“Não é possível eu receber o Crisma outra vez?” ouviu-se nos corredores da igreja de São Sebastião, quando preparávamos a celebração deste sacramento para oito dos nossos paroquianos. Jovens e adultos, provenientes de diferentes caminhos e caminhadas em Igreja, concluíam assim os sacramentos da Iniciação Cristã.
“Não é possível”, foi a resposta à interrogação. Mas é exequível viver esta celebração em profunda comunhão com aqueles que o celebram. Afinal de contas, receber um sacramento não é um ato individual mas sim um acontecimento comunitário – ainda que seja pessoal – tem de ser realizado em profunda comunhão.
Este é o sentido e a alegria da celebração de qualquer sacramento: é que ele até pode não se destinar pessoalmente a mim ou a ti, mas fazendo parte do Corpo de Cristo que é a Igreja, eu celebro sempre todo e qualquer sacramento em que aparentemente só fui para assistir.
E assim foi a celebração do passado dia 24 de outubro, em que oito receberam das mãos do Bispo Diocesano o Crisma, mas uma comunidade inteira celebrou-o na alegria de vermos os nossos irmãos caminhar no aprofundamento da fé.
Nas palavras que foi dirigindo à comunidade, uma e outra vez, o nosso Bispo lembrou que aquele sacramento era o do serviço. Por isso mesmo, aqueles que o recebiam naquele dia, deviam procurar servir a Igreja de Deus na comunidade e grupos em que se integravam.
Damos graças a Deus por estes irmãos e damos graças a Deus pelos catequistas de jovens e adultos, que vão ajudando a encontrar Jesus àqueles que se propõem a encontrá-Lo.
Padre Casimiro Henriques, Pároco de São Sebastião – Setúbal