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Nomeações: Novos padres receberam as primeiras nomeações para o serviço da Igreja de Setúbal

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Os mais recentes presbíteros da Diocese de Setúbal receberam, do Administrador Diocesano, Padre José Lobato, as primeiras nomeações para o serviço da Igreja de Setúbal. Os decretos de nomeação datam de 16 de julho e entraram, hoje, 01 de setembro, em vigor.

O Padre José Raposo foi nomeado Vigário Paroquial da Paróquia de Santa Maria e São Pedro (Palmela) e Capelão da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal; o Padre José Cachaço foi nomeado Vigário Paroquial das Paróquias de Santiago (Sesimbra) e Nossa Senhora da Consolação (Castelo de Sesimbra); e o Padre Afonso Pereira foi nomeado Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora do Monte (Monte de Caparica).

Nos decretos de nomeação, o Padre José Lobato refere que, “encontrando-se a Diocese de Setúbal na situação de sede vacante, compete ao Administrador diocesano providenciar pelo regular funcionamento das instituições da Diocese, de modo que a Igreja particular cumpra, apesar da ausência do Bispo diocesano, a sua missão de evangelização, santificação e comunhão na caridade” e acrescenta que as nomeações cessam com o ofício do Administrador diocesano, competindo ao futuro Bispo diocesano decidir sobre a sua continuidade.

Em mensagem hoje dirigida aos novos presbíteros, ao iniciarem hoje as primeiras funções pastorais para as quais foram nomeados, o Padre José Lobato deseja que os “primeiros passos no exercício do ministério que receberam sejam de tal modo gratificantes, ainda que aqui e acolá exigentes e dolorosos, confirmem e façam crescer a vossa entrega, o vosso “sim”, o vosso sonho de anunciar Cristo e de servir o Povo de Deus”.

Aos párocos e às comunidades que recebem os novos vigários paroquiais, o Administrador Diocesano pede que “acolham com caridade, atentos à novidade” daquilo que cada um tem para oferecer. 

Leia, em seguida, a mensagem completa do Padre José Lobato.

Mensagem do Administrador Diocesano aos novos presbíteros, por ocasião do início de funções pastorais

Caros irmãos no sacerdócio

Padre Afonso Pereira
Padre José Cachaço
Padre José Raposo

Após algum justificado e necessário tempo de repouso, ireis em breve iniciar a ação pastoral que, em decreto de 16 de julho, vos confiei, neste meu ofício de Administrador diocesano, em diálogo convosco, com os vossos principais formadores, com os párocos com quem ides cooperar. Sinto alegria, algum orgulho até, em ter sido eu a assinar a vossa primeira nomeação, apesar de as circunstâncias que tornaram isso possível não serem agradáveis (refiro-me, evidentemente, à nossa condição de sé vaga).

Convosco, com os presbíteros e diáconos, com as vossas famílias e comunidades, dou graças a Deus pelo dom da vossa vocação e consagração ao ministério sacerdotal, por cada um de vós e pela nossa Igreja diocesana de Setúbal que vos merece e muito espera de vós.

Por vós rezo, para que o Espírito Santo purifique a vossa vontade, ilumine vossa inteligência e aqueça o vosso coração. Que os vossos primeiros passos no exercício do ministério que receberam sejam de tal modo gratificantes, ainda que aqui e acolá exigentes e dolorosos, que confirmem e façam crescer a vossa entrega, o vosso “sim”, o vosso sonho de anunciar Cristo e de servir o Povo de Deus.

Peço aos párocos e às comunidades, em que cada um de vós vai servir a Igreja, que vos acolham com caridade, atentos à novidade que cada um de vós tem para oferecer e que a nossa Igreja aguarda. Ao referir, acima, os párocos utilizei o termo “cooperar”, que é mais do que “colaborar”. Na relação entre o bispo e os presbíteros – assim como nos presbíteros entre si – “cooperar” é participar no mesmo agir “operar”, a partir da comum identidade (“co”) do ministério. É também na cooperação entre pároco e vigário paroquial que construiremos a sinodalidade na nossa Igreja diocesana. Embora o vigário paroquial, tal como o pároco, deva residir na paróquia para que foi nomeado, os cc. 533 §1 e 550 §1 dão-me, enquanto Administrador diocesano, capacidade de autorizar uns e outros a residir em “casa onde habitem em comum diversos presbíteros”. Estou aberto a essa possibilidade, dado o valor e a oportunidade da convivência presbiteral como um dos caminhos para a tão desejada sinodalidade.

Lembro-vos a realidade da Vigararia e das respetivas reuniões. Não são nem conselhos de administração, nem tertúlias de debate e discussão. São um tempo de oração, partilha de experiências, reflexão pastoral, programação de ação pastoral comum. Nestas reuniões, é necessária não apenas a vossa presença, mas também a vossa participação. Comungai com os outros o vosso pensamento e a vossa sensibilidade, como expressão e instrumento da colegialidade presbiteral e da consequente cooperação pastoral. Senti-vos livres para manifestar as vossas opiniões. Oferecei os vossos pontos de vista e contribui para rejuvenescer a Igreja diocesana e o seu clero. E cuidai especialmente de levar aos jovens a alegria e a novidade do Evangelho. Inscrevei, desde já, como primeira prioridade na vossa agenda a JMJ 2023, a começar pela peregrinação dos sinais que está próxima.

Desejo para cada um de vós um ano – o primeiro ano da vossa vida de presbíteros – plena das graças e bênçãos de Deus, sob a proteção e o modelo de Maria, nossa padroeira.

E rezai para que Deus nos envie, o mais depressa possível, o Bispo que Ele “guarda” e “prepara”, no segredo do Seu coração e dos Seus desígnios, para a nossa Igreja diocesana.

Uma saudação fraterna em Cristo, Bom Pastor.

Pe. José João Aires Lobato
Administrador Diocesano

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01 de Setembro de 2022