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Sagrado Coração de Jesus/D. José Ornelas: “Que o Senhor transforme e faça o nosso coração semelhante ao seu”

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Presbíteros e diáconos de Setúbal reuniram-se no Pavilhão do Rosário (Santuário de Cristo Rei) para a celebração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na qual a Igreja assinala igualmente o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero.

Na mesma Eucaristia, presidida pelo Bispo de Setúbal, foram assinalados os Jubileus Sacerdotais dos Padres Carlos Alves (60 anos), Agostinho Mendes, SCJ (50 anos), Manuel Ramalho (50 anos) e Licínio Silva, CP (25 anos).

Na sua alocação inicial, D. José Ornelas lembrou que esta solenidade “concentra o nosso olhar sobre a razão de ser do agir de Deus: o seu amor salvador revelado e atuado na vida, morte e ressurreição de Jesus”.

“Este amor continua vivo na Igreja, através de cada discípulo e discípula que adere ao Coração humano e divino de Jesus e por Ele se deixa transformar. De um modo especial, está presente no ministério ordenado para o serviço da Igreja”, complementa.

 

Na homilia, o Bispo de Setúbal comentou as leituras do dia, evidenciando o modo como estas apresentam os caminhos fundamentais para a vida pessoal e para o serviço que os presbíteros e diáconos realizam na Igreja.

Na primeira leitura, o profeta Oseias revela “a grandeza do amor de Deus para com o seu povo, exprimindo-o com duas imagens: o amor esponsal e o amor paternal de Deus, para além de toda a falta de correspondência.”

Ele está constantemente ao nosso lado, acolhe-nos, guia-nos e refaz-nos, mesmo quando a nossa incompreensão, infidelidade e rebeldia nos afastam dele. Ao mesmo tempo, modela igualmente a nossa atitude e os nossos relacionamentos, formando um coração sacerdotal à imagem de Jesus, sensível para sentir a dor do sofrimento, do mal e da violência, mas igualmente atento e misericordioso para reparar o que está quebrado e cuidar do que está ferido.”

A segunda caraterística do coração sacerdotal é a resposta ao pecado com “atitude de absoluto amor e dom da vida”. Apela o prelado ao clero diocesano, para “contemplar e integrar, no nosso viver, julgar e agir, o anúncio dos profetas e de toda a Palavra de Deus, mas sobretudo a revelação humana do Seu amor, nos gestos e nas atitudes de Jesus”.

 

Através do Espírito do Senhor, “este serviço há de ser vivido com grande alegria, mas igualmente com grande humildade e constante atitude de dom e de serviço, para ser autêntico”.

Destaca o bispo diocesano, da Carta de São Paulo aos Efésios, a extensão do amor salvador, não apenas a Israel, mas a toda a humanidade:

No Coração de Jesus, que vai à procura e se identifica com os mais distantes e os pecadores, que vence a violência e o ódio com o amor e o dom do Espírito vivificador, aprendemos a ser uma Igreja em saída, sensível e empenhada na missão de levar Cristo ao coração de cada ser humano nesta terra”.

D. José Ornelas lembrou na Eucaristia o caminho sinodal que a Igreja diocesana está a iniciar, nas vésperas do seu cinquentenário. Roga para que “o Senhor transforme e faça o nosso coração semelhante ao seu, para que possamos testemunhar o seu amor na comunidade eclesial e no seu ardor missionário em todo o mundo”.

Deixou ainda uma palavra de apreço e estima pelos sacerdotes que celebram o seu jubileu: “Com eles, damos graças a Deus pelo dom e pela escolha que lhes dirigiu, agradecemos o serviço que têm prestado à Igreja, concretamente na nossa Diocese de Setúbal e pedimos que continue a assisti-los com o seu Espírito, para puderem continuar com fidelidade e alegria a testemunhar o seu amor, no serviço ao seu povo”, disse.

A celebração contou ainda com o momento de renovação de votos religiosos das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, congregação religiosa que atualmente dá assistência pastoral ao Santuário de Cristo Rei.

