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Levar a Graça de Jesus

O GJ reunido depois de contribuir para o Banco Alimentar

Na vigararia de Setúbal, chegamos esta semana ao Grupo de Jovens da Paróquia de São Paulo. Ali, a existência de jovens data do início da comunidade, há mais de trinta anos. No entanto, a configuração atual do grupo tem cerca de cinco anos. Na edição desta semana do jornal diocesano, Rui Teixeira, um dos responsáveis do grupo, relata-nos como tem sido o percurso destes jovens.

Corria o ano de 2011 quando Rui Teixeira e Patrícia Chaleira, os atuais responsáveis do Grupo de Jovens de São Paulo, participaram nas Jornadas Mundiais da Juventude, com o Papa Bento XVI, em Madrid. «Nessa altura – dizem – sentimos que não podíamos mais conter a graça recebida e que era uma obrigação levá-la a outros jovens da Paróquia». Hoje, são dezanove jovens, incluindo os animadores.

Desde 2011 têm vindo a cativar alguns jