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A Palavra do Papa: o Evangelho que requer testemunho e a unidade promovida pelos media

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Esta semana, o Santo Padre presidiu à Eucaristia na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, na Basílica de São Pedro, na presença de cerca de 90 fiéis e enviou uma mensagem à Associação Católica de Imprensa da América do Norte, destacando os desafios de “informar e unir” para vencer “as doenças do racismo, da injustiça e da indiferença”.

Na homilia da Solenidade de S. Pedro e S. Paulo, o Papa Francisco apelou à unidade, ao testemunho “de que o Evangelho é possível” e ao desafio a que somos chamados por Deus de sermos “pedras vivas”, com as quais podemos construir “uma Igreja e uma humanidade renovadas”.

O Sumo Pontífice lembra Pedro e Paulo para explicar uma ligação de amor em Deus, de irmãos na fé, apesar das diferenças. Refere o Papa, que a familiaridade entre os dois santos “não provinha de inclinações naturais, mas do Senhor. Ele não nos mandou agradar, mas amar. É Ele que nos une, sem nos uniformizar. É Ele que nos une nas diferenças.”

Nas palavras do Papa Francisco, apenas pela oração podemos chegar à unidade: “A unidade é um princípio que se ativa com a oração, porque a oração permite ao Espírito Santo intervir, abrir à esperança, encurtar as distâncias, manter-nos juntos nas dificuldades.”

As provocações que Jesus fez a Pedro e Paulo durante os seus percursos levam-nos a crer que “a profecia nasce quando nos deixamos provocar por Deus”. Só quem se abre às surpresas de Deus é que se torna profeta”, acrescenta.

Para o Santo Padre, hoje temos necessidade “de profecia, mas de verdadeira profecia: não discursos que prometem o impossível, mas testemunhos de que o Evangelho é possível”, “é preciso vidas que manifestem o milagre do amor de Deus.”

Para uma verdadeira profecia, “não é preciso poder, mas coerência; não palavras, mas oração; não proclamações, mas serviço”.

“Quer uma Igreja profética? Comece a servir, fique calado. Não teoria, mas testemunho. Precisamos não de ser ricos, mas de amar os pobres; não de ganhar para nós, mas de nos gastarmos pelos outros; não do consenso do mundo”, complementa.

Por fim, o Papa alerta que “há sempre quem destrua a unidade e quem apague a profecia”. Contudo, o Senhor acredita em nós e pede-nos para ser profetas do céu e construtores de unidade. “Deixemo-nos provocar por Jesus e ganhemos a coragem de Lhe dizer: “Sim, quero”.

 

“Informar e unir”

Esta semana, o Papa enviou uma mensagem à Associação Católica de Imprensa dos Estados Unidos e Canadá, destacando os desafios de “informar e unir” para vencer “as doenças do racismo, da injustiça e da indiferença”.

“É essencial a missão dos meios de comunicação para manter as pessoas unidas, encurtando distâncias, fornecendo as informações necessárias e abrindo as mentes e os corações à verdade”, refere Francisco, num texto divulgado pelo Vaticano.

“As nossas comunidades precisam dos meios de comunicação para informar e unir”, acrescenta.

O Papa lamenta a “polarização” que tomou conta da opinião pública, até na comunidade católica, desejando que os meios de comunicação sejam capazes de “construir pontes, defender a vida e derrubar muros, visíveis e invisíveis, que impedem o diálogo sincero e a verdadeira comunicação”.

Francisco espera ainda que os media possam ajudar “as pessoas, sobretudo os jovens, a distinguir o bem do mal, a fazer julgamentos corretos, baseados numa apresentação clara e imparcial dos factos, a compreender a importância do compromisso com a justiça, a concórdia social e o respeito pela casa comum”.

JM com Agência Ecclesia e Vatican News

 

 

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02 de Julho de 2020