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EM BOA FORMA

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Talvez seja esta a maior preocupação do seleccionador e dos próprios jogadores ao começar as suas actuações no campeonato: estar em boa forma física. Todos os cuidados são poucos, todas as preocupações se concentram na defesa das capacidades físicas dos escolhidos para nos representarem: “não se magoem de modo nenhum”, “não comam nada indigesto”, “não se constipem, não se embriaguem, não se cansem”, de modo a cumprirem no melhor o vosso dever. Os pés de muitos deles têm um seguro alto, os seus meniscos, os seus músculos, as suas articulações são minuciosamente vigiadas e protegidas para obterem o maior rendimento. Um descuido, uma queda, uma torção, uma flexão infeliz pode provocar revezes irreversíveis.

Talvez seja esta a maior preocupação do seleccionador e dos próprios jogadores ao começar as suas actuações no campeonato: estar em boa forma física. Todos os cuidados são poucos, todas as preocupações se concentram na defesa das capacidades físicas dos escolhidos para nos representarem: “não se magoem de modo nenhum”, “não comam nada indigesto”, “não se constipem, não se embriaguem, não se cansem”, de modo a cumprirem no melhor o vosso dever. Os pés de muitos deles têm um seguro alto, os seus meniscos, os seus músculos, as suas articulações são minuciosamente vigiadas e protegidas para obterem o maior rendimento. Um descuido, uma queda, uma torção, uma flexão infeliz pode provocar revezes irreversíveis.

Falamos de desportistas de alta competição cuja preparação custou muito esforço e dinheiro mas dos quais é também esperado muito lucro. Trata-se, portanto, de pessoas de alto risco. Mas não só na área do desporto há pessoas de alto risco: no campo da cultura, da política, da informação, da técnica e da religião tais pessoas existem e delas depende o êxito ou fracasso de empreendimentos importantes. Os grandes pensadores que moldam a cultura pela influência que exercem com os seus escritos, palestras, conselhos e orientações precisam também eles de “estar em boa forma” não tanto física mas intelectual, no sentido de estarem actualizados, conhecedores das realidades concretas, perscrutadores do que é essencial, do que move o mundo, das tendências reais. Os comunicadores que escolhem as notícias, que informam os povos, que dominam a televisão, os jornais, a internet, se não estiverem “em boa forma” para discernir as consequências da informação, avaliar a importância de um acontecimento, apreciar a influência de uma notícia na mudança boa ou má das mentalidades, serão afastados e perderão o seu lugar privilegiado. Também os governantes não podem descurar a “sua forma” para vencerem os desafios que lhes são apresentados. Mais uma vez não é a sua forma física que mais interessa (embora haja quem goste de correr); nem é a inteligência mais penetrante para descobrir todos os mistérios da vida que é pedida. A eles é pedida uma “boa forma” na aplicação dos conceitos de justiça, de partilha, de atenção pelo geral especialmente dos mais desprovidos, para que o progresso que procuram seja amplo, autêntico, profundo e pacífico. É-lhes pedida coragem e determinação para vencer obstáculos levantados pelos poderosos, pelos dominadores, pelos controladores da finança e da opinião pública. É-lhes pedido o equilíbrio de pai de família que, com os meios restritos e limitados que possui, crie e faça subir os seus filhos, em harmonia e paz, para mais altos patamares de bem-estar, de educação, de humanidade, de ética e de felicidade.

Quanto à boa forma requerida aos homens da religião penso que lhes é pedido tudo que aos outros e ainda mais uma grande santidade.

 

P. Manuel Soares

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18 de Junho de 2010