JM

 


Homilia de D. José Ornelas

As leituras que proclamamos nesta solenidade deixam-nos uma mensagem e um caminho fundamentais para a vida pessoal e para o serviço que realizamos na Igreja. Sublinho três caraterísticas fundamentais, provenientes das três leituras:

1. O amor carinhoso e paterno de Deus (Os 11,1-9)

O profeta Oseias, através da experiência dolorosa de um amor apaixonado pela própria esposa que lhe é infiel, e da situação paradoxal de filhos queridos, mas igualmente ingratos e rebeldes, é levado a entender, na própria carne, a grandeza do amor de Deus para com o seu povo, exprimindo-o com duas imagens: o amor esponsal e o amor paternal de Deus, para além de toda a falta de correspondência.

Na leitura de hoje, o profeta apresenta-nos a segunda destas imagens, falando de Deus que trata o seu povo como seu filho querido, “com laços humanos, com laços de carinho”. As memórias da libertação do Egito, da travessia do deserto e do dom da terra, são vistas pelo profeta à luz da atitude de um pai que acarinha, sustenta, ensina a caminhar e provê os seus filhos e filhas de tudo o que é necessário à vida, ao crescimento e à felicidade.

Desta imagem faz parte também a incompreensão, a rebeldia e ingratidão dos filhos, que poderiam ser ocasião para castigo, repúdio e exclusão, pois provocam dor, amargura e ira no coração de qualquer pai humano. O profeta, que fez bem a experiência destes sentimentos na sua casa, entende o coração de Deus: “O meu coração agita-se dentro de Mim, estremecem as minhas entranhas”. Mas o Coração de Deus é bem mais compassivo e misericordioso do que qualquer pai humano: “Não desafogarei o furor da minha cólera, não voltarei a destruir Efraim; porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e não me deixo levar pela ira.”

Oseias exprime, assim, de um modo novo e determinante a santidade de Deus, como distinta e bem acima dos sentimentos humanos, que não exclui ninguém, nem exerce violência ou morte, porque permanece fiel ao seu ser um Deus “misericordioso e benevolente, lento para a ira e cheio de amor e de fidelidade” (Ex 34,6).

Esta é a primeira palavra que alimenta e modela, hoje, o nosso coração, para o tornar mais parecido com aquilo que o Profeta Oseias sentiu de Deus. Ele está constantemente ao nosso lado e acolhe-nos, guia-nos e refaz-nos, mesmo quando a nossa incompreensão, infidelidade e rebeldia nos afastam dele. Ao mesmo tempo, modela igualmente a nossa atitude e os nossos relacionamentos, formando um coração sacerdotal à imagem de Jesus, sensível para sentir a dor do sofrimento, do mal e da violência, mas igualmente atento e misericordioso para reparar o que está quebrado e cuidar do que está ferido.

2. O amor até ao dom da vida (Jo 19,31-37)

A segunda caraterística do coração sacerdotal provém do texto do Evangelho e explicita bem até que ponto Deus vem ao encontro do ser humano débil e pecador, respondendo à incompreensão, à violência e à corrupção, e assumindo toda a negatividade humana, em atitude de absoluto amor e dom da vida. Na lança que trespassa o peito de Jesus, o discípulo João contempla a revelação do amor que habitava esse Coração humano, morada do Espírito de Deus, até à sua última palpitação: a fidelidade ao projeto salvador de Deus e a comunicação da sua vida à humanidade.

Como no drama de Oseias, a rebeldia e ingratidão do filho fazem o profeta entender o que significa verdadeiramente ser pai e cuidar de um filho, assim também o golpe da lança, que culmina toda a lógica de ódio, violência e morte, faz derramar sobre a mãe de Jesus e o grupo de discípulos/as, aos pés da cruz, o dom do amor, da reconciliação e da vida, no sangue e na água, vistos como o dom do Espírito de Deus. É aos pés da cruz e na contemplação de João, que nos conduz ao Coração de Jesus, que podemos, também nós, entender a vocação e o caminho do dom do sacerdócio que de Deus recebemos.

Somos chamados, em primeiro lugar, a contemplar e integrar, no nosso viver, julgar e agir, o anúncio dos profetas e de toda a Palavra de Deus, mas sobretudo a revelação humana do Seu amor, nos gestos e nas atitudes de Jesus. Esse é o modo de escutar o seu convite: “aprendei de mim que sou manso e humilde de Coração”. Ele é nosso modelo, nosso Mestre e nossa esperança.

Em segundo lugar, somos convidados a entender, na nossa forma de atuar, que é apenas através do Espírito do Senhor, revelado na cruz, que a nossa missão pode dar fruto. Isso nos leva à fidelidade àquele que nos chama e a fazer da nossa vida um dom de serviço generoso e desprendido àqueles a quem somos enviados. Além disso, o amor do Coração de Cristo é a força do Espírito que nos “compele”, com diz Paulo na segunda carta aos Coríntios: “o amor de Cristo nos compele, ao pensar que um só morreu por todos e, portanto, todos morreram. Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2Co 5,14s)

É deste modo que nos unimos à presença sacramental dos mistérios que celebramos, por obra do Espírito, no batismo que dá a vida e insere na família de Deus; na Eucaristia que reúne os irmãos em Igreja, na presença do único Senhor, os alimenta com a partilha do pão da vida; bem como nos demais sacramentos que constantemente acompanham, fortalecem e orientam a vida e a esperança do povo peregrino da casa do Pai: modelam o nosso ser e passam pelo nosso ser frágil, para dar vida à Igreja. Este serviço há de ser vivido com grande alegria, mas igualmente com grande humildade e constante atitude de dom e de serviço, para ser autêntico. A cruz de Jesus e o seu peito trespassado são fonte constante de inspiração e de identificação, para que possamos dizer como Paulo: “Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2,19s).

3. Um amor que se estende a toda a humanidade (Ef 3, 8-12.14-19)

Na segunda leitura, a carta aos efésios retorna sobre a compreensão do mistério do amor de Deus, desde sempre realizado na história, mas agora revelado em Cristo, de que Paulo se sente especial obreiro. E o aspeto mais saliente desse projeto de Deus é a extensão do seu amor salvador, não apenas a Israel, mas a toda a humanidade: “A mim, o último de todos os cristãos, foi concedida a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo e de manifestar a todos como se realiza o mistério escondido, desde toda a eternidade, em Deus, criador de todas as coisas.”

É este amor universal de Deus que move Paulo e toda a Igreja para a missão, para a transformação do mundo segundo o Evangelho. No Coração de Jesus, que vai à procura e se identifica com os mais distantes e os pecadores, que vence a violência e o ódio com o amor e o dom do Espírito vivificador, aprendemos a ser uma Igreja em saída, sensível e empenhada na missão de levar Cristo ao coração de cada ser humano nesta terra.

Esta é a terceira palavra desta celebração e de oração pela santidade dos sacerdotes: uma santidade, como diz a leitura, fundada na identificação com o projeto de Deus, “a fim de que se digne, … armar-vos poderosamente pelo seu Espírito, para que se fortifique em vós o homem interior e Cristo habite pela fé em vossos corações”. É assim, que modelados pelo Coração de Cristo, poderemos ser, pela nossa vida e ministério, pedras vivas da Igreja e missionários do seu amor no mundo.

Nesta Diocese de Setúbal, no início do caminho sinodal da nossa Igreja a caminho dos seus 50 anos, que o Senhor transforme e faça o nosso coração semelhante ao seu, para que possamos testemunhar o seu amor na comunidade eclesial e no seu ardor missionário em todo o mundo.

+ D. José Ornelas, Bispo de Setúbal

 


Biografias

Padre Carlos Alves

O Padre Carlos Fernando Póvoa Alves nasceu a 5 de fevereiro de 1934 na freguesia do Socorro, concelho de lisboa. É o filho mais novo de três do casal Francisco Alves e de Angelina de Jesus Póvoa. Foi batizado na Paróquia de Santa Maria de Belém, Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa. Viveu a sua infância na Encarnação, concelho de Mafra. O Padre Carlos Póvoa frequentou os Seminários de Santarém, Almada e Olivais.

A 15 de agosto de 1961, na Sé de Lisboa, foi ordenado presbítero pelo Cardeal Patriarca Dom Manuel Gonçalves Cerejeira.

A sua primeira missão pastoral foi desempenhada no lugar onde iniciou a sua vida cristã: a Paróquia de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, como Vigário Paroquial de 20 de setembro de 1961 a 18 de dezembro de 1968. O Cardeal Patriarca Dom Manuel Gonçalves Cerejeira nomeou-o Pároco de Alhos Vedros, concelho da Moita – ainda como território do Patriarcado de Lisboa – a 19 de dezembro de 1968, ofício que desempenhou até ao dia 29 de setembro de 2019, data em D. José Ornelas Carvalho o tornou Pároco emérito de Alhos Vedros. Durante estes 51 anos de presença em Alhos Vedros foi membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores entre 1983 a 1988 e Vigário Forâneo da Vigararia de Barreiro-Moita no quinquénio 1986 a 1991. O Padre Carlos Póvoa fica marcado na história da Diocese de Setúbal como sacerdote dedicado, discreto e fiel.

O Padre Carlos Fernando Póvoa Alves celebra no ano de 2021 60 anos da sua ordenação sacerdotal.

 

Padre Agostinho Mendes

O Padre Agostinho Ba sílio Teixeira Mendes, filho de António Teixeira Mendes e de Maria de Freitas Basílio, nasceu a 7 de agosto de 1945, na freguesia do Porto da Cruz, Madeira.

Foi batizado a 15 de agosto de 1945 na Igreja Paroquial do Porto da Cruz e crismado a 19 de fevereiro de 1956, na Igreja Paroquial de Santo António, Funchal.

Entrou para o Colégio Missionário do Sagrado Coração, no Funchal, a 7 de outubro de 1956, onde frequentou os três primeiros anos liceais.

Em setembro de 1959 transfere-se para o Instituto Missionário Sagrado Coração, em Coimbra, e conclui o Curso Geral Complementar.

Inicia o Noviciado na Casa do Sagrado Coração, em Aveiro, a 29 de setembro de 1963 e a 29 de setembro de 1964 emite a Profissão Religiosa. De 1964 a 1966 frequenta o Curso de Filosofia em Monza, Itália.

Fez o estágio de Vida Religiosa no Colégio Missionário no ano de 1966-1967.

De 1967 a 1971 está novamente em Itália (Bolonha) para fazer o Curso de Teologia no Studentato dele Missione.

Faz a Profissão Perpétua a 29 de setembro de 1968, em Bolonha. É ordenado Diácono a 27 de junho de 1970, em Bolonha e Sacerdote a 4 de julho de 1971 no Seminário Missionário Padre Dehon, Porto.

De 1971 a 1980 trabalha como educador no Seminário Missionário Padre Dehon.

De 1980 a 1981 frequenta em Roma o Curso de Pastoral e Formação Vocacional, na Universidade Pontifícia Salesiana.

De regresso a Portugal é destacado para o Colégio Missionário do Sagrado Coração, como Educador dos seminaristas.

Em 1983 é nomeado Superior do Colégio Missionário. Após o triénio, é de novo nomeado Educador na mesma comunidade.

Em 1990 vai para S. Miguel, Açores, como Superior Delegado, para em conjunto com outros confrades, dar início à presença Dehoniana naquele arquipélago.

Em 1995 passa a desempenhar o serviço de Ecónomo da Comunidade e em 1998 é nomeado Pároco do Livramento.

Exerce a função de Superior do Centro Dehoniano, no Porto, de 2001 a 2004.

No ano de 2004 regressa novamente a S. Miguel, Açores, e acumula as funções de Superior, Ecónomo e Pároco.

Em 2007 deixa o cargo de Superior.

A partir de agosto de 2011 passa a fazer parte da comunidade da Casa do Sagrado Coração, em Aveiro, tendo a seu cargo o serviço da Secretaria. Nesse mesmo ano é nomeado por D. António Francisco Administrador Paroquial da Paróquia de Eirol, Vigararia de Aveiro.

Desde agosto de 2013 a 2016 exerceu a missão de Vigário Paroquial de Besteiros, Cristelo, Duas Igrejas e Sobrosa, Vigararia de Paredes, Diocese do Porto.

De 2016 até 2019, foi Pároco in solidum (moderador) das Paróquias do Cabouco e do Livramento, São Miguel, Diocese de Angra.

Por decisão do Superior Provincial, na sessão do Conselho Provincial de 8 e 9 de julho de 2019, o Padre Agostinho Basílio Teixeira Mendes é apresentado ao Bispo de Setúbal, D. José Ornelas Carvalho, para ser nomeado Pároco da Paróquia de Santo André e da Paróquia de São Lourenço de Alhos Vedros.

Neste ano de 2021, o Padre Agostinho Basílio Teixeira Mendes celebra as Bodas de Ouro Sacerdotais.

 

Padre Manuel Ramalho

O Padre Manuel Pinheiro da Silva Ramalho, filho de António da Silva Ramalho e de Rosa de Conceição, nasceu a 23 de novembro 1938 no lugar da Ramalheira, freguesia de Pombalinho, concelho de Soure, distrito de Coimbra. Foi batizado a 11 de dezembro 1938, em Pombalinho.

Frequentou o Seminário da Figueira da Foz até ao 5º ano e o Semanário de Coimbra até ao segunda ano de teologia. Integrou o Instituto Regnum Dei fundado pelo Pe. Luís Maurício frequentando o Seminário de Évora até ao final do 4º ano de Teologia. Depois deslocou-se a Paris frequentando o Instituto Católico de Paris durante dois anos. Regressando a Portugal foi acompanhado pelo Padre José Albarrão membro dos Padres Operários no Afonsoeiro, Montijo. Foi funcionário durante dois anos no Porto de Setúbal. Extinguindo-se o Instituto Regnum Dei, o então Vigário Episcopal para a Pastoral da Região de Setúbal, o Cónego João Alves, convidou o seminarista Manuel Ramalho a integrar a pastoral em São José na Camarinha, em Setúbal, sendo acompanhado pelo Padre Camilo. Durante este tempo lecionou a disciplina de Educação Moral e Religião Católica. Foi ordenado Diácono pelo Cardeal Patriarca Dom António Ribeiro no Seminário dos Olivais continuando a lecionar Moral e Religião Católica. Foi ordenado sacerdote a 4 de setembro de 1971 pelo Cardeal Patriarca Dom António Ribeiro no Seminário dos Olivais.

O Cónego João Alves, futuro Bispo de Coimbra, convidou-o a residir na Paróquia de São José, na Camarinha, Setúbal, iniciando o seu ministério sacerdotal como Capelão do Hospital do Outão até ao ano de 1975.

Com a saída da Pároco de Palmela e do lugar da Quinta do Anjo no início de 1975, o Cónego João Alves pediu-lhe para celebrar nestes lugares não tendo nomeação oficial. Mas a 3 de outubro de 1975, o Cardeal António Ribeiro nomeou-o Pároco de Palmela e da freguesia civil da Quinta do Anjo. Com a criação da Diocese de Setúbal, o Bispo D. Manuel Martins e o seu sucessor confirmaram esta nomeação até 1999, ano em que D. Gilberto dos Reis o nomeou Pároco de São José, na Camarinha em Setúbal, lugar pastoral já por si conhecido. Aí permaneceu durante 5 anos. A 15 de agosto de 2004 com o Padre Horácio Noronha foi nomeado Pároco “in solidum” da Paróquia do Pinhal Novo. O Padre Horácio Noronha tendo assumido outras funções diocesanas deixou a Paróquia do Pinhal Novo e, com 71 anos, o Padre Manuel Ramalho assumiu sozinho a paroquialidade do Pinhal Novo até 2020. A 27 de setembro de 2020, o atual Bispo de Setúbal, Dom José Ornelas Carvalho, nomeou-o Pároco Emérito do Pinhal Novo.

O Padre Manuel Ramalho vive atualmente em Setúbal e celebra regularmente na Casa Provincial das Irmãs da Apresentação de Maria na Baixa de Palmela.

Da sua vasta experiência pastoral incluímos a de diretor da catequese da região pastoral de Setúbal, antes da criação da Diocese, e de assistente do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar entre 2001 a 2013.

O Padre Manuel Ramalho fica marcado na nossa história como um pastor zeloso ao povo a ele confiado, um sacerdote obediente aos prelados nos serviços que lhe foram confiados – e alguns muito de si exigiram – e um professor próximo e dedicado. Mas não poderíamos deixar realçar da sua experiência pastoral o seu grande empreendedorismo na restauração das Igrejas de Quinta do Anjo e de São José – Camarinha e na construção das igrejas de Cabanas e de Aires e no início da nova Igreja do Pinhal Novo.

Neste ano de 2021, o Padre Manuel Pinheiro da Silva Ramalho celebra as Bodas de Ouro Sacerdotais.

 

Padre Lícino Silva

O Padre Lícino Luis Assunção da Silva nasceu no Hospital de Paredes (Castelões de Cepeda) a 25 de julho de 1969. A sua casa paterna situa-se na freguesia de Gandra-Paredes. Aos 11 anos (1980) foi para o Seminário Menor dos Missionários Passionistas, em Santa Maria da Feira, e aí permaneceu até completar o décimo primeiro ano. Em 1987 foi para o Ano de Postulantado, em Linda-a-Velha e frequentou o ano zero da Universidade Católica Portuguesa (UCP) de Lisboa.  No ano seguinte, fez o seu ano de Noviciado em Corella-Navarra, Espanha. Em 24 de setembro de 1989 celebrou a sua Profissão Religiosa em Santa Maria da Feira. Nos anos seguintes completou a Licenciatura em Teologia: os 2 primeiros anos na UCP de Lisboa e os 3 seguintes na UCP do Porto. Esteve um ano a colaborar com o Seminário Menor de Santa Maria da Feira. Em 11 de junho de 1995 foi ordenado Diácono, na Feira, estando esse ano na Comunidade de Linda-a-velha. Em 22 de junho de 1996 foi ordenado presbítero, juntamente com mais dois irmãos Passionistas na Feira e foi destinado à Comunidade de Santo António da Charneca. Elemento da Comunidade e com a responsabilidade de integrar as Forças Armadas como capelão militar na Marinha Portuguesa para substituir o seu irmão Passionista, o Padre Manuel Henriques, que partiu para a Missão de Angola.

Frequentou o Curso de Capelães na Academia Militar em setembro de 1996 e a 22 do mesmo mês integrou a Marinha Portuguesa na Escola de Fuzileiros e na Base de Fuzileiros e lá permanece ao longo de todos estes anos. Em 2012 acumulou com a Escola Naval, até janeiro de 2019. Em 2016 assumiu a Capelania da Base Naval de Lisboa que mantém até aos dias de hoje. Na Diocese das Forças Armadas e de Segurança, é membro do Conselho Presbiteral, é um dos elementos do grupo de emergência da Cáritas Nacional e o representante Sócio-caritativo da Diocese Castrense.

Desde setembro de 1996 que é um dos elementos que compõem a Comunidade Paroquial de Palhais/Santo António colaborando com os três párocos, seus irmãos de Comunidade: Padre Armando Gomes, Padre José Luís Moreira e atualmente com o Padre Tiago Veloso. Ao longo destes 25 anos tem sido o Assistente do Agrupamento de Escuteiros da Paróquia, apoia as comunidades neocatecumenais e o grupo sócio-caritativo. Foi durante vinte anos responsável pelos Acólitos e com os dois anteriores párocos colaborou no cartório paroquial, entre outros apoios pastorais.

Na Comunidade Passionista de Santo António da Charneca, exerceu os vários serviços a que os seus superiores o chamaram. Neste momento exerce o serviço de Vice-superior.

Neste ano de 2021 o Padre Licínio Luis Assunção da Silva celebra as Bodas de Prata sacerdotais.

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11 de Junho de 2021