Os sacerdotes e diáconos da Diocese de Setúbal reuniram-se no passado dia 6 de outubro para dar início ao ano pastoral. O habitual plenário do Clero decorreu no Seminário de Almada.
Na sua intervenção inicial, D. José Ornelas refletiu sobre o reinício da vida das comunidades “com novas perspetivas de superação da pandemia e com nova esperança, a nível social e eclesial”.
O prelado realçou a necessidade de reaprender o caminho da Igreja, com um renovado apelo à missão “aos que já estão dentro e adormecidos e aos de fora e foram tocados pela mão de Deus neste tempo e buscam novos horizontes”.
Sobre a saída da pandemia, reforça o bispo diocesano que a mesma não terminou, mas pediu aos sacerdotes que exerçam o seu ministério com segurança e com criatividade, de forma a chegar aos outros, aos que vêm, aos que deixaram de vir e aos que não vêm.
É importante adotar as indicações fundamentais com bom senso e ponderação, para que se crie nas paróquias, nas celebrações e encontros, um ambiente de segurança que infunda confiança, mas igualmente livre do medo e do comodismo.”
“É bom dizer às pessoas, que nós podemos fazer o nosso trabalho, viver em comunidade, viver a nossa fé e partir em missão”. Exortou aos sacerdotes que pensem formas de colocar em prática, que pautem pelo acolhimento em comunidade e contacto próximo com as pessoas.
Sínodo dos Bispos: “Repensar a nossa vida”
D. José dedicou algumas palavras ao processo sinodal a iniciar com a etapa diocesana do Sínodo Geral dos Bispos, à qual sucederá um Sínodo Diocesano a concluir no cinquentenário da Diocese, em 2025.
Explicou os procedimentos e etapas do processo sinodal, frisando que este é um tempo para “repensar a nossa vida, a nossa conversão pessoal, a conversão à comunidade e a conversão missionária.”
Para o prelado, estas três dimensões resumem “a atitude que se pretende infundir na Igreja, não apenas neste evento, mas no modo de ser Igreja.”
Toda a dinâmica deve ser de reflexão e discernimento sobre a Igreja que somos, escutar o Espírito em oração, e tomar caminhos para a Igreja que queremos ser, em espírito de comunhão, no assumir as nossas deficiências e no empreender as reformas que se impõem.”
Na sua visão, o processo “destina-se a sacudir a Igreja e colocá-la em sido de escuta orante, em comunhão e em saída missionária”, convidando à transformação, “antes de mais das atitudes e dos modos de agir na nossa Igreja, à luz do espírito sinodal”.
É um grande desafio que se nos propõe, nas paróquias, vigararias e Diocese”, referiu.
O bispo diocesano abordou outros desafios atuais à Igreja de Setúbal, como a Jornada Mundial da Juventude, da qual será Diocese de Acolhimento, a implementação dos novos Estatutos Administrativos da Diocese, a Fundação D. Manuel Martins, a Academia Fé e Cultura, a formação de Diáconos Permanentes e a instituição dos ministérios laicais.
Foram ainda dadas as boas-vindas aos padres que chegam à Diocese, o Padre Tarcízio António de Castro Morais, SDB, novo superior da comunidade salesiana de Setúbal, o Padre Tiago Alexandre da Eira Pereira SCJ, que integra a comunidade dehoniana de Barreiro-Moita e o Padre Luiz Fábio Alves Peixoto, da Aliança da Misericórdia. D. José Ornelas fez ainda um agradecimento aos padres que assumiram novas funções e aceitaram colaborar com os colegas num trabalho pastoral conjunto, para ir ao encontro das novas realidades pastorais.
JM