Os seminaristas Telmo Ribeiro e Diogo Machado foram esta terça-feira instituídos no ministério do acólito. D. José Ornelas presidiu à celebração da festa de conversão do padroeiro do Seminário, São Paulo.
Este é o último passo antes da ordenação diaconal. Na presença de amigos e familiares, bem como de sacerdotes e diáconos da Diocese, os seminaristas foram instituídos no ministério do acolitado, inserido no seu caminho de preparação para o sacerdócio.
Sobre a festa litúrgica deste dia, o Bispo de Setúbal afirma que “Paulo é instruído, é iluminado para conhecer este Cristo de uma forma real, na Igreja que se estava a formar”.
“Sempre achei, nesta Diocese, cheio de significado ter como padroeiro do Seminário o apóstolo Paulo. É no Seminário que acontece este encontro com Cristo, o Cristo que nos ensina a ser Igreja, o Cristo que nos projeta para a missão entre os povos.”
Revendo o percurso de vida de Paulo, o bispo diocesano explica que “São Paulo olhava para Jesus como um agente de desagregação do Povo de Deus e por isso, certo das suas convicções, perseguia aqueles que anunciavam Cristo. E é precisamente esse homem que Jesus chama.”
“Deus não se assusta com as nossas fragilidades, como as de Paulo ou as de Pedro, e dos outros apóstolos. Deus olha para nós como um pai ou uma mãe olha para o seu filho, que tantas vezes precisa ser corrigido, mas que o faz crescer na ternura. Foi o que aconteceu com Paulo: quando ele era pequenino, quando ele era pecador, é que Deus o chamou para estar ao seu serviço”, comenta.
Para o prelado, São Paulo, o “apóstolo dos gentios”, aponta-nos para uma “Igreja em missão”, que ensina com a “Palavra e a Tradição”, e define um estilo de pastor, “que leva Cristo a quem precisa”.
“O que esperas de mim?”
Na homilia, D. José Ornelas explicou que estes ministérios (leitor e acólito) “não são simplesmente etapas até chegar à ordenação. Mas são valores importantes do ser cristão, do ministério sacerdotal e que têm que ser integrados”.
“O Diogo e o Telmo, que hoje são instituídos no ministério do serviço do altar da Eucaristia, têm uma missão. São chamados, antes de mais para estar com Cristo. Porque Ele os encontrou, não simplesmente para estar a serviço, mas estar com eles, e enviá-los em missão.”
O prelado refere que os seminaristas foram chamados e “ser chamado é um privilégio”, acrescentando que o tempo de Seminário é o tempo propício para perguntar a Deus: “O que esperas de mim?”.
O documento que regula a formação dos futuros sacerdotes, diz que a «concessão do ministério de acólito implica uma participação mais profunda no mistério de Cristo que se doa e está presente na Eucaristia, na assembleia e no irmão» (Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis 72). Trata-se do último passo antes da ordenação diaconal e, por conseguinte, revestido de um significado profundo.
“Esta é uma ocasião especial para a porção do Povo de Deus de Setúbal à luz de São Paulo se sentir interpelada a rezar com maior fervor pelos futuros sacerdotes da diocese” referiu o Reitor do Seminário de Almada, Padre Rui Gouveia.
D. José Ornelas, na celebração, saudou ainda as Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, que assinalam cinco anos ao serviço do Santuário de Cristo Rei.
