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Abrir caminhos pela unidade

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No final da semana de oração pela unidade dos cristãos, no dia 24 de janeiro, realizou-se, no Seminário de Almada, uma reunião entre responsáveis da Igreja Católica e do Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC). A tarde terminou, depois, com um momento de oração ecuménica na Igreja de Almada.

O encontro de responsáveis da Igreja Católica com o Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC), que congrega lusitanos, metodistas e presbiterianos, tem-se realizado com regularidade e, desta vez, realizado no Seminário de Almada, serviu para preprar um encontro dedicado à economia que se irá realizar em Maio e alinhar outras atividades futuras.

D. Manuel Felício, responsável da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé e Ecumenismo e Bispo da Diocese da Guarda, esteve presente no Seminário de Almada, na tarde do passado sábado, e explicou-nos que assuntos foram abordados: «Vamos realizar, em conjunto, um encontro sobre a relação entre o espírito evangélico e a economia. Este é um assunto que toca a vida das pessoas porque entendemos que a nossa economia muitas vezes anda desregrada, sem ética. A nossa fé manda-nos insistir e trabalhar para que os valores estejam presentes nesta atividade muito importante».

O Bispo da Guarda destacou também a preparação de outros trabalhos com outras confissões religiosas. «Há algumas confissões que ainda não pertencem a este grupo mas que existem em Portugal – disse – Nós queremos alargar o mais possível o nosso diálogo a todos. Esta semana da oração pela unidade, motivou-nos também a nós para abrir caminhos e alargar o horizonte pela unidade porque é isso que Jesus Cristo quer».

 

Testemunho de Paz

 

Jorge Pina Cabral, bispo da Igreja Lusitana, da comunhão anglicana, esteve também presente no encontro e admitiu ao Notícias de Setúbal que, pelo contexto internacional se vive, se torna cada vez mais importante dar testemunho de Paz.

«Sentimos que pelo contexto internacional que estamos a viver, de divisão, de perseguição e de intolerância entre grupos e em que muitas vezes a religião é utilizada como pretexto, precisamente se torna cada vez mais importante os cristãos e as Igrejas estarem unidos e poderem dar um testemunho conjunto de paz, de reconciliação e de diálogo, vivendo esta unidade que têm em Cristo», assinalou.

Também D. Manuel Felício nos disse concordar com esta perspetiva e foi mais além: «O dinamismo da unidade, da relação ecuménica e inter-religiosa é um dinamismo do Evangelho, um dinamismo cristão. Se não o fizermos somos infiéis ao Evangelho e nós queremos ser fiéis o mais possível a Cristo e ao seu Evangelho».

 

Fazer pontes: diálogo ecuménico e inter-religioso

 

Realizado no Seminário de São Paulo de Almada, na proximidade dos seminaristas, D. Gilberto dos Reis, o Bispo diocesano que presidiu à oração na Igreja de Almada, destacou a importância evidente deste momento.

«Nós, os cristãos diante desta graça de Jesus que é um tesouro para o mundo, não podemos estar separados por pequeninas coisas. E o facto de este encontro se ter realizado no Seminário de Almada, foi emblemático porque creio que o Padre de hoje deve ser um Padre que faz pontes e diálogo, fortemente comprometido no diálogo ecuménico, mas também no diálogo inter-religioso», disse.

 

Anabela Sousa

 

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02 de Fevereiro de 2015