O Centro Paroquial e Social da Sagrada Família, da Paróquia de Miratejo-Laranjeiro, celebrou 40 anos com uma breve sessão solene nas suas instalações.
Na ocasião, o Padre Tiago Ribeiro Pinto explicou a fundação da instituição, salientando que esta “nasceu da necessidade de pais e mães que não tinham onde deixar os seus filhos para conseguir trabalhar e sustentar as suas famílias”.
“A Igreja tem a preocupação com a pessoa na sua integridade e sua dignidade. Foi na fidelidade a Jesus que esta casa abriu portas. O bem que aqui fizemos e fazemos, ao longo destes quarenta anos, sem pretensão alguma, é fruto da fidelidade e compromisso com a pessoa de Jesus”, realçou o presbítero, que é pároco e presidente da direção.
A organização, na altura denominada “Centro Paroquial de Bem Estar Social de Corroios, Miratejo e Vale de Milhaços”, iniciou a sua atividade de apoio à infância a 1 de dezembro de 1981, com as valências de creche e jardim de infância, acrescentando em 1986 o ATL (Atividades de Tempos Livres).
Uma vez criada a Paróquia da Sagrada Família de Miratejo/Laranjeiro, em 2006, a instituição passa a denominar-se Centro Paroquial e Social da Sagrada Família de Miratejo/Laranjeiro.
O sacerdote, deixou ainda o seu agradecimento “às crianças que aqui passaram, os que aqui trabalham com dedicação, a direção, o conselho fiscal, os pais, bem como todos os benfeitores”.
“Responder às necessidades que emergem da sociedade em que vivemos”
Presente na cerimónia, D. José Ornelas deixou também o seu profundo agradecimento aos presentes, desde representantes das autarquias, aos órgãos sociais do Centro que “gratuitamente se põe à disposição para ajudar e apoiar”.
“É justo o nome deste centro, porque para as famílias em que dois têm que trabalhar, têm que haver instituições que, não substituem, mas colaboram com a família. Esta tem sido uma preocupação nesta Diocese onde surgiram tantas instituições para responder às necessidades que emergem da sociedade onde vivemos”, sublinhou o prelado.
O bispo diocesano realçou o trabalho do Estado no apoio a estas instituições, deixando, no entanto, que a sociedade faça o seu papel e se organize em modos especializados de resposta às necessidades da população.
“Compete ao Estado apoiar instituições destas, pois são elas que permitem o desenvolvimento e a humanização da sociedade, seja no início da vida, numa vida com dificuldades, sem no fim da vida” referiu, sublinhando as dificuldades que todas as instituições de solidariedade social passaram durante o período de pandemia.
A sessão solene contou com representações das Câmara Municipais de Seixal e Almada, das Juntas de Freguesia de Corroios e Laranjeiro-Feijó, da Cáritas Diocesana de Setúbal, da Ordem de Malta e da Sacra Ordem Constantiniana de São Jorge, a quem o Padre Tiago deixou os seus agradecimentos, oferecendo-lhes uma pequena lembrança.
O momento contou ainda com a entoação do hino da instituição pelas crianças do Jardim de Infância, o testemunho de uma mãe que frequentou o centro social paroquial e que agora lá tem os seus filhos e ainda um lanche de confraternização.
JM