «Animados por este espírito, poderemos avançar para uma Igreja participativa e corresponsável, capaz de valorizar a riqueza da variedade que a compõe, acolhendo com gratidão também a contribuição dos fiéis leigos, incluindo jovens e mulheres, a da vida consagrada feminina e masculina e a de grupos, associações e movimentos. Ninguém deve ser colocado nem deixado colocar-se de lado».[20] Desta forma, será possível reunir e coordenar todas as forças vivas da Igreja particular, bem como despertar aquelas que estão “adormecidas”.

Neste contexto, a presença do bispo local e sua disponibilidade para estar entre os jovens constituem, para estes mesmos, um grande sinal de amor e de proximidade. Não raro, para vários jovens, a celebração diocesana/eparquial da JMJ torna-se uma oportunidade de encontro e diálogo com seu pastor. O Papa Francisco encoraja este estilo pastoral de proximidade, onde «deve-se privilegiar a linguagem da proximidade, a linguagem do amor desinteressado, relacional e existencial que toca o coração, atinge a vida, desperta esperança e anseios».[21]

c. A Jornada dos jovens seja uma “experiência missionária”

A JMJ em nível internacional tem-se revelado uma excelente oportunidade para dar aos jovens uma experiência missionária. Assim também deve ser para a diocesana/eparquial. Como diz o Papa Francisco, «a pastoral juvenil deve ser sempre uma pastoral missionária».[22]

Nesse sentido, podem ser organizadas missões nas quais os jovens são convidados a visitar as pessoas em suas casas, trazendo-lhes uma mensagem de esperança, uma palavra de conforto ou simplesmente oferecendo-se para ouvir.[23] Aproveitando seu entusiasmo, os jovens – sempre que possível – também podem ser protagonistas de momentos de evangelização pública, com cantos, orações e testemunhos, nas ruas e praças da cidade onde seus pares se encontram, porque os jovens são os melhores evangelizadores da juventude. Sua própria presença e sua fé alegre já constituem uma “proclamação viva” da Boa Nova que atrai outros jovens.

A promoção de atividades nas quais os jovens experimentam o trabalho voluntário, o serviço gratuito e a autodoação também deve ser encorajada. Não se deve esquecer que no domingo anterior à Solenidade de Cristo Rei, a Igreja celebra a Jornada Mundial dos Pobres. Que melhor ocasião para promover iniciativas nas quais os jovens doam seu tempo, sua força aos mais pobres, aos marginalizados, àqueles que são descartados pela sociedade. Desta forma, é oferecida aos jovens a possibilidade de se tornarem «protagonistas da revolução da caridade e do serviço, capazes de resistir às patologias do individualismo consumista e superficial».[24]

d. A Jornada dos jovens seja uma “ocasião de discernimento vocacional” e um “chamado à santidade”

Dentro de uma forte experiência de fé, eclesial e missionária, a prioridade deve ser dada à dimensão vocacional. É uma abordagem gradual que antes de tudo faz os jovens entenderem que toda sua vida é colocada diante de Deus que os ama e os chama. Deus os chamou primeiramente à vida, chama-os continuamente à felicidade, chama-os a conhecê-lo e a ouvir sua voz e, sobretudo, a aceitar seu Filho Jesus como seu mestre, seu amigo, seu Salvador. Reconhecer estas “vocações fundamentais” e confrontar-se com elas representa um primeiro grande desafio para os jovens porque, quando são levados a sério, estes primeiros “chamados” de Deus já apontam para escolhas de vida exigentes: a aceitação da existência como um dom de Deus, a ser vivido portanto em referência a Ele e não de forma auto referencial; a escolha de um estilo de vida cristão, nos afetos e relações sociais; a escolha do percurso de estudos, do compromisso com o trabalho e de todo o seu futuro de tal forma que esteja totalmente em sintonia com a amizade com Deus que se abraçou e se quer preservar; a escolha de fazer de toda a existência um dom para os outros, a ser vivido em serviço e amor altruísta. São escolhas muitas vezes radicais, em resposta a Deus que chama, que dão uma direção decisiva a toda a existência dos jovens. «A vida é o tempo das escolhas vigorosas, decisivas e eternas. – esclareceu o Papa Francisco aos jovens – Escolhas banais levam a uma vida banal; escolhas grandes tornam grande a vida».[25]

