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Festas em honra de Nossa Senhora do Bom Sucesso

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«Estas festas não são apenas as festas de Cacilhas porque Nossa Senhora ama e protege cada um dos que vão rezar à sua casa». Foi com esta frase que o pároco, Padre João Luís Paixão encerrou a procissão em honra de Nossa Senhora do Bom Sucesso que decorreu, como é tradicional, no dia em que a Igreja celebrou a Solenidade de Todos os Santos, 1 de Novembro.

 

 

As festividades de Nossa Senhora do Bom Sucesso em Cacilhas representam uma tradição de fé e devoção com mais de 250 anos, em honra da Santa padroeira da freguesia.

Este ano, já com o farol de Cacilhas em funcionamento, o Padre João Luís Paixão fez questão de referir que o verdadeiro farol de Cacilhas sempre foi Nossa Senhora: «Ainda antes de se pensar fazer este farol, já há 255 anos que Nossa Senhora continuava a ser uma luz. Foi por isso que, aquando do terramoto, um homem chamado Pedro da Silva resolveu ir buscar a imagem de Nossa Senhora à Igreja e a trouxe até às margens do Tejo, impedindo que o mar entrasse por Cacilhas e Almada e destruísse a cidade onde vivemos hoje».

Depois de ter saído da Igreja Paroquial de Cacilhas, a procissão parou no Largo dos Bombeiros para ali estes ‘soldados da paz’ saudarem Nossa Senhora. Ao percorrer as ruas da cidade levando consigo milhares de devotos, muitas pessoas de colchas à janela e lançando pétalas de flores em direcção à imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, agradeceram o milagre de 1755, e rezaram para que Maria os ajudasse nos terramotos do seu dia-a-dia.

«Os tempos não são fáceis. Vivemos em tempos de terramotos, de maremotos, mas acima de tudo é a fé que nos deve fazer acreditar que melhores tempos virão, contemplando o rosto de Maria, pois a sua história, que não foi fácil, abriu-lhe a porta do céu», referiu o pároco já junto ao rio Tejo até onde foi a imagem de Nossa Senhora para se proceder à bênção das águas e dos barcos. Este ano, a lancha ‘Sagitário’ da Marinha Portuguesa também este presente.

 

Maria aponta para Jesus

 

O habitual sermão, após a bênção, foi proclamado pelo Padre José Pires, o primeiro pároco da recente Paróquia de São Francisco Xavier na Caparica que está, assim, confiada aos Jesuítas.

Aos fiéis, este sacerdote relembrou que Maria é quem aponta para Jesus: «Ela diz-nos, escutai-O. Ele dá indicações e quando as der, acreditai nelas e ponde-as em prática. Fazei o que Ele vos disser. Esta é uma indicação que Maria nos faz continuamente na nossa vida e na Igreja ao longo das suas intervenções. Em Fátima, em Lourdes, ou em qualquer outro lugar, Maria vem sempre chamar a atenção para Jesus».


Anabela Sousa

 

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04 de Novembro de 2010