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Defesa da liberdade religiosa

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O Vaticano divulgou na passada Terça-feira o tema escolhido por Bento XVI para a celebração do Dia Mundial da Paz 2011, que desta feita estará centrado na temática da liberdade religiosa. A mensagem que o Papa vai escrever para esta ocasião tem como título “Liberdade religiosa, caminho para a paz”.

 

 

Em comunicado, a sala de imprensa da Santa Sé sublinha que “há muitas áreas do mundo em que persistem formas de limitação à liberdade religiosa, seja onde as comunidades de crentes são uma minoria, seja onde as comunidades crentes não o são”.

Nesse sentido, alerta-se para “formas mais sofisticadas de discriminação e marginalização, no plano cultural e da participação na vida pública e política”.

Em relação à questão que será abordada em 2011, a Santa Sé refere ainda que “no mundo se registam diversas formas de limitação ou negação da liberdade religiosa, de discriminação e marginalização baseadas na religião”.

 Estes fenómenos levam à “perseguição e à violência contra as minorias religiosas”.

O Dia Mundial da Paz é celebrado, desde 1968, a 1 de Janeiro.

O comunicado da Santa Sé cita o discurso de Bento XVI na assembleia-geral das Nações Unidas, em Abril de 2008, no qual o Papa afirma que “os direitos humanos devem incluir o direito de liberdade religiosa, compreendido como expressão de uma dimensão que é ao mesmo tempo individual e comunitária, uma visão que manifesta a unidade da pessoa, mesmo distinguindo claramente entre a dimensão de cidadão e a de crente”.

Ainda a partir do mesmo discurso, a Santa Sé indica ser “inconcebível que os crentes tenham de suprimir uma parte de si mesmos – a sua fé – para serem cidadãos activos. Nunca deveria ser necessário renegar Deus para poder gozar dos próprios direitos”.

“O ser humano não pode ser fragmentado, dividido por aquilo em que acredita, porque aquilo em que acredita tem impacto sobre a sua vida e a sua pessoa”, pode ler-se no comunicado.

A Santa Sé sublinha que a “religiosidade” não se pode confundir com o “fundamentalismo, a manipulação e a instrumentalização da verdade e da verdade do ser humano”.

O comunicado lembra a declaração Dignitatis Humanae, do II Concílio do Vaticano, na qual se defende “o direito de buscar a verdade em matéria religiosa”.

“Esta é uma vocação que deve ser reconhecida como direito fundamental do ser humano”, indica o Vaticano, “condição indispensável para a realização do bem comum e a afirmação da paz no mundo”.

Desde 2006, os temas escolhidos pelo actual Papa para a celebração de 1 de Janeiro foram a verdade, a dignidade da pessoa, a unidade da família humana, o combate contra a pobreza e o meio ambiente.

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19 de Julho de 2010