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Caro Alfredo,

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Caro Alfredo,
Agora que vamos ter Pedro em Portugal, oxalá sejamos capazes de aproveitar as riquezas desta visita, deixa-me que te lembre os Papas que conheci: Pio XII, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI.

Não poderei esquecer nunca a impressão que me causou Pio XII, quando, chegado eu fresquinho a Roma, o vi em S. Pedro, por sinal, na beatificação da “nossa” Rafaela Maria, depois canonizada e tornada nossa “diocesana” na Casa de Oração de Palmela. Foi um delírio, quando o Santo Padre, majestoso que era, pela pessoa e pela função, entra na basílica, em sede gestatória. Ninguém ouse tocar na grandeza, na sabedoria e na santidade de Pio XII.

Conheci a seguir Paulo VI, o Papa asceta, de olhar perscrutador e penetrante a quem Deus confiou a ingente e árdua tarefa de continuar e promulgar o Concílio. Alimento também uma grande veneração por este Papa que conheci e a quem cumprimentei ainda cardeal. Foi o Papa que criou a diocese de Setúbal em 16 de Julho de 1975 e para ela “escolheu” o seu primeiro bispo. Conservo sempre a sua memória no melhor do meu coração.

Quem não conheceu e ainda “conhece” João Paulo II, o Papa do mundo? Este Papa marcou a Igreja e marcou a História. E cada um de nós não precisa de razões apontadas de fora. Entrou em cada um de nós, é de cada um de nós. E nós, os bispos, temos tanto para contar a respeito deste gigante simples, terno, atento, irmão…sobretudo com as experiências das visitas “ad Limina”.

Quanto a Bento XVI, conheci-o ainda cardeal. É o Papa das profundidades. A fecundidade do seu serviço à Igreja e à humanidade começa a ser escrita com letras de sangue. Vai agora estar connosco. Os Pastorinhos também nos vão dizer quanto devemos estar com ele.

 

Teu Amigo,

+ Manuel

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07 de Maio de 2010