Dentro deste “horizonte vocacional” mais amplo, também não há necessidade de temer propor aos jovens a escolha inevitável daquele estado de vida que está de acordo com o chamado que Deus dirige a cada um deles individualmente, seja o sacerdócio ou a vida consagrada, também na forma monástica, ou o matrimônio e a família. Neste sentido, pode ser de grande ajuda o envolvimento de seminaristas, pessoas consagradas, casais e famílias que, com sua presença e testemunho, ajudem a despertar nos jovens as justas questões vocacionais e o desejo de lançar-se na busca do “grande projeto” que Deus planejou para eles. No delicado processo que os deve levar a amadurecer estas escolhas, os jovens devem ser acompanhados e prudentemente iluminados. Quando o tempo estiver maduro, então eles devem ser encorajados a fazer sua própria escolha pessoal com decisão, confiando na ajuda de Deus, sem permanecer em um estado perpétuo de indeterminação.

Na base de toda escolha vocacional deve haver o chamado ainda mais fundamental à santidade. A JMJ deve fazer ressoar nos jovens o chamado à santidade[26] como o verdadeiro caminho para a felicidade e a auto realização. Uma santidade comensurável com a história e o caráter pessoal de cada jovem, sem estabelecer limites aos caminhos misteriosos que Deus tem reservado para cada um, que podem levar a histórias heroicas de santidade – como aconteceu e ainda acontece com muitos jovens – ou àquela “santidade ao pé da porta” da qual ninguém é excluído. É, portanto, apropriado aproveitar ao máximo o rico patrimônio dos santos da Igreja local e universal, irmãos mais velhos na fé, cujas histórias nos confirmam que o caminho da santidade não só é possível e praticável, mas dá grande alegria.

e. A Jornada dos jovens seja uma “experiência de peregrinação”

A JMJ tem sido, desde o início, uma grande peregrinação. Uma peregrinação através do espaço – de diferentes cidades, países e continentes ao lugar escolhido para o encontro com o Papa e os outros jovens – e uma peregrinação através do tempo – de uma geração de jovens a uma outra que “pegou o bastão” – que marcou profundamente os últimos trinta e cinco anos de vida da Igreja. Os jovens da JMJ são, portanto, um povo de peregrinos. Não viajantes sem rumo, mas um povo unido, peregrinos “caminhando juntos” para uma meta, para um encontro com Alguém, o Único capaz de dar sentido à sua existência, o Deus feito homem que chama cada jovem a se tornar seu discípulo, a deixar tudo e “segui-lo”. A lógica da peregrinação exige essencialidade, convida os jovens a deixar para trás as seguranças confortáveis e vazias, a adotar um estilo de viagem sóbrio e acolhedor, aberto à Providência e às “surpresas de Deus”, um estilo que educa para superar a si mesmos e enfrentar os desafios que surgem ao longo do caminho.

