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Apresentação de Maria: D. José Ornelas destacou “herança espiritual” de Maria Rivier no 225º aniversário da congregação

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No passado dia 20 de novembro, assinalaram-se os 225 anos da fundação da Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria. Os momentos celebrativos decorreram na Casa Provincial, na Baixa de Palmela.

Com uma representatividade dos diferentes grupos ligados à família da Apresentação de Maria e das comunidades espalhadas por Portugal, viveu-se um dia de ação de graças e também de aprofundamento da espiritualidade e história da Congregação.

Em nota enviada à Diocese, as Irmãs da Apresentação de Maria afirmam que “celebrar 225 anos de fundação é para todos nós um belo motivo de pararmos o olhar agradecido nesta história de salvação que Deus, na sua bondade, quis e quer escrever com a vida de tantas e tantos que, segundo carisma inspirado a Maria Rivier, continuam a fazer conhecer e amar Jesus Cristo por toda a parte”.

“Maria torna-se uma conjugação do verbo amar”

O dia começou com a celebração da Eucaristia presidida por D. José Ornelas, Bispo de Setúbal, e concelebrada por vários sacerdotes da Diocese de Setúbal, amigos da Congregação.

Na sua homilia, o bispo diocesano mostrou a sua proximidade e união à família da Apresentação de Maria neste aniversário.

O prelado destacou a “herança espiritual” de Maria Rivier, fundadora da congregação, da meditação da Palavra de Deus que fez e da qual se revelou o carisma do instituto religioso.

“A atitude de Maria que se apresentou a Deus e colocou a sua vida ao serviço de Deus impressionou Maria Rivier, que sente o amor de Deus em si: o amor de Deus e a Deus, o amor aos irmãos que formam a Igreja e o amor aos que estão mais longe, que dão sentido à missão da congregação.”

“Nós que nos sentimos sozinhos, abandonados, desconfiados da vida, o que sentimos necessidade é sentir que alguém gosta de nós, alguém para quem somos importantes, tem gosto da nossa presença. É o que a Virgem Maria sente na presença de Deus e por isso o Anjo a chama “a cheia de graça”.

 

O bispo diocesano lembra que esta mensagem surge intimamente ligada ao primeiro mandamento, “Amar a Deus sobre todas as coisas”: “Os mandamentos são movimentos de amor. Quando amamos alguém, fazemos tudo por essa pessoa. Entendemos o mandamento como uma experiência de amor, sem medida, atitude de dom, de gratuidade.”

“Maria torna-se uma conjugação do verbo amar” e disso dá exemplo ao seu Filho, Jesus. Há coisas que não entende, mesmo sobre Jesus, mas vai à procura e vai seguindo-O, procurando responder aos desafios da vida e na construção de um mundo novo.

“Maria é convidada a receber Jesus e cuidar dele. Maria, que aprendeu a ser mãe de Jesus, torna-se mãe da Igreja, cujos filhos são o mesmo que ela foi, filhos e filhas queridos de Deus”, realçou.

D. José Ornelas concluiu, pedindo “que o exemplo de Maria, tornado pratico na vida da Irmã Rivier e das irmãs da Apresentação de Maria, seja exemplo para nós, fazendo com que a Palavra de Deus resida e transforme o nosso coração para que vivamos em Igreja e anunciemos o Evangelho.”

“Um nome, uma herança, uma profecia”

A tarde pautou-se por três conferências ligadas ao tema, que foi dando o mote neste ano especial de celebração, com o tema “Apresentação de Maria – Um nome, uma herança, uma profecia”.

“Um nome – Em tempos de Revolução nasce uma Congregação” foi o tema da conferência conduzida pela Dra. Maria Teresa L. Pereira, onde se percorreu a história da fundação da Congregação, recordando momentos importantes e cruciais que formaram as origens da Apresentação de Maria.

“Uma herança – Espírito de oração e de zelo, deixando em herança por Maria Rivier, é ainda hoje possível?” Foi a segunda conferência, a cargo da Irmã Maria do Céu Baptista, pm, que ajudou os presentes a (re)visitar os fundamentos espirituais da Congregação e a perceber que afinal oração e ação completam-se na vida de todo o cristão.

Por fim, “uma profecia – Rasgos e raios PM para o hoje e o amanhã, atualidade do Carisma da Apresentação de Maria”, foi uma conferência dinamizada pelo Dr. Jorge Rijo, com a força da sua experiência. Falou da importância e responsabilidade dos leigos na vida da Igreja e muito concretamente no testemunho da espiritualidade das Irmãs da Apresentação.

 

 

Ao final do dia, decorreu o lançamento do novo livro do Padre Dário Pedroso, sj – “Amar o que tu amaste. (Re)descobrindo os amores de Maria Rivier”. A apresentação, feita pelo Padre Carlos Filipe Silva, desvendou os principais temas abordados ao longo do livro e deixou claro para todos, que este não foi feito para se ler, mas para se rezar.

Após a apresentação da obra, a jovem Adriana Abreu, da Paróquia de São Sebastião, partilhou o eco que a leitura do livro lhe provocou e a interpelação que deixou aos ouvintes:

A Madre Rivier é esta árvore que quero que crie raízes no meu coração para que aprenda dela a estudar Jesus Cristo, imitar Jesus Cristo e amar Jesus Cristo. A certa altura, perante o seu manancial de amor e zelo, o padre Dário pergunta-nos: “Quem pode ficar instalado?”.

De referir, ainda a atuação do cantar João Mendonza, que através da sua interpretação e postura orante ao cantar, fez daquele momento um tempo de oração.

A tarde terminou com uma breve entrevista feita ao Padre Dário, pelo Padre Carlos Filipe, sobre a novidade que traz este novo escrito depois de tanto já se ter dito e publicado sobre Maria Rivier. Percorreu-se o processo de criação que esteve sem dúvida baseado na estreita ligação espiritual entre o autor e esta mulher abrasada do fogo do amor de Deus, como lhe chama o Padre Dário.

JM e Irmãs da Apresentação de Maria

Reflexão/Irmãs da Apresentação de Maria: “Um nome, uma herança, uma profecia”

 

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30 de Novembro de 2021