O Bispo de Setúbal, Cardeal D. Américo Aguiar, presidiu à celebração dos Crismas na paróquia da Charneca de Caparica. Foram 42 jovens e adultos que foram confirmados na sua fé, numa celebração que encheu a Igreja da Senhora da Rosa e que teve um outro motivo de festa: a Irmã Isabel Mata, Franciscana Missionária de Maria, que celebra por estes dias 75 anos de consagração, também esteve presente.
Na homilia da celebração, D. Américo Aguiar reforçou a ideia que tem deixado junto dos jovens com quem tem estado. “O melhor plano que Deus tem para nós é sermos felizes. Com o Crisma, não significa que deixamos de fazer asneiras, mas que queremos todos os dias corrigir e melhorar”, disse o prelado.
O bispo de Setúbal elogiou os jovens que ali se apresentaram para serem confirmados na fé, já que o testemunho que deixam requer, nos dias de hoje, alguma heroicidade. “Estamos num tempo exigente para todos e cada um, e estarem aqui, caros jovens, requer alguma heroicidade. Quererem estar aqui a receber o sacramento do crisma diz muito de vós, porque à vossa volta muitos não o querem receber”, considerou, acrescentando que “sermos parte de uma história do Povo de Deus engrandece-nos”.
D. Américo Aguiar falou também aos jovens crismandos sobre a importância do perdão, mas também da dificuldade que é conseguir perdoar sempre, assegurando que “não é fácil perdoar sempre, a não ser que Deus esteja no nosso coração”. “Perdoar 70×7 não é fazer a conta e perdoar 490 vezes, é sempre. E quanto mais as falhas estejam nas pessoas que nos são mais próximas, mais difícil se torna perdoar. E para isso precisamos de toda a força de Deus para conseguir perdoar”, sustentou.
Por isso, pediu, “cada um de vós permita que o Espírito Santo habite no seu coração”, e deixou uma certeza. “Caros jovens, Deus ama-vos como sois, não tenham a tentação de serem outra coisa. Somos obra-prima de Deus, e quem não gosta que ponha na beira do prato”, concluiu.
No final da celebração, D. Américo Aguiar elogiou os 75 anos de vida religiosa da Ir. Isabel Mata, e exortou todos os jovens a que se deixem interrogar qual a vocação que desejam para a sua vida, e se deixem “levar pelos seus sonhos”, seja qual for o caminho que desejam fazer, apontando como exemplo precisamente a vida desta missionária, que depois de quase 30 anos em África e de trabalho pastoral em Lisboa e no Funchal, está ao serviço da Charneca de Caparica há mais de 20 anos.
Texto e fotos Ricardo Perna