A celebração diocesana/eparquial da JMJ, portanto, pode propor maneiras concretas para que os jovens tenham experiências reais de peregrinação. Experiências, ou seja, que encorajam os jovens a deixar suas casas e pôr-se em caminho, durante o qual aprendem a conhecer o suor e a fadiga do proceder, o cansaço do corpo e a alegria do espírito. Com frequência, de fato, através da peregrinação juntos descobrimos novos amigos, experimentamos a empolgante convergência de ideais enquanto olhamos juntos para o objetivo comum, o apoio mútuo nas dificuldades, a alegria de compartilhar o pouco que temos. Tudo isso é de vital importância nos tempos atuais, nos quais muitos jovens correm o risco de se isolar em mundos virtuais e irreais, longe da poeira das “estradas do mundo”. Privados, portanto, daquela profunda satisfação que vem da dura e paciente conquista do objetivo desejado, não com um simples clique, mas com a tenacidade e perseverança do corpo e da alma. Neste sentido, a Jornada diocesana/eparquial da juventude é uma oportunidade valiosa para as gerações mais jovens descobrirem santuários locais ou outros lugares significativos de piedade popular, levando em conta o fato que «as várias manifestações de piedade popular, especialmente as peregrinações, atraem jovens que não se inserem facilmente nas estruturas eclesiais e são uma expressão concreta da confiança em Deus».[27]

f. A Jornada dos jovens seja uma “experiência de fraternidade universal”

A JMJ deve ser uma ocasião de encontro para os jovens, não só para os jovens católicos. «Cada um dos jovens tem algo a dizer aos outros, tem algo a dizer aos adultos, tem algo a dizer aos sacerdotes, às religiosas, aos bispos e ao Papa!».[28]

Neste sentido, a celebração diocesana/eparquial da JMJ pode ser um momento oportuno para que todos os jovens que vivem em uma determinada área se reúnam e dialoguem uns com os outros, para além de suas crenças, de sua visão de vida, de suas convicções. Todo jovem deve se sentir convidado a participar e ser acolhido como um irmão. É preciso construir «uma pastoral juvenil capaz de criar espaços inclusivos, onde haja um lugar para todo o tipo de jovens e onde se manifeste, realmente, que somos uma Igreja com as portas abertas».[29]

5. O protagonismo juvenil

Como já mencionado, é importante que os agentes da pastoral juvenil estejam cada vez mais atentos ao envolvimento dos jovens em todas as etapas do planejamento pastoral da JMJ, segundo um estilo sinodal-missionário, valorizando a criatividade, a linguagem e os métodos próprios de sua idade. Quem conhece mais do que eles a linguagem e os desafios de seus coetâneos? Quem é mais capaz de alcançá-los através da arte, das mídias sociais…?

O testemunho e a experiência dos jovens que já participaram das JMJs internacionais merecem ser valorizados na preparação do evento diocesano/eparquial. Em algumas Igrejas particulares, após sua participação na JMJ internacional ou na organização de iniciativas para jovens em nível nacional e diocesano/eparquial, jovens que são “veteranos” dessas experiências têm sido envolvidos na criação de equipes de pastoral juvenil em diversas áreas: paroquial, diocesana/eparquial, nacional, etc. Isso mostra que quando os jovens se tornam protagonistas em primeira pessoa na realização de eventos realmente significativos, eles facilmente fazem próprios os ideais que inspiraram esses eventos, compreendem a sua importância com suas mentes e corações, tornam-se apaixonados por eles e estão dispostos a dedicar tempo e energia para compartilhá-los com os outros. Experiências fortes de fé e serviço muitas vezes dão origem a uma vontade de se comprometer com o trabalho pastoral ordinário da própria Igreja local.

Reiteramos, portanto, que é necessário ter a coragem de envolver e confiar papéis ativos aos jovens, tanto aqueles que vêm das diferentes realidades pastorais presentes na diocese quanto aqueles que não pertencem a nenhuma comunidade, grupo de jovens, associação ou movimento. A JMJ diocesana/eparquial pode ser uma bela oportunidade para destacar a riqueza da Igreja local, evitando que os jovens menos presentes e menos “ativos” nas estruturas pastorais estabelecidas se sintam excluídos. Todos devem se sentir “convidados especiais”, todos devem se sentir esperados e bem-vindos, em sua singularidade irrepetível e riqueza humana e espiritual. O evento diocesano/eparquial, portanto, pode ser uma ocasião propícia para estimular e acolher todos aqueles jovens que talvez estejam procurando seu lugar na Igreja e que ainda não o encontraram.

