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Scalabrinianos: Fundador dos Missionários Scalabrinianos vai ser canonizado a 9 de outubro

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No dia 9 de outubro, o fundador dos missionários Scalabrinianos, João Batista Scalabrini, Bispo de Piacenza e “pai dos migrantes” será proclamado Santo. Em Portugal, estes missionários estão presentes na Paróquia de Amora. É o Padre Pedro Cerantola, um dos sacerdotes daquela comunidade, que partilha com a Diocese a reflexão em seguida.

“Dando graças a Deus, pedimos que a vossa oração sustente o testemunho e a missão que nos foi confiada”

No dia 9 de outubro, o Bem-aventurado João Batista Scalabrini será proclamado Santo. Foi Bispo de Piacenza, fundador da Congregação dos Missionários de São Carlos Borromeu – Scalabrinianos e da  Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlo Borromeu – Scalabrinianas e inspirador das  Missionárias Seculares Scalabrinianas.

Nascido em Fino Mornasco, na província de Como, em 1839, Scalabrini é ainda hoje um dom para a Igreja e a humanidade: um homem apaixonado por Deus, capaz de ver nos últimos o olhar de Jesus.  Profundamente tocado pelo drama de tantos italianos forçados a emigrar para os Estados Unidos e  América do Sul no final do século XIX, não fica inerte. Ele se documenta, consciencializa a sociedade e envia os seus missionários e missionárias pelo mundo para ajudar e apoiar os emigrantes nos portos de partida, nos navios e na chegada aos novos países. É, por isso, considerado um pai para todos os migrantes e refugiados.

Mais de um século após sua morte (1905), o seu legado ainda dá frutos: presentes em 39 países, milhares de religiosos e leigos scalabrinianos seguem os seus passos e prestam serviços em casas de migrantes, paróquias, escolas, orfanatos, hospitais, organismos eclesiais das Conferência Episcopais e Dioceses, centros de estudos, portos e fronteiras de todo o mundo.

“Scalabrini foi um Bispo que se dedicou totalmente ao ministério na sua diocese, mas também soube olhar além, para aqueles que eram obrigados a deixar sua terra”, comenta o Pe. Leonir Chiarello, CS, Superior Geral dos Missionários de São Carlos – Scalabrinianos“Deu uma resposta concreta ao fenómeno da migração, envolvendo a Igreja, o Governo, a sociedade e convocando todos a consciencializarem-se. Combateu o que o Santo Padre hoje chama de ‘a cultura da indiferença e do descarte’. Ao proclamá-lo Santo, o Papa Francisco convida-nos a ter o seu olhar acolhedor e amoroso para com todos”.

Um Bispo que se fez “próximo do próximo”; “homem de ação, homem espiritual, apaixonado, dinâmico, inflamado de uma espiritualidade encarnada: contempla continuamente o Filho de Deus, que se fez homem para revelar o amor do Pai e para restituir-lhe a humanidade renovada”, explica a Ir. Neusa de Fátima Mariano, Superiora Geral das Irmãs Missionárias de São Carlos Scalabrinianas: “A canonização do nosso fundador motiva-nos a empreender um caminho de renovação da nossa vida consagrada scalabriniana, no chamamento à centralidade de Jesus Cristo e no renovado compromisso na missão, com e para os migrantes e refugiados”.

Esta notícia é uma alegria para nós, para toda a Igreja e todos os migrantes”, comenta Regina Widmann, Responsável Geral das Missionárias Seculares Scalabrinianas. “Será mais conhecida a sua visão profética,  ou seja, a convicção de que se esconde um tesouro precisamente no duro terreno da emigração: a possibilidade de que povos diferentes e entre eles distantes se encontrem próximos e se reconheçam parte da única família humana”.

A Comunidade de Padres Missionários de São Carlos – Scalabrinianos – presente na paróquia de Amora – Setúbal, participa o glorioso evento da proclamação a Santo da Igreja  e Pai dos Migrantes, do seu Fundador , o Beato João Batista Scalabrini,  às comunidades paroquiais de Portugal, de onde emigraram no mundo milhões de portugueses,  e que hoje acolhem “migrantes”  vindos de países lusófonos  e outras nacionalidades.

Sentimo-nos presentes em Portugal, na Amora, como já foi também em Telões (Vila Real) e Pardilhó (Aveiro), com o carisma do Fundador – missionários dos emigrantes e refugiados – carisma actual e vivo hoje no mundo e na Igreja. Dando graças a Deus, pedimos que a vossa oração sustente o testemunho e a missão que nos foi confiada: ”levar a todo emigrante  o conforto da fé e o sorriso da Pátria”. 

À  Obra Católica Portuguesa das Migrações e a todos os Secretariados Diocesanos da Pastoral das Migrações  participamos  a alegria da proclamação a ”Santo e Pai dos Migrantes”  do Bem Aventurado João Batista Scalabrini, que será o padroeiro e o modelo da nossa acção pastoral  em favor dos Migrantes e Refugiados. 

Pe. Pedro Cerantola, cs – Comunidade Scalabriniana de Amora

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15 de Setembro de 2022