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Este é o dia de “nos sabermos Amados”

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“Este é o tempo de nos darmos por inteiro ao povo que nos está confiado e de nos darmos uns aos outros como irmãos”. A ideia foi repetida hoje e em todas as celebrações do Tríduo Pascal pelo Cardeal D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal.

Um tempo de entrega, como foi a entrega de Jesus na cruz, que hoje, Dia de Páscoa, ganha o maior relevo. “Jesus nasceu, viveu e morreu por Amor, Amor por mim e por cada um de vós aqui presentes. Um Amor que nos acompanha desde o levantar ao deitar, que nos faz sorrir de alegria mesmo quando estamos sós. Um Amor que nos dá força e esperança a cada dia que passa”, reforça o prelado.

Na homilia da Missa de hoje, D. Américo Aguiar insistiu no anúncio de um “Amor maior”, anunciado com “pressa”. “O anúncio do Evangelho, da Boa Nova da Ressurreição pede-nos pressa, celeridade, inquieta-nos na urgência do Anúncio”, por isso “não podemos retardar, adiar ou simplesmente calar a descoberta extraordinária que a Escritura nos narra, a descoberta que o mundo não deixa de fazer há mais de dois mil anos: CRISTO VIVE”, defendeu.

Este é o dever de cada cristão, “transportar o testemunho para passar ao próximo, de coração a coração, dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano, século após século e milénio após milénio. Assim tem sido, assim continuará a ser até quando Deus quiser”.

O bispo de Setúbal questionou se, ao contrário dos apóstolos, que não entenderam quando Jesus lhes falou de Ressurreição, entendemos o que isso significa. Esta que será “a pergunta mais difícil que podemos colocar a nós mesmos”, mas também aquela “cuja resposta pode parecer demasiado simples”. “A resposta está na descoberta de nos sabermos Amados” por um “Amor maior”.

Na noite anterior, a da Vigília, D. Américo Aguiar focou-se nas mulheres da Galileia, “as primeiras a receber tal missão, enviadas a dar a Boa Noticia aos apóstolos”, aquelas que descobriram o sepulcro vazio. “Não sabemos quanto tempo terão ficado quietas e silenciosas perante aquela pedra. Só sabemos que entraram. Os seus olhos e os seus corações estavam «preparados» para tudo, menos para o que aconteceu…ficaram assustadas”.

“Nos rostos destas mulheres podemos espelhar os rostos das mulheres, crianças e idosos da Ucrânia, da Rússia, da Terra de Jesus e de tantas outras guerras nações que vivem diariamente a guerra”, outras das preocupações mais prementes do bispo de Setúbal neste Tríduo Pascal, e sempre presente nas suas intenções de oração.

Terminamos como começámos. “Este é o tempo de nos darmos por inteiro ao povo que nos está confiado e de nos darmos uns aos outros como irmãos”. Fica o desafio do nosso bispo.

 

 

Fotos e texto: Ricardo Perna

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31 de Março de 2024