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“O funeral de um padre é o último ato pastoral que ele oferece à Igreja e à comunidade”

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O Cardeal D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, presidiu hoje à missa exequial do Pe. Carlos Russo dos Santos, sacerdote setubalense de 62 anos falecido no passado sábado, dia 22. Numa Sé repleta de sacerdotes e fiéis, que vieram prestar uma última homenagem ao sacerdote falecido, D. Américo Aguiar começou por elencar tudo o que foi a vida pastoral e os cargos do sacerdote falecido e agradecer a todos os sacerdotes lá presentes. “Eu quero dizer obrigado por tanto trabalho, tanta dedicação e dizer-lhe a ele, e aos párocos aqui presentes, um obrigado pelo trabalho que fizeram e que fazem, porque às vezes nós os Bispos esquecemo-nos ou não temos oportunidade de dizer, mas quero agradecer a todos, aos mais recentes, aos mais antigos, muita gratidão também em relação às suas comunidades e dizer-vos que estejam certos da nossa misericórdia, da nossa solidariedade”.

  1. Américo Aguiar referiu ainda que perdeu “um confessor e um conselheiro”, alguém com um “certo humor, que perante os maiores problemas sorria, sempre com o raio do cigarro na mão, mas sorria”, gracejou.

A missa foi, então, disse o bispo de Setúbal, uma “ação de graças a Deus”. “O funeral de um Padre é o último ato pastoral que o Padre oferece à Igreja e oferece à sua comunidade, ou seja, aprendemos mais uma vez com o Padre Carlos com mais este gesto de generosidade, de entrega divina, de devoção ao Pai com a sua partida da vida terrena”.

A certeza de que “o Senhor o acolhe agora de braços abertos” está assente em “todos os que ele alimentou, os que ele vestiu, os qe ele batizou, os que ele casou e os que ele confessou”, porque “não há palavras para significar o quanto as mãos, a doação, a vida de um sacerdote, significa para tantos e tantas”. “Ao longo da sua vida sacerdotal, ele foi a presença, rosto e palavra de Jesus nas suas vidas”, considerou.

A concluir, D. Américo Aguiar referiu que ia pôr “já a trabalhar o Pe. Carlos, para que ele no Céu interceda pelas vocações, interceda por esta amada diocese, pela sua família, pelos seus amigos, pela sua comunidade, e nós continuaremos com o nosso trabalho e a nossa dedicação”, e deixou uma chamada de atenção a todos os sacerdotes ali presentes. “Aumentaremos a atenção à vida e a saúde dos nossos padres. Eu não quero que sejam hipocondríacos, mas também não quero que sejam demasiado despreocupados com a sua própria vida”, pediu.

No final, o corpo do Pe. Carlos foi levado para o crematório do Cemitério da Paz, em Setúbal, onde foi cremado e as suas cinzas entregues à família.

 

 

 

Fotos e texto Ricardo Perna

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25 de Junho de 2024