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As “nossas mãos ungidas” são “rosto de Cristo para todos os nossos irmãos”

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O Cardeal D. Américo Aguiar presidiu hoje, pela primeira vez na diocese de Setúbal, à Missa Crismal, que reuniu não apenas a quase totalidade dos sacerdotes, diáconos e seminaristas da diocese, mas também um largo número de fiéis que encheram a Sé de Setúbal para a eucaristia desta manhã de Quinta-feira Santa.

Antes da bênção dos óleos, D. Américo Aguiar quis presentear todos os sacerdotes presentes com uma unção com nardo, o óleo que foi usado por Maria para ungir os pés de Jesus. “Perfumar as mãos para que possam levar aos filhos, filhas, irmãos e irmãs que encontrem pelo caminho, é um sinal visível deste gesto de renovação das promessas sacerdotais”, referiu D. Américo Aguiar.

 

 

A eucaristia tinha como propósito maior não apenas a renovação das promessas sacerdotais dos sacerdotes da diocese, mas também é bênção dos Santos Óleos. Na homilia, o bispo de Setúbal afirmou que “esta celebração «Crismal», onde benzeremos e consagraremos os Santos Óleos, também nos enraíza profundamente no momento em que as mãos de cada um de nós foram ungidas com Óleo Santo… com a imposição das mãos, a unção e a oração fomos introduzidos no sacerdócio de Jesus Cristo”, relevou o prelado, que sustentou que “hoje renovamos perante Cristo a disponibilidade destas nossas mãos ungidas serem as Suas mãos… pedindo-Lhe que não deixe, nunca deixe de nos dar a Sua mão e nos guiar”.

Américo Aguiar recordou as palavras dos peregrinos gregos que disseram ao apóstolo Filipe “queremos ver Jesus”, para dizer aos presentes que “os homens do nosso tempo, talvez sem se darem conta, pedem aos crentes de hoje não só que lhes «falem» de Cristo, mas também que, de certa forma, lh’O façam «ver»”. “Serão as nossas mãos ungidas, os nossos rostos, os nossos pés, seremos nós, plenamente, na totalidade, que seremos o rosto de Cristo para todos os nossos irmãos”, disse.

 

 

O bispo de Setúbal mostrou-se ainda preocupado com as dificuldades com que vivem os sacerdotes na diocese. Se, por um lado, pediu orações pelos sacerdotes que estão doentes e assumiu “perante todos” que “a diocese não lhes faltará em tudo o que for necessário nas suas vidas, quanto a alojamento, cuidados de saúde, carinho, dedicação e acompanhamento”, por outro lado relembrou os problemas de burnout ou “outros quadros de cansaço, esgotamento e dependências” que afetam um número crescente de sacerdotes. “Meus padres, sejamos rede de segurança uns para os outros, tecida por Ele, ungida e perfumada… os últimos tempos não têm sido fáceis, mas o Espírito do Senhor está sobre nós”, afirmou na homilia.

No final da celebração, e como tradicional, o bispo recebeu todos os sacerdotes, diáconos e seminaristas da diocese no paço episcopal para um almoço de convívio.

 

As celebrações do Tríduo Pascal iniciam-se hoje pelas 18h30 com a celebração da Última Ceia, na Sé de Setúbal. Amanhã, 6f, a Celebração da Paixão do Senhor será pelas 15h e à noite haverá a procissão que vai da Igreja de S. Julião para a Sé.

Sábado a Vigília Pascal será pelas 22h e no Domingo de Páscoa D. Américo Aguiar, que presidirá a todas estas celebrações, celebra missa pelas 11h30, na Sé, como todas as outroas celebrações.

 

Caso não se possa deslocar pode acompanhar em direto todas as celebrações nas redes sociais da Diocese de Setúbal. Aqui fica a de hoje:

 

 

 

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28 de Março de 2024