Um dia de dar graças a Deus, pois Setúbal tem mais um padre para estar ao serviço. Assim se pode resumir o dia 11 de Julho o dia em que Marco André Belchior foi ordenado Presbítero. A Sé de Setúbal foi o local que amigos, familiares e muitos paroquianos da Cova da Piedade, de onde é natural, do Feijó e de Corroios, onde tem trabalhado, se uniram a esta data marcante e abraçaram e acarinharam o novo presbítero. A celebração foi presidida pelo Bispo de Setúbal, D. Gilberto dos Reis, e acompanhado por muitos dos sacerdotes presentes no território diocesano.
Minutos antes da celebração, o ainda Diácono Marco Belchior referiu que era «um dia de grande alegria, o culminar de uma caminhada de grande enriquecimento e discernimento». «É um dia em que procurei fazer silêncio orante, e que é difícil de exprimir por palavras», salientou, referindo que anseia ser um padre «alegre que serve os irmãos na fé, um sacerdote que dá tudo por tudo para conduzir os irmãos e todos os homens à casa do Nosso Pai».
O Pe. Marco Belchior, como certos sacerdotes de Setúbal, passou por alguns encontros do pré-seminário, tendo entrado no Seminário Maior de S. Paulo de Almada há sete anos atrás. Ali fez o seu discernimento, estudou, orou e viveu em comunidade.
Bom Samaritano
D. Gilberto dos Reis, na sua homília, salientou a importância da Palavra de Deus, da Sua fidelidade e dos Seus mandamentos. «Precisamos de comunidades cristãs que mantenham uma relação com Jesus intensa, e que vivam a Sua Palavra fielmente», referiu, sublinhando que «é preciso levar essa mensagem aos outros que não a escutam». «A palavra de Deus requer grandes sacrifícios – disse – mas é esse desafio de escutar a palavra e segui-la que Jesus deseja, e nos torna fiéis à Sua vida». O bispo diocesano deu graças a Deus pelo novo padre, «ele que vai ser ordenado para estar ao serviço e de formar uma comunidade onde ensina, ora e onde se faz próximo como o Bom Samaritano». O prelado lembrou ao ainda diácono que o padre é diferente pelas suas atitudes, tem de ser testemunho da vida de Jesus, «e não pode querer que sejam as pessoas a vir ter com ele» ou que «os paroquianos sejam à sua imagem».
A Festa litúrgica de S. Bento, padroeiro da Europa, celebrada naquele dia, não foi esquecida por D. Gilberto, que convidou o ordinando a que, na sua vida de padre, se inspirasse em três pensamentos expressos por S. Bento: nada, absolutamente nada, antepôr a Cristo; procurar sempre não o que pensa ser útil para si, mas o que é útil para os outros, e antecipar-se aos outros na estima recíproca.
Ambiente de oração
Depois das palavras do prelado, seguiu-se o Rito da Ordenação, com o diálogo entre o Bispo e o ordinando acerca das disposições deste relativamente ao ministério que iria receber, bem como a sua promessa de obediência ao Bispo e seus sucessores. Depois, todo o povo entoou o canto da ladainha dos santos, pedindo a intercessão de todos eles para o candidato, que estava neste momento prostrado no chão.
A imposição das mãos sobre o ordinando, por parte do Bispo e por todos os presbíteros, e a oração consecratória, gestos sacramentais que vêm dos tempos dos Apóstolos, concretizaram a graça do Sacramento, que tornou o até aí diácono, em presbítero.
Seguiram-se os ritos explicativos: a paramentação com as vestes litúrgicas próprias dos presbíteros, a unção das mãos com o óleo do crisma e a saudação ao Bispo e a todos os presbíteros, mostrando a integração do novo padre no Presbitério diocesano. A assembleia respondeu com uma salva de palmas à alegria de ter presente o seu novo padre, que vai estar ao serviço de toda a diocese.
O novo presbítero terá como primeira nomeação a de Vigário Paroquial nas paróquias de Fernão Ferro e de Pinhal de Frades, de que é Pároco o Padre José Manuel Abreu, também Ecónomo da Diocese.
Bruno Máximo Leite