6. Mensagem anual do Santo Padre para a JMJ

Todos os anos, em vista da celebração diocesana/eparquial da JMJ, o Santo Padre publica uma Mensagem para os jovens. Portanto, seria oportuno que os encontros preparatórios e a própria JMJ diocesana/eparquial fossem inspirados pelas palavras que o Santo Padre dirigiu aos jovens, em particular, pela passagem bíblica que é proposta na Mensagem.

Também seria importante que os jovens ouvissem a Palavra de Deus e a palavra da Igreja a partir da voz viva de pessoas próximas a eles que conhecem profundamente seu temperamento, sua história, seus gostos, suas dificuldades e lutas, suas expectativas e esperanças e que, portanto, sabem aplicar bem os textos bíblicos e magisteriais às situações concretas da vida que os jovens ali presentes estão vivendo. Este trabalho de mediação, realizado na catequese e no diálogo, ajudará também os jovens a saberem identificar as formas concretas de dar testemunho da Palavra de Deus que ouviram e de vivê-la em sua vida cotidiana, de encarná-la na família, nos ambientes de trabalho ou de estudo, entre amigos.

A direção proposta por esta Mensagem, destinada a acompanhar o caminho da Igreja universal com os jovens, poderia, portanto, ser declinada com inteligência e grande sensibilidade cultural, levando em conta a realidade local. Também poderia inspirar o caminho da pastoral juvenil da Igreja local, sem esquecer as duas grandes linhas de ação que o Papa Francisco indicou: busca e crescimento.[30]

Não é de excluir que a Mensagem também possa ser veiculada através de várias expressões artísticas ou iniciativas de caráter social, como o Santo Padre convidou a fazer em sua Mensagem para a XXXV JMJ: «[proponham] ao mundo, à Igreja, a outros jovens, algo de belo no campo espiritual, artístico e social».[31] Além disso, seu conteúdo também poderia ser retomado em outros momentos significativos do ano pastoral, tais como: o mês missionário, o mês dedicado à Palavra de Deus ou às vocações, levando em conta as indicações das diversas Conferências Episcopais.

Por último, mas não menos importante, a Mensagem do Santo Padre poderia tornar-se o tema de vários outros encontros para jovens, propostos por agentes de pastoral juvenil da Igreja local, por associações ou movimentos eclesiais.

7. Conclusão

A celebração diocesana/paroquial da JMJ é sem dúvida uma etapa importante na vida de cada Igreja particular, um momento privilegiado de encontro com os jovens, um instrumento de evangelização do seu mundo e de diálogo com os mesmos. Não esqueçamos que «a Igreja tem tantas coisas para dizer aos jovens, e os jovens têm tantas coisas a dizer à Igreja».[32]

As Orientações Pastorais contidas nestas páginas pretendem ser um guia que apresente as motivações ideais e possíveis implementações práticas para que a JMJ diocesana/paroquial se torne uma oportunidade para trazer à tona o potencial para o bem, a generosidade, a sede de valores autênticos e grandes ideais que cada jovem carrega dentro de si. Portanto, reiteramos o quanto é importante que as Igrejas particulares dediquem atenção especial à celebração da Jornada Diocesana/paroquial da Juventude, para que ela possa ser devidamente valorizada. Investir nos jovens significa investir no futuro da Igreja, significa promover as vocações, significa iniciar efetivamente a preparação remota das famílias de amanhã. É, portanto, uma tarefa vital para cada Igreja local, não simplesmente uma atividade acrescentada a outras.

Confiemos à Virgem Maria o caminho da pastoral juvenil no mundo inteiro. Maria, como o Papa Francisco tão bem nos lembra em Christus vivit, «vê este povo jovem amado por Ela, que A procura fazendo silêncio no próprio coração, ainda que haja muito barulho, conversas e distrações ao longo do caminho. Mas, diante dos olhos da Mãe, só há lugar para o silêncio cheio de esperança. E, assim, Maria ilumina de novo a nossa juventude».[33]

O Santo Padre Francisco aprovou a publicação deste documento

Cidade do Vaticano, 22 de abril de 2021

Aniversário da entrega da Cruz da JMJ aos jovens

Cardeal Kevin Farrell

Prefeito

P. Alexandre Awi Mello, I.Sch.

Secretário

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[1] João Paulo II, Discurso ao Colégio dos cardeais, à Cúria e seus Prelados por ocasião da troca de votos natalícios, in “Insegnamenti” VIII, 2 (1985), pp. 1559-1560.

[2] Cf. Bento XVI, Discurso do Santo Padre por ocasião da troca de votos natalícios com os Cardeais, a Cúria Romana e a Família Pontifícia, in “Insegnamenti” VII, 2 (2011), pp. 951-955.

[3] Francisco, Angelus, in “Insegnamenti” I, 2 (2013), p. 155.

[4] Ibidem.

[5] Cf. Documento Final da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, 4. A partir de agora, este documento será citado com a sigla DF.

[6] O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida «expressa a preocupação particular da Igreja pelos jovens, promovendo seu protagonismo em meio aos desafios do mundo de hoje. Apoia as iniciativas do Santo Padre no campo da pastoral juvenil e está a serviço das Conferências Episcopais, dos movimentos e associações juvenis internacionais, promovendo sua colaboração e organizando encontros em nível internacional. Momento forte da sua atividade é a preparação dasJornadas Mundiais da Juventude» (Estatuto, art. 8).

[7] DF 119.

[8] Cf. Ibidem.

[9] Cf. Francisco, Homilia da Santa Missa na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, in “L’Osservatore Romano”, 23 de novembro de 2020, p. 6. Sugere-se que a Jornada Mundial da Juventude seja realizada na mesma data da Solenidade de Cristo Rei, mesmo em Igrejas cujo rito não prevê esta Solenidade ou a celebra em outro dia. No entanto, os Ordinários têm a faculdade de decidir de outra forma.

[10] João Paulo II, Angelus, in “Insegnamenti” VII, 2 (1984), p. 1298.

[11] Francisco, Homilia da Santa Missa na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, in “L’Osservatore Romano”, art. cit.

[12] DF 142.

[13] Francisco, Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus vivit (ChV) 206.

[14] DF 16.

[15] Ibidem.

[16] Ibidem, 142.

[17] Para saber mais sobre a contribuição da JMJ para o caminho espiritual dos jovens, veja-se: Bento XVI, Discurso do Santo Padre por ocasião da troca de votos natalícios com os Cardeais, a Cúria Romana e a Família Pontifícia, in “Insegnamenti”, op. cit.; Francisco, Audiência geral, in “Insegnamenti” I, 2 (2013), pp. 209-211.

[18] Cf. DF 16 e 142.

[19] Francisco, Audiência geral, in “Insegnamenti” I, 2 (2013), p. 210.

[20] ChV 206.

[21] ChV 211.

[22] ChV 240.

[23] Cf. ChV 240.

[24] ChV 174.

[25] Francisco, Homilia da Santa Missa na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, in “L’Osservatore Romano”, art. cit.

[26] Cf. Francisco, Exortação Apostólica Gaudete et exsultate 2.

[27] ChV 238.

[28] Francisco, Discurso na Vigília de Oração com os jovens em preparação para a Jornada Mundial da Juventude, in “L’Osservatore Romano”, 10-11 de abril de 2017, p. 7.

[29] ChV 234.

[30] Cf. ChV 209.

[31] Francisco, Mensagem para a XXXV Jornada Mundial da Juventude, in “L’Osservatore Romano”, 6 de março de 2020, p. 8.

[32] João Paulo II, Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christifidelis laici 46.

[33] CV 48.

[00673-PO.01] [Texto original: Italiano]

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18 de Maio de 2021