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Padre Pio Fantinato: 60 anos de sacerdócio e de vida missionária celebrados na Amora

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O Padre Pio Fantinato celebrou no passado dia 17 de março de 2022, o 60º aniversário da sua ordenação presbiteral.

Nascido em Itália, a 4 de janeiro de 1937, ingressou no seminário em outubro de 1948, em Bassano del Grappa, tendo sido ordenado sacerdote na Congregação dos Missionários Scalabrinianos, em Piacenza, aos 25 anos, a 17 de março de 1962. 

A sua primeira missão, levou-o até ao Brasil, onde esteve entre 1962 e 1982, inicialmente como formador dos seminaristas e mais tarde como pároco em Guaporé e Porto Alegre. Em 1982 chegou à Paróquia de Amora onde, com entusiasmo e amor fraterno, sempre se empenhou no acompanhamento da comunidade e de quem a ela chegava. Foi formador no Seminário Scalabrini e posteriormente pároco durante 9 anos. Em 2000, foi chamado como missionário para a cidade de Genebra-Suíça, onde acompanhou os migrantes de língua portuguesa, até 2009. Nesse ano regressou a Portugal, à Paróquia de Amora, da qual foi vigário paroquial até 2020 e onde continua a colaborar nas atividades paroquiais.

Grata pelos seus 60 anos de sacerdócio, 40 ao serviço dos portugueses e 31 na Paróquia de Amora, a comunidade paroquial assinalou esta data com vários momentos celebrativos.

No dia 17 de março, foi realizado um momento de Adoração com toda a comunidade, com especial intenção pelas vocações.

No dia 19 de Março, decorreu uma Catequese Vocacional organizada pelos Leigos Scalabrianos e orientada pelo Padre Franco Mazzone, cs (Pároco in solidum, italiano), que reuniu os adolescentes do 7º ao 10º volume da catequese, os escuteiros e os grupos de jovens. Tendo como fio condutor o Chamamento de Samuel (1 Sam3, 3b- 19), durante o encontro os jovens puderam refletir sobre o que caminho de felicidade a que Deus chama cada um… caminhos diferentes… chamamentos diferentes… em tempos diferentes… caminhos com momentos mais fáceis e outros mais difíceis… caminhos onde Deus coloca outros (tal como Eli) para nos ajudar… A reflexão foi acompanhada por cânticos e por testemunhos do Seminarista Scalabriniano Jestoni , natural das Filipinas, na nossa paróquia desde novembro de 2021 a realizar um ano de experiencia pastoral; do Padre Agustinus Kani cs (Pároco in solidum), natural da Indonésia, ordenado há 2 anos e do Padre Pio Fantinato.

O Padre Pio partilhou a sua história de vida – o chamamento, os anos de seminário, as dificuldades, a certeza de que “Deus escreve a história de cada um com amor” e de que “Deus chama-nos mas depois não nos larga”, os colegas consigo ordenados e dispersos pelo mundo, aqueles que o acompanharam, aqueles que acompanhou, os primeiros anos no Brasil e depois na Europa, sempre com comunidades portuguesas e ao serviço dos migrantes. E quando um testemunho termina assinalando “…depois de 60 anos, sou feliz!” como é possível não ficar no ar a interpelação “E porque não?”

 

No dia 20 de março, a comunidade reuniu-se na Igreja João Baptista Scalabrini para celebrar uma Eucaristia de ação de graças pelos 60 anos de sacerdócio do Padre Pio. Marcaram presença algumas autoridades locais, aqueles que com ele caminharam nos primeiros anos de chegada à paróquia e aqueles que continuam com ele a caminhar. Partilhou conosco o seu sentir: “ Sinto-me muito feliz por recordar, aqui em Amora, a data dos meus 60 anos de Sacerdócio e de vida missionária. Brasil, Portugal, Suíça, novamente Portugal foram os campos da minha missão, sempre com Comunidades marcadas pela Migração, sobretudo portuguesa. É o carisma que atraiu os meus jovens anos para dizer “Sim” ao Senhor Jesus, que também experimentou a Migração. “Era Migrante e tu me acolheste”.

“O Bem-aventurado Scalabrini foi o que impulsionou a minha vida e iluminou os meus passos: uma vida de tantos anos, vivida particularmente nas áreas da Formação de Jovens ao sacerdócio e na Vida Pastoral ativa no meio do mundo migrante. Dou graças a Deus por este caminho feito. Desejo agradecer sobretudo à Comunidade Paroquial de Amora, a que durante tantos anos me empenhei na minha vida. Valeu a pena viver neste tipo de vida, imitando o Bom Pastor e servindo as ovelhas do seu rebanho. Valeu a pena ter sido chamado e ter tido a coragem de segui-lo, pois “o que vale a vida se não para ser doada?” Agradeço a quantos me ajudaram a caminhar e a servir o Senhor nesta vocação. Que Deus encontre sempre muitos Jovens, para servir a sua Igreja”, concluiu.

No ofertório para além do Pão e Vinho, alimento indispensável na longa caminhada de serviço, foram também entregues o Livro da Liturgia das Horas e o Missal das Leituras diárias, fiéis companheiros de uma vida de oração em que a Palavra não só alimenta, mas guia e ilumina e o Crucifixo missionário, recebido na Ordenação e que acompanha o Sacerdote como companheiro de Missão. De Roma chegou a bênção do Papa Francisco. No final toda a comunidade rezou pelas vocações. Este tempo de agradecimento e celebração terminou no adro da Igreja com a partilha de uma fatia de bolo.

Cláudia Espírito Santo

 

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24 de Março de 2022