Caro Alfredo,
A palavra de Deus não foi para “Aquele tempo”, é para hoje. A palavra de Deus não foi para aqueles, que foi também, mas agora para nós, para mim.
Caro Alfredo,
A palavra de Deus não foi para “Aquele tempo”, é para hoje. A palavra de Deus não foi para aqueles, que foi também, mas agora para nós, para mim. E a propósito. E directamente. Ao celebrante compete explicá-la e aplicá-la, de forma a ajudar o fiel no seu caminho de perfeição. Mas, às vezes, a explicação, pelo menos a mim, sabe-me (quase?) a profanação, tão clara, directa e incisiva que a Palavra é. Exemplifico só com as leituras do passado 20 de Fevereiro (7.º Domingo do tempo comum). Repara bem:
1. Do Levítico:
• “Sede Santos, porque Eu sou santo”;
• “Não odieis um irmão vosso, não vos vingueis, não guardeis rancor aos membros do vosso povo”;
• “Amai o vosso próximo como a vós mesmos”.
2. Da Carta aos Coríntios:
• “Se alguém destrói o templo de Deus, Deus destruí-lo-á, porque o templo de Deus é Santo e esse templo sois vós”;
• “Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo e Cristo é Deus”.
3. De Mateus;
• “Ouvistes o que foi dito aos antigos: olho por olho, dente por dente, pois eu digo-vos: se alguém te bater na face direita, apresenta-lhe também a outra”;
• “Hás-de amar o teu próximo e odiar o teu inimigo. Pois eu digo-vos: amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem”;
• “Dá a quem te peça e não voltes as costas àquele que te pede emprestado”.
Um provocador foi este Jesus.
Um provocador é este Jesus.
Que nos acorda, que nos incomoda, que nos provoca…
Teu amigo
+ Manuel