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Rússia/Ucrânia: Conferência Episcopal Portuguesa associa-se a cerimónia de consagração convocada pelo Papa

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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou hoje que se vai associar à consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, numa cerimónia marcada para 25 de março, no Vaticano e em Fátima, por decisão do Papa.

“Em profunda comunhão com o Santo Padre, os Bispos portugueses procurarão estar presentes nesta celebração em Fátima”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

A CEP manifesta “plena sintonia” com o Papa, que vai presidir à celebração pelas 17h00 de Roma (menos uma em Lisboa), na Basílica de São Pedro.

Francisco decidiu enviar a Fátima, como legado pontifício, o cardeal Konrad Krajewski, Esmoler apostólico, “o qual fará o ato de consagração na Capelinha das Aparições, também às 16h00, durante a oração do Rosário”, precisa a CEP.

Os bispos católicos pedem que “todas as paróquias, comunidades, institutos de vida consagrada e outras instituições eclesiais assumam esta intenção de consagração nas celebrações desse dia”, nomeadamente nas Vias-Sacras, nas Eucaristias, na Oração do Rosário e no itinerário ‘24 horas para o Senhor’ que se inicia na tarde de 25 de março.

Por intercessão do Imaculado Coração de Maria, Rainha da Paz, continuemos a rezar pelo povo ucraniano, perseguido na sua terra e disperso pelo mundo, para que o Senhor atenda as nossas preces e os esforços das pessoas de boa vontade, e lhe conceda a paz e o regresso a suas casas”.

O Vaticano informou esta tarde que o Papa Francisco “convidou os bispos de todo o mundo e seus sacerdotes a unirem-se a ele na oração pela paz e na consagração e entrega da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria”.

Esta quinta-feira, em conferência de imprensa, D. José Ornelas, presidente da CEP, destacou a decisão de Francisco, ao unir a Rússia e a Ucrânia nesta consagração, convidando a ver na celebração um apelo a “encontrar caminhos de reconciliação, de convivência e de dignidade para todos”.

“Não é um gesto contra ninguém, os povos são muito mais dos que os seus governantes”, precisou o bispo de Leiria-Fátima.

O responsável falou aos jornalistas de um “conflito particularmente grave” que representa uma ameaça para a humanidade.

D. José Ornelas observou que Fátima tem, desde 1917, uma particular atenção à Rússia, “à necessidade de paz, em ligação com a área geográfica”.

O presidente da CEP considerou que esta guerra é uma “barbárie”, citando Francisco, para sublinhar que o conflito vai contra “tudo aquilo que a humanidade tem procurado desenvolver, particularmente no contexto europeu”.

O bispo de Leiria-Fátima realçou que católicos e ortodoxos têm na figura da Virgem Maria “um ponto de encontro muito importante”, pedindo que a fé sirva “para a busca da paz e não para acentuar clivagens”.

Aos jornalistas, o responsável destacou ainda a passagem da Imagem Peregrina de Fátima pela cidade ucraniana de Lviv, com um significado simbólico “muito importante”, desejando que sirva de “consolação e sinal de esperança para as pessoas que sofrem, que são as principais vítimas destes conflitos”.

“É um sinal muito bonito de Fátima”, acrescentou.

©Agência Ecclesia

 

Vaticano: Papa vai consagrar Rússia e Ucrânia, em ligação a Fátima

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18 de Março de 2022