Testemunho da Irmã Marina Santos, aci, que integra a Comissão Preparatória do Sínodo Diocesano
No passado dia 12 de março tive a oportunidade de ouvir a Ir. Nathalie Becquart falar em Fátima, por ocasião da celebração do dia da família inaciana. Num estilo próximo e simples, esta religiosa francesa que um dia recebeu o convite para ser subsecretária para o Sínodo dos Bispos, apontou vários desafios, conselhos e pistas para continuarmos a avançar neste caminho sinodal.
Comentando o símbolo do Sínodo, a irmã Nathalie dizia que a principal figura é o Espírito Santo, representada pelos ramos horizontais, abertos como mãos ou asas. “A sinodalidade é um caminho em aberto. Isto significa estar abertos à surpresa do Espírito Santo. Temos que discernir como ser fiéis à missão de Cristo neste momento histórico que vivemos.”
A Irmã Nathalie constatava que, nesta abertura à surpresa do Espírito Santo, o facto de vivermos na incerteza e de sermos chamados à mudança, faz-nos ter medo. Mas, dizia ela, a questão do discernimento é muito interessante: o que nos faz andar, o que nos lidera: os medos ou a promessa de Deus de que somos chamados para algo maior? Somos chamados a ultrapassar o medo. E o mais importante neste caminho é caminharmos todos juntos. Percebemos que recebemos uma chamada para a mudança, e avançamos apesar dos medos e das resistências, que fazem parte da experiência humana. A verdadeira questão é deixar para trás o que já conhecemos muito bem e ir para o desconhecido, sabendo que Deus lá nos espera.
Palavras inspiradoras da primeira mulher a ter direito a voto num Sínodo dos Bispos.
Irma Marina Santos, aci
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