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Quarta-Feira de Cinzas/D. José Ornelas: “É tempo de semear para dar frutos de uma melhor humanidade”

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A Renúncia Quaresmal da Diocese de Setúbal para o ano de 2022 reverte para o Fundo de Emergência Diocesano e para o apoio humanitário à população ucraniana, anunciou o Administrador Diocesano.

A Sé de Setúbal acolheu a celebração de Quarta-Feira de Cinzas, presidida por D. José Ornelas e concelebrada pelo Padre Rui Gouveia, Reitor do Seminário de Almada, e pelo Padre Horácio Noronha.

O prelado explicou que a Quarta-feira de Cinzas marca “o início de um período especial na vida da Igreja: a Quaresma, o tempo de caminhada e preparação para a Páscoa, a maior solenidade da fé cristã, a Páscoa da Morte e Ressurreição do Senhor”.

Na homilia, D. José Ornelas antecipa o tempo de Quaresma como um período para “nos entendermos a nós próprios, na nossa identidade” e “configurarmos a nossa vida naqueles que são os projetos que o Pai desenhou para cada um de nós”.

Lembrando a liturgia do primeiro domingo da Quaresma, na qual se lê a passagem de Jesus pelo deserto e as tentações com que é confrontado, o Administrador Diocesano afirma que Jesus é “posto à prova”, mas “descobre e marca muito claramente o seu caminho, realizando a vontade do Pai”.

É um tempo de renascer: a Quaresma começa no fim do Inverno, numa altura em que os campos e a natureza se preparam para a chegada da Primavera. É nesta altura as árvores têm de ser podadas o que significa tirar aquilo que não produz, que está velho, para canalizar a energia da planta para dar fruto.”

“É tempo de semear, o tempo de começar a ver crescer, até chegar à Páscoa da Ressurreição do Senhor”, afirma, acrescentando que “Deus oferece-nos através da liturgia um tempo para renovarmos a nossa vida”.

 

“Entrar no deserto do nosso coração e perguntar: Senhor, O que queres que eu faça?”

Na homilia, D. José Ornelas explicou os meios que temos à nossa disposição para caminhar na Quaresma: a oração, o jejum e a caridade.

São, na sua visão, instrumentos que nos “libertam daquilo que nos impede de estar próximos de Deus” e que nos ajudam também a “libertar meios para ajudar quem mais precisa”.

Nesse sentido, lembrou que ainda estamos a sair da pandemia e que entramos agora numa crise internacional como resultado da guerra na Ucrânia, “que a todos preocupa”.

Por isso indica que, como é habitual, a Renúncia Quaresmal da Diocese é dividida entre uma realidade próxima, ajudando quem mais precisa dentro da Diocese e outra para uma realidade exterior, que será este ano para apoiar a Ucrânia.

Esta é uma atitude concreta de dar frutos de uma melhor humanidade, de uma Igreja melhor”.

Salientando que estes são tempos que exigem decisão, confiança e resiliência, o prelado apela a que deixemos “Deus entrar no deserto do nosso coração e perguntar: Senhor, o que queres que eu faça?”.

Por fim, lembrou que vivemos a fase diocesana do Sínodo dos Bispos:

É na Igreja que fazemos penitencia, uma Igreja que está em ritmo sinodal, para que a possamos renovar. Cada um de nós, deve aproveitar esta Quaresma para pensar a Igreja: Como é que eu saio de mim para escutar a Palavra de Deus? Como posso tornar esta Igreja melhor?”.

JM

Quaresma 2022: Diocese destina Renúncia Quaresmal ao Fundo de Emergência Diocesano e à Ajuda Humanitária à Ucrânia

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03 de Março de 2022