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Santuário da Nossa Senhora da Atalaia

O culto a Nossa Senhora da Atalaia tem origem numa lendária aparição da Virgem, no topo de uma aroeira e junto à fonte que, depois, se tornou santa. Tal prodígio, cedo se tornou ponto de atracão de uma concorrida romaria, construindo-se, então, um primeiro edifício religioso, em cujo altar se colocou uma imagem de Nossa Senhora. Até ao momento, não foi possível identificar a exata cronologia destes acontecimentos, mas é certo que, nos inícios do século XVI, o culto à Virgem da Atalaia era já bastante importante, a ponto de os oficiais das alfândegas se obrigarem a fazer uma romaria anual logo em 1507 (FONSECA, 1944, p.6).

Por outro lado, e tendo em conta algumas informações do século XIX, alguns círios (dos muitos que se desenvolveram em torno da devoção) reclamavam ser anteriores ao reinado de D. Manuel (COSTA, 1887, p.31). Finalmente, temos indicação de que, por 1540, concluía-se a cobertura da fonte santa, a expensas da Câmara de Alcochete.

O monumento compõe-se de duas partes distintas. Ao centro, ergue-se o cruzeiro propriamente dito, com representação escultórica de Nossa Senhora da Piedade, numa das faces, e Cristo na Cruz, noutra, ambas repousando num capitel que, por sua vez, assenta sobre uma coluna monolítica de base retangular. A envolver o cruzeiro, existe uma estrutura quadrangular alpendrada, suportada por quatro colunas e rematada em cúpula, por sua vez sublinhada por pináculos triangulares nos ângulos.

O grupo escultórico é o principal elemento deste monumento, apesar de se encontrar em mau estado de conservação e, em algumas partes, truncado. A Piedade constitui uma das cenas mais representadas em cruzeiros deste género, razão por que aparece em primeiro plano, a todos quantos cheguem à Atalaia; na face voltada ao santuário, retratou-se a Crucificação, completando, desta forma, os dois momentos essenciais da Paixão de Cristo. No conjunto, merece também destaque o capitel que suporta este conjunto escultórico, onde se inseriu um pequeno laço terminando em volutas, composição que, pela técnica fina de execução e pela forma, se integra nitidamente no vocabulário renascentista.

Do grupo de cruzeiros da Atalaia fazem ainda parte outros dois, colocados lateralmente ao santuário, respetivamente nas estradas para Pegões e Alcochete. São elementos posteriores ao primeiro, provavelmente do século XVII (um deles possui a inscrição de 1669) e testemunham o carinho com que os vários círios – forma de religiosidade coletiva, assente na romaria, que dispensa a intercessão de ministros da igreja (MARQUES, 1996, p.55) – foram enriquecendo a aldeia de referentes religiosos, para lá das suas próprias casas de acolhimento, que rodeiam ainda o arraial.

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