O bispo de Setúbal, cardeal D. Américo Aguiar, esteve este domingo de manhã, dia 7, nas paróquias de Pinhal de Frades e Fernão Ferro para administrar o sacramento do Crisma a 11 adultos que, nas duas comunidades, se estiveram a preparar para receber o sacramento nos últimos meses.
Nas homilias das celebrações, D. Américo Aguiar pegou na leitura dos atos dos Apóstolos que descrevia a vida das primeiras comunidades para explicar que “temos de ir à fonte para entender estes gestos”. “Tudo é de todos na comunidade, e importante que nunca deixemos de ser sensíveis às necessidades dos nossos irmãos”.
Segundo o prelado, “é pelos primeiros homens e mulheres do tempo de Jesus que estamos aqui, porque eles deram testemunho”. “Ele vive quando todos somos capazes de nos aproximar do outro que é frágil, que sofre. Por isso é que as primeiras comunidades partilhavam tudo entre si, e tentavam que nada faltasse a ninguém”, explicou.
O Evangelho contou o episódio de Tomé, que só reconheceu a Jesus ressuscitado quando o viu. “Temos de agradecer a Tomé, porque em muitos momentos da nossa vida assumimos esta personagem, não acreditamos o suficiente e não somos capazes de dar testemunho de Cristo Vivo”, afirmou o cardeal.
Neste sentido, pediu que, em especial nestes dias de Páscoa até ao Pentecostes, os cristãos “saiam à rua para testemunhar o Cristo Vivo”. “Façam festa, toquem os sinos, anunciem que ele está vivo, deem testemunho”, pediu D. Américo Aguiar.
Aos crismados, o bispo de Setúbal deixou o pedido de que esta cerimónia não seja “um carimbo que me deixa ir embora”. “Vamos crismar e queremos e desejamos que o Espírito Santo aqueça os seus corações, mas o que queremos é que não desapareçam, que o Crisma seja o assumir mais completamente do Cristo Vivo nos nossos corações”, disse.
D. Américo Aguiar defendeu que, “se cada um de nós permitir que Deus aconteça, o nosso amanhã será diferente”. “Se cada um de nós der espaço a Deus nas suas vidas, Ele acontece”, concluiu.
Texto e fotos: Ricardo Perna