comprehensive-camels

Montijo: Paróquia celebrou um dia de Ação de Graças pela canonização de Santa Maria Rivier, fundadora das Irmãs da Apresentação de Maria

20221016-montijo-maria-rivier-apresentacao-maria-02

Santa Maria Rivier, fundadora da Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria, foi canonizada a 15 de maio deste ano. Desde esse dia, até 15 de maio de 2023, toda a congregação, nos 20 países onde está presente, celebra um Ano de Ação de graças pela canonização de Santa Maria Rivier.

Nesse sentido, no domingo, 16 de outubro, na Paróquia do Divino Espírito Santo do Montijo, onde as Irmãs da Apresentação de Maria servem, celebrou-se o dia de ação de graças por este dom que Deus concedeu à Congregação, à Igreja e ao Mundo.

Houve três momentos importantes: Dar a conhecer a vida e obra de Santa Maria Rivier, Celebração da Eucaristia, e um almoço convívio com as Irmãs da Apresentação de Maria, Associados, Juventude Rivier, amigos e paroquianos que se quiseram juntar a nós, neste dia.

Que Santa Maria Rivier interceda junto de Deus, por nós, pela Igreja e pelo Mundo.

Santa Maria Rivier – Fundadora da Congregação da Apresentação de Maria

Em plena Revolução Francesa, no auge da perseguição religiosa e do encerramento de conventos, Maria Rivier e quatro companheiras tiveram a audácia de fundar uma comunidade religiosa na pequena povoação de Thueyts (Ardèche – França). Foi a 21 de novembro de 1796 que se consagraram a Deus e à instrução da juventude, adaptando o nome da festa que se celebrava nesse dia: Apresentação de Maria.

História de coragem e persistência 

Esta é mais uma história em que a debilidade física se transforma em grandeza de espírito. Nascida em 1768, Maria Rivier sofre uma queda aos 16 meses que lhe limita o crescimento e a impede de andar. A mãe deixa-a regularmente numa capela junto de casa, aos pés da Pietá, Maria com Jesus morto no regaço. Terão sido imensos e intensos os “diálogos” entre a criança e Nossa Senhora, a quem implora o dom da cura que irá verificar-se quatro ano depois.

Fruto dessa experiência diária de contemplação e súplica paciente, bem como da leitura da vida dos santos pela voz da mãe, a pequena Maria manifesta aos 6 anos o desejo de consagrar a sua vida a Deus e o gosto pela solidão em oração. Mas também a vontade de comunicar às outras crianças a sua experiência de Deus.

Aos 17 anos, pede para entrar nas irmãs de Notre Dame, mas é recusada pela pequena estatura e débil saúde. “Já que não me querem neste convento, eu própria farei um”, dirá. Em 1786, abre uma escola, onde pratica os seus excecionais dons de educadora da fé, acolhendo com especial amor os mais pobres. Poucos acreditam no projeto, mas ela não desiste, os alunos são cada vez mais e quatro companheiras juntam-se a ela. As cinco irão consagrar-se a Deus em conjunto, constituindo a primeira pedra da Congregação da Apresentação de Maria, precisamente quando as existentes estão a ser dissolvidas pela Revolução. Só em 1801 a Igreja local confirma a nova comunidade e a fundadora como superiora, com o nome de Ana Maria (seria beatificada em 1982 por João Paulo II)

A fama do seu empenho evangelizador e do talento para atrair crianças, jovens e adultos leva algumas professoras qualificadas a entrar na “onda” e os párocos a pedir a sua presença. As escolas multiplicam-se pela vizinhança ávida de formação escolar e catequética. Sem recursos económicos, a sua confiança na providência divina faz com que nunca recuse mais um menino pobre ou órfão. Muitos padres têm de fugir da perseguição e são as irmãs que organizam também assembleias de oração e de formação cristã.

Vinte anos depois, têm já mais de 150 escolas na região. A primeira casa torna-se pequena para as muitas vocações que surgem e decidem comprar um antigo mosteiro das Visitandinas, confiscado durante a Revolução. A saúde da fundadora continua frágil, mas ela não pára de abrir escolas, sempre para “anunciar Jesus Cristo”. Em 1822, a Irmã Ana Maria Rivier entrega às suas filhas a Regra de Vida: “Devemos ser para todo o mundo o Evangelho aberto onde todos possam ler Jesus Cristo “. Quando morre, em 1838, mais de 300 irmãs estão prontas para continuar a sua obra.

Carisma pelo mundo

Um dia as minhas filhas atravessarão os mares!”, profetizava a fundadora. De facto, em 1853 chegam ao Canadá e estão hoje em 20 países, com sede em Itália.Com o lema “Fazer conhecer e amar Jesus Cristo em toda a nossa vida”, o seu carisma é a educação cristã das crianças e da juventude, sobretudo os mais pobres, nascido daquela experiência inicial da contemplação do mistério da Pietá e, também, do mistério de adoração e oferenda da Apresentação de Maria no templo.

O seu primeiro pilar é a espiritualidade de conhecer, viver e anunciar Cristo. O segundo é a vida em comunidade de escuta da Palavra, de partilha de fé e de ajuda fraterna. O terceiro é a participação na missão de ensino da Igreja, com um zelo apostólico que “não conhece fronteiras”. Por isso, assumem também a disponibilidade para ir “ad gentes”, não só nas casas que fundam, mas em parcerias e na promoção de projetos de voluntariado missionário.

No dia 15 de maio deste ano de 2022, em Roma, é canonizada pelo Papa Francisco.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Partilhe nas redes sociais!
21 de Outubro de 2022