Bispos Eméritos

D. Gilberto Délio Gonçalves Canavarro dos Reis nasceu a 27 de maio de 1940 em Barbadães de Baixo, Freguesia de Vreia de Bornes, Concelho de Vila Pouca de Aguiar, na Diocese de Vila Real. É aqui que cresce, faz o seu caminho espiritual e de formação. A 21 de setembro de 1963 é ordenado sacerdote em Vila Real.

Posteriormente, estudou Teologia Espiritual na Universidade Gregoriana, em Roma. Foi Diretor Espiritual no Seminário de Vila Real, Professor de Teologia Fundamental, Prefeito de Estudos no Seminário do Porto e Pároco em Chaves.

A 16 de novembro de 1988, é nomeado, pelo Papa São João Paulo II, como bispo auxiliar do Porto, com o título de Elephantaria in Mauretania. Recebeu a ordem episcopal a 12 de fevereiro de 1989, na Igreja Matriz de Chaves. No dia 23 de abril de 1998, foi nomeado Bispo de Setúbal e a 21 de junho de 1998 fez a sua entrada solene na diocese.

No seu percurso como bispo diocesano, publicou duas exortações pastorais: “Setúbal, convoco-te para a missão” (21 de junho de 2001) e “Setúbal, vive da Eucaristia – mistério de fé, comunhão e missão” (16 de julho de 2003).

Na Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), integrou o Conselho Permanente entre 2008 e 2014. Foi vogal da Comissão Episcopal Clero, Seminário e Vocações, da Comissão Episcopal Migrações e Turismo e da Comissão Episcopal de Ação Social e Caritativa. Foi igualmente Presidente da Comissão Episcopal Clero, Seminário e Vocações e Delegado da CEP para as relações Bispos/Vida Consagrada.

A 24 de Agosto de 2015, o Papa Francisco aceitou o seu pedido de resignação e nomeou-o Administrador Apostólico da Diocese. No dia 25 de Outubro de 2015, com a tomada de posse do seu sucessor, D. José Ornelas Carvalho, passou à qualidade de Bispo Emérito.

D. Manuel da Silva Martins nasceu a 20 de janeiro de 1927 em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, Diocese do Porto. Fez os seus estudos nos Seminários do Porto e na Universidade Gregoriana, em Roma.

A sua ordenação presbiteral teve lugar no dia 12 de agosto de 1951, na Igreja Matriz de Santo Tirso. Começou a sua atividade como professor de Direito Canónico no Seminário Maior do Porto, de que foi Vice-Reitor. De 1960 a 1969 foi pároco de Cedofeita, no Porto. Em 1969, foi nomeado Vigário-Geral da Diocese.

A 16 de julho de 1975, foi nomeado pelo Papa Paulo VI para primeiro Bispo da diocese de Setúbal, onde permaneceu durante 23 anos. A sua ordenação episcopal ocorreu no dia 26 de outubro de 1975, na Sé de Setúbal (Igreja de Santa Maria da Graça). Nas suas primeira palavras como Bispo diocesano afirmava:

“Nasci Bispo em Setúbal, agora sou de Setúbal. Aqui anunciarei o Evangelho da libertação, na justiça e no amor. Aqui proclamarei o Cristo vivo – que veio e está no meio de nós – o único que pode alicerçar na fraternidade, a sociedade justa que é a aspiração angustiante de todos nós.”

Como membro da Conferência Episcopal Portuguesa, foi Presidente da Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa e da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo. Foi Presidente da Secção Portuguesa da Pax Christi e da Fundação SPES.

Várias autarquias o nomearam “cidadão honorário”, condecorando-o com medalhas de mérito e dando o seu nome, em Setúbal, a uma Escola Secundária e ao Pólo-Sul da Universidade Moderna. É Doutor “honoris causa”, pela Universidade Lusíada.

Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo pelo Presidente da República, durante as Comemorações do 10 de junho de 2007, em Setúbal, e com o Galardão dos Direitos Humanos da Assembleia da República, a 10 de dezembro de 2008.

A 23 de abril de 1998, o Santo Padre aceitou o seu pedido de renúncia. Passou à qualidade de Bispo Emérito de Setúbal no dia 21 de junho do mesmo ano com a entrada solene do seu sucessor, D. Gilberto Canavarro dos Reis.

Faleceu aos 90 anos de idade, a 24 de setembro de 2017, na sua terra natal.

Publicações:

– História de uma Crise – Grito do Bispo de Setúbal, por Alcídio Torres

– Um Modo de Estar – Bispo de Setúbal (Edição da Caritas Diocesana de Setúbal)

– Pregões de Esperança – Edição da Caritas de Setúbal (2 edições)

– Bispo de Setúbal – Um Homem Plural, por António Sousa Duarte (Biografia – Editorial Notícias)

– D. Manuel Martins, um Bispo Resignatário, mas não resignado (Edição da Caritas Diocesana de Setúbal)

– Posso entrar? – D. Manuel Martins (Fundação Notícias de Setúbal)