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D. José Ornelas/Ano Pastoral 2021/22: “Que a santa experiência da sinodalidade aponte caminhos para uma Igreja melhor”

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Os responsáveis dos serviços pastorais diocesanos e movimentos laicais reuniram-se no último sábado, 9 de outubro, para a apresentação dos objetivos do ano pastoral 2021/2022.

Na sua mensagem aos agentes pastorais presentes, D. José Ornelas fez considerações sobre a experiência da sinodalidade que a Igreja Universal atualmente vive.

Contextualizando o processo sinodal nas suas múltiplas etapas, o Bispo de Setúbal advertiu que o Sínodo “não serve apenas para realizar uma reunião e produzir um documento bonito. É para nós mudarmos a estrutura da nossa diocese, o nosso modo de viver e de ser Igreja”.

Tanto o Sínodo dos Bispos, que culminará em 2023, como o Sínodo Diocesano que terá a sua conclusão no cinquentenário da Diocese, em 2025, têm como objetivo “conduzir à missão” e a uma reflexão sobre a Igreja “que fique como base para se planear as respostas aos desafios do mundo de hoje”.

O prelado frisou que o processo sinodal não é uma reflexão pessoal:

O Sínodo não é uma sondagem de opinião, é uma aferição do que o Espírito Santo nos indica, o que o Espírito está a dizer à sua Igreja. É uma reflexão para mudar atitudes.”

“Que a santa experiência da sinodalidade nos aponte caminhos para uma Igreja melhor”, concluiu.

“Todos somos chamados a participar de forma sinodal”

O Padre Luís Ferreira, Vigário Episcopal para a Pastoral fez a apresentação do plano pastoral 2021/2022, lembrando os desafios apontados por D. José Ornelas na Nota Pastoral “Levanta-te e partilha a fé e a missão”, de setembro de 2019.

“O nosso programa pastoral, tendo sido afetado durante a pandemia, poderá agora retomar o seu caminho com as prudências e cuidados com que nos habituámos a viver, sob orientação das normas da Conferência Episcopal Portuguesa e da Direção Geral de Saúde”, realçou.

Revivendo o trabalho pastoral realizado por toda a Igreja durante o período pandémico, o Vigário Episcopal para a Pastoral fez um agradecimento público aos agentes pastorais pela sua “dedicação e resiliência neste tempo único da história da humanidade”.

Lembrou que “a Igreja nunca fechou portas”, tendo pelo contrário aberto “as casas através das janelas digitais e da comunhão espiritual”.

Recordou “as muitas transmissões de Eucaristia, encontros formativos, encontros de oração e dinamismos propostos pelos diversos serviços pastorais e movimentos laicais” para quem em período de confinamento, “se abrissem portas para a conversão, para o caminho de aprofundamento e para a companhia de tantos que sentiam solidão”.

Este caminho não terminou. Apresentamos hoje o caminho do que pretendemos continuar a fazer na evangelização desta porção do povo de Deus presente em Setúbal. O núcleo de qualquer ação pastoral é o anúncio do Evangelho.”

 

Alinhou como principais desafios para os próximos tempos a Jornada Mundial da Juventude, que se realizará em Lisboa de 1 a 6 de agosto de 2023; o evento “Praça Central”, promovido pela Conferência Nacional do Apostolado dos Leigos e cuja edição deste ano se realizará em Almada no dia 20 de novembro; a vivência do ano de São José; o Encontro Mundial das Famílias em junho de 2022; a reorganização dos serviços pastorais, salientando as nomeações para as áreas recém-criados da cultura e do turismo; uma melhor comunicação dentro e fora da Igreja; a reorganização do itinerário catequético dos catecúmenos e a necessário formação “para cuidar o homem integral em todo o ciclo da sua vida”.

“Até 2025 temos um caminho sinodal. Na escuta do Espírito Santo, diz à Igreja de hoje, na comunhão, na participação e na missão. Todos somos chamados a participar de forma sinodal. Todos os membros da Igreja: leigos, clérigos e religiosos, jovens e adultos, crentes e até os não crentes, são chamados a discernir, discernir e caminhar juntos”, concluiu.

O encontro contou ainda com intervenções do Padre José Pinheiro, presidente da Comissão preparatória do Sínodo Diocesano de 2025 e da resposta diocesana ao Sínodo dos Bispos, de Domingos Sousa, presidente da Cáritas Diocesana, Francisco Cercas, responsável da equipa diocesana do Renovamento Carismático Católico, João Marques pelo Gabinete de Comunicação da Diocese e Pedro Correia, pelo Departamento da Juventude.

A manhã contou ainda com um apontamento musical da responsabilidade de Maria e João Antunes, com a interpretação de duas melodias em órgão e flauta transversal.

JM

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15 de Outubro de 2021