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Igreja/Portugal: Sacerdotes ucranianos convidam comunidade a rezar pela paz

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O padre Ivan Petliak, em serviço pastoral na Diocese de Setúbal, disse esta quinta-feira à Agência Ecclesia que os sacerdotes ucranianos vão rezar pela paz, esta tarde, nas suas celebrações em Portugal.

Em Setúbal, a comunidade greco-católica ucraniana promove pelas 20h00, um momento de oração pela paz na Igreja da Boa Hora, local onde habitualmente se reúne.

 
“Quando vimos hoje de manhã estas notícias mobilizamo-nos como podemos, os nossos soldados para defender a sua terra. E também aqui, que estamos longe, mobilizamo-nos para rezar nas casas, todos começaram a rezar, com as suas famílias”, referiu.

A Rússia declarou guerra à Ucrânia nesta quinta-feira de madrugada, tendo invadido e bombardeado o país vizinho pelas 03h00, hora de Lisboa, alegando a proteção das zonas separatistas.

“Acreditamos nas forças do Altíssimo, que não nos deixam, nesta situação tão difícil. Ao nosso lado está a verdade e acreditamos que o Senhor está connosco, com o seu povo que sofre com esta violência”, indicou o padre Ivan Petliak.

O sacerdote católico adiantou que os padres ucranianos em Portugal marcaram para esta tarde celebrações nas suas igrejas para rezar pelo seu país e pela paz.

O padre Ivan Petliak convidou “todos os ucranianos, sem diferença dos ritos”, e quem se quiser associar, para rezar, às 20h00, na igreja da Boa Hora, em Setúbal.

Esta quarta-feira, o Papa Francisco lamentou novamente, no Vaticano, o agravamento do conflito na Ucrânia, alertando para cenários “alarmantes” que colocam em causa a paz mundial, e convidou crentes e não-crentes a fazer uma “jornada de jejum pela paz”, no próximo dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas no calendário católico.

“A guerra começou hoje e não podemos esperar este dia que o Papa marcou. Precisamos de fazer alguma coisa já e agora. E lutar do modo espiritual para defender a nossa terra e dar esse apelo para Nosso Senhor, para os céus, que também nos ajude”, desenvolveu o sacerdote ucraniano.

O padre Ivan Petliak adianta que no dia 2 de março também se vão unir ao Papa “neste jejum e nesta oração”.

“Agradecemos e sentimos muito esta fraternidade e proximidade do Papa e do povo português. Sentimos que não estamos sozinhos”, acrescentou.

O sacerdote afirma que “o conflito se abriu e todos veem”, agora, mas os ucranianos já o sentem há oito anos, adiantando que o aeroporto da cidade mais próxima da aldeia onde vive a sua família também foi atacado, no lado ocidental da Ucrânia, perto da Polónia.

“Da Ucrânia, chegam-me instantes pedidos de oração, referindo a necessidade de todos estarmos despertos como eles o estão devido ao ‘som das fortes explosões de mísseis’ um pouco por todo o país”, escreveu, na rede social Twitter. O bispo do Porto, D. Manuel Linda, convidou “toda a diocese a rezar insistentemente pela paz na Ucrânia”.

Já o arcebispo de Braga assinalou que “a Europa amanheceu em guerra” e as imagens e os sons de ataques da Rússia por toda a Ucrânia “quebraram o silêncio da noite” e colocam em dúvida perante um futuro incerto”.

“As nossas orações estão com o povo da Ucrânia e com todos aqueles que possam vir a ser afetados por esta guerra. Rezem, rezem muito, peço-vos. Pedimos a intercessão de Deus, nosso Pai Todo-Poderoso, para acabar com esta situação, que já tantas perdas de vidas inocentes causou”, desenvolveu D. José Cordeiro, na sua página no Facebook.

Em Fátima, decorre desde segunda-feira uma corrente de oração pela paz da Ucrânia, em resposta a um convite do cardeal D. António Marto.

©Agência Ecclesia

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24 de Fevereiro de 2022