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Educação Cristã/Reflexão: “O que nos faz vibrar?”

Man hand with pen writing on notebook.

No âmbito da Semana Nacional da Educação Cristã 2021, que termina este domingo, o Diácono Fernando Magalhães, diretor do Externato Diocesano Frei Luís de Sousa e presidente da APEC (Associação Portuguesa de Escolas Católicas) partilha connosco a sua reflexão.

Escrevo estas linhas longe do país, onde estou na Assembleia Geral e em trabalhos do Comité Europeu da Educação Católica. 

O que fazem representantes da educação católica de quase 30 países e organizações aqui juntos com uma agenda – comum e diversa – de partilhas, ideias, preocupações, inquietações?

O que move todos estes responsáveis nacionais na revisão do que fazem e na procura de novas vias?

O que está na base do carácter exemplar como, universalmente reconhecido, a escola católica respondeu e responde no contexto da pandemia, em particular, na atenção aos mais vulneráveis?

O que faz com que, em países europeus onde a religião predominante é a islâmica ou a Igreja Ortodoxa é preponderante, se levem a cabo, nas escolas católicas onde os alunos daqueles credos são dominantes, expressões de inter-religiosidade ou de ecumenismo pouco prováveis?

O que motiva, os que aqui estão reunidos, em discussões sobre tanto que os ocupa, como por exemplo, também, a liberdade de educação?

Podem ser muitos os pretextos, mas se o que os move – o que nos move – é diferente daquele olhar – que se adivinha húmido e vibrante – de Maria Madalena à porta do sepulcro no reconhecimento do mestre, “Rabuni”; se o que está na base é diverso do encontro transformador daqueles dois que O reconheceram – de coração ardido – com o pão nas mãos; se o que nos motiva não é esse encontro primeiro e definitivo com o Senhor Jesus que, apaixonadamente, nos deu e dá a volta por dentro e por fora…

O que nos faz vibrar com tudo isto tem de ser esse encontro único das nossas vidas com Jesus, que, por experiência feita, desejamos – com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todas as nossas forças – que seja o encontro de outros, muitos outros. Para isso, precisa de brilhar o nosso olhar e de arder o nosso coração! 

A fraternidade – também a universal – a sinodalidade, tudo… tudo há-de desse encontro decorrer.

Esta pode ser também uma maneira de olharmos para a celebração da Semana Nacional da Educação Cristã, que se vive no nosso país. A celebração desse primeiro encontro, que nos leva a tudo isto fazer, para que tantos outros – nas nossas escolas, nas aulas de EMRC, na catequese, em campos de férias católicos, no escutismo,… – possam fazer também o seu encontro e, desse modo, a sua alegria não tenha fim – que é um modo de dizer, que seja completa!

Diácono Fernando Magalhães

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22 de Outubro de 2021