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Maior perigo vem da contaminação da fé

benedetto

Bento XVI defendeu no passado dia 29 que o maior perigo para a Igreja não vem das “perseguições”, mas da contaminação da fé e da vida cristã. “O dano maior é sofrido pela Igreja por tudo quanto contamina a fé e a vida cristã dos seus membros e das suas comunidades, ferindo a integridade do Corpo místico, enfraquecendo a sua capacidade de profecia e de testemunho e ofuscando a beleza do seu rosto”, disse o Papa na homilia da celebração a que presidiu na Basílica de São Pedro.

 

 

 

Aludindo por diversas vezes ao tema da “liberdade da Igreja”, Bento XVI descreveu “provações” dos cristãos, que “nalguns períodos e lugares assumiram o carácter de verdadeiras perseguições”.

Todavia, assinalou, “as perseguições não constituem o perigo mais grave para a Igreja”, admitindo que há “males espirituais e morais que podem ferir a sua autenticidade e credibilidade”. “Deus está próximo dos seus fiéis servidores e liberta-os de todo o mal, liberta a Igreja das forças negativas”, acrescentou.

O Papa impôs no passado dia 29, Terça-feira, o Pálio a 38 arcebispos de todo o mundo, assinalando assim a festa litúrgica de São Pedro e São Paulo.

Bento XVI lembrou que este gesto reforça a “comunhão com a Sé Apostólica”, a qual “assegura às Igrejas particulares e às Conferências Episcopais a liberdade no que diz respeito a poderes locais, nacionais e internacionais, que podem nalguns casos impedir a sua missão por motivos políticos ou ideológicos”. “Além disso, o ministério petrino é garantia de liberdade no sentido da plena adesão à verdade, de modo que o Povo de Deus seja preservado dos erros concernentes à fé e à moral”, prosseguiu.

Na cerimónia estava ainda uma representação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, diante da qual o Papa citou a promessa de Cristo de que as forças do inferno não prevalecerão sobre a sua Igreja. “Estas palavras podem ter também um significativo valor ecuménico, dado que um dos efeitos típicos da acção do Maligno é exactamente a divisão no interior da Comunidade eclesial”, precisou.

No final da celebração, Bento XVI e o Metropolita ortodoxo Genádio desceram à Confissão de São Pedro, na Basílica, para uma breve oração.

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01 de Julho de 2010