No passado domingo, dia 22 de maio, realizou-se na Igreja de Santo André (Barreiro) o encontro diocesano de coordenadores locais do processo sinodal na Diocese de Setúbal, com o objetivo de promover uma reflexão e partilha sobre a fase diocesana do Sínodo dos Bispos 2021-2023, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.
Após a apresentação dos principais resultados da síntese diocesana por parte da equipa coordenadora do processo na diocese sadina, os representantes das paróquias foram convidados a fazer uma partilha centrada em três aspetos: a experiência do processo sinodal na comunidade local; os desafios que ficam para o futuro na paróquia; e a identificação com os temas apresentados no projeto da síntese diocesana apresentada.
De acordo com o Padre José Pinheiro, presidente da comissão diocesana para o Sínodo dos Bispos 2021-2023, este percurso trilhado até agora no processo sinodal representa uma “experiência inédita de diálogo e partilha nunca antes experimentada”, sendo o “culminar com um trabalho que fornecerá, também, pistas de pensamento para um próximo plano pastoral diocesano”.
A equipa coordenadora do Sínodo sublinhou que, ao longo dos últimos meses, o sentimento foi de grande gratidão pela proximidade que se criou e pela grande abertura e diálogo com as comunidades locais, ressalvando que, apesar de os temas centrais que pedem reflexão serem “os de sempre”, a novidade do Sínodo está “na liberdade e na forma como se fala das coisas”.
“A Igreja de Setúbal sentiu que estava a ser escutada”, afirmou Augusta Delgado, membro da equipa diocesana, que deixou um alerta: “Este foi um tempo muito profundo e partilha daquilo que cada comunidade sente e vive. De facto, este caminho pode ser um contributo para mudar a Diocese, mas tal só acontecerá se cada paróquia mudar também”.
Ao concluir o encontro, o Administrador Diocesano, Padre José Lobato, disse que o trabalho sinodal resultante da fase diocesana que está agora a chegar ao seu termo, é já de “preparação para o cinquentenário da Diocese de Setúbal” (que terá lugar em 2025) e que é “instrumento para oferecer ao novo Bispo que ainda não conhecemos”, exortando a que as comunidades continuem a rezar pela sua eleição.
O Administrador Diocesano disse ainda que cada um dos cristãos é “discípulo, amigo, companheiro e colaborador de Jesus” e, por isso, “quando fazemos o que Ele pede, em comunhão com Ele, como Ele pede para fazer, há sempre uma novidade soprar”.
“Os Sínodos já se realizam há séculos, mas o Espírito de Deus vai-nos animado e continua a animar. Nós passaremos e os problemas ficarão cá, mas em cada tempo e momento temos que pedir a Deus que Ele nos inspire a dar as respostas que Ele quer inspirar”, afirmou.
A equipa coordenadora do Sínodo na Diocese de Setúbal irá agora integrar, no documento final da síntese diocesana, as sugestões apontadas neste encontro. A síntese será entregue à Conferência Episcopal Portuguesa até à próxima terça-feira, dia 31 de maio.
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