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“Fé- Faith”

Faith

“Fé- Faith” é um livro de fotografia, bilíngue, de Isabel Mateus Braga que vai ser apresentado pelas 16h00 no dia 9 de julho, na igreja paroquial de Santo André.
A fotógrafa do Barreiro disse ao Notícias de Setúbal que é “um livro para refletir como a vida é simplesmente construída com fé”. O Papa Francisco já recebeu um exemplar de “Fé- Faith” e para o futuro estão previstas edições em português, inglês e em castelhano, e ainda um livro sobre arte.

Notícias de Setúbal (NS) – As fotografias no seu primeiro livro de fotografias não são só de espaços religiosos ou pessoas em contexto religioso. Que «Fé- Faith» é revelada aos leitores?

Isabel Mateus Braga (IMB) – Apenas a fé em alguma coisa. Pode ser religiosa ou não. O livro é a simbiose entre a simplicidade das fotografias e a profundidade dos pensamentos/citações de grandes referências mundiais nas áreas da Arte, Filosofia, Literatura, Educação, Política, Ciência, Música, Cinema e Religião.

NS – Qual a importância da fé na sua vida?

IMB – A minha vida foi sempre pautada pela Fé. Nasci em Vila Real de Santo António, fui batizada na igreja de Caxias e fiz a 1.ª Comunhão e o Crisma em Vila Real de Santo António. Nascida e criada no seio de uma família católica praticante fui acompanhada, toda a minha vida pela Fé.

NS – São 50 fotografias acompanhadas com frases. Como foram escolhidas e os seus autores. Que reflexão pretende?

IMB – Escolhi apenas os autores que conhecia, sou licenciada em Filologia Germânica e esse facto permitiu-me estudar vários autores. Como me interesso por arte, música e cinema, foi fácil selecionar os cinquenta pensamentos.

NS – O que pretende mostrar, transmitir com estas fotografias?

IMB – Citando Ernst Haas pretendo apenas mostrar que “a câmara fotográfica não faz qualquer diferença. Todas registam aquilo que conseguimos ver. Mas temos que ver”.

NS – Onde foram tiradas as fotografias e durante quanto tempo?

IMB – As fotografias foram captadas no local onde nasci, no local onde resido e nos locais, onde sempre que posso, vou carregar baterias, porque ser professor na sociedade em que vivemos, não é fácil. Foram captadas durante um período de cinco anos: Praia da Adraga; Fátima; Armação de Pêra; Barreiro; Penedo; Sameiro; Cabo da Roca; Colares; Praia das Maçãs; Praia da Nossa Senhora da Rocha; Praia Grande; Porches; Lisboa; Almoçageme; Ourique; Escaroupim; Vila Real de Santo António; Batalha.

NS – Qual a história da fotografia escolhida para a capa e porquê?

IMB – A fotografia da capa foi captada durante a procissão de Nossa Senhora do Rosário no Barreiro. Coincidiu com a aquisição da máquina Reflex e ainda utilizo hoje.
Foi uma fotografia que mexeu comigo. Imprimi-a e fiquei com a sensação que iria utilizá-la. Não sabia bem onde, mas tinha a certeza que a ia utilizar.

NS – Como surgiu a publicação do seu primeiro livro de fotografia e porquê uma edição bilingue?

IMB – A edição é bilingue porque sou professora de Inglês e para que o livro possa ir além-fronteiras. Estou a preparar uma versão também em Castelhano.

NS – Participou na exposição diocesana “Visão do Infinito – Os artistas e a Fé”. O que recorda e como foi esta participação?

IMB – Participar na Exposição diocesana “Visão do Infinito – Os artistas e a Fé”, foi para mim uma experiência única! Expôr ao lado de grandes artistas e com o júri com elementos de relevo nacional no mundo das artes foi, na realidade, uma grande experiência, mas confesso que, quando entreguei a fotografia no convento em Almada, senti que a fotografia ia ser escolhida!

NS – “Fé é acreditar no impossível” – O que lhe diz esta frase?

IMB – Que nunca devemos perder a Fé.

NS – Como surge a fotografia na sua vida e qual a importância que assume?

IMB – Desde que me conheço que me lembro de gostar de fotografia. Quando era miúda, claro que não mandava revelar todas as fotografias que captava, porque, nos anos 60, era muito caro. Mais tarde, quando fazia viagens com os amigos, eu era a repórter de serviço. Fotografava e filmava. Os meus amigos praticamente não levavam máquinas fotográficas. O inconveniente é que eu nunca aparecia nas fotos de viagem, mas para mim as boas fotografias não têm pessoas, têm pormenores ou texturas. Para mim, fotografar é deixar-se levar até o cartão ou a bateria não suportar mais fotos.

Carlos Borges

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30 de Junho de 2017