“Importa continuar com a ajuda material, mas relembrar que “nem só de pão vive o homem”, afirma em mensagem a responsável da Junta Regional de Setúbal.
“Depois de tanto tempo em pandemia, confrontamo-nos com esta guerra a que ninguém pode ficar indiferente” observa Ana Margarida Chagas, chefe regional de Setúbal do Corpo Nacional de Escutas (CNE).
Em mensagem enviada aos escutas de toda a região, congratula “todos quantos promoveram ou estão a promover ou a acompanhar as inúmeras campanhas de ajuda à Ucrânia, através de donativos ou doação de bens” mas adverte que estamos “a entrar numa segunda fase” com a chegada de famílias ucranianas.
“É gente que certamente vem ferida, provavelmente mais por dentro do que por fora! Procuram paz e um lar onde possam viver, por tempo indeterminado, com as suas crianças e jovens e bem vemos quem vem por aí: sobretudo, crianças e jovens!”, afirma.
Desta forma, apela a que os escuteiros “não se distraiam apenas com as campanhas de bens”, também elas essenciais, mas que se empenhem no acolhimento e integração destas famílias.
“Nesta fase, certamente, precisarão de acolhimento, de casa, de integração, de emprego, de acompanhamento logístico, de ajuda escolar, de ajuda psicológica, de ajuda com o idioma, mas também de brincar, de amigos, de amor!”.
“Peço que fiquem atentos ao que acontece na vossa área de proximidade, em particular nas vossas paróquias ou nos grupos e comunidades já organizadas, e escancarem as nossas portas: nossas e dos nossos Agrupamentos.”
“Sem pressão, sem ser demasiado invasivos (já basta terem-lhes entrado pelas vidas desta forma), com discrição, respeitando o espaço e a dignidade de quem precisa, com verdadeiro espírito de serviço”, acrescenta.
“Continuamos em oração por estas famílias e pela paz no seu país, mas não nos esqueçamos nunca que podemos ser os olhos, a boca e os braços de Deus junto dos nossos irmãos ucranianos. E é hora de sermos!”, conclui.
JM
Ucrânia: Diocese de Setúbal mobiliza-se na ajuda à população ucraniana [em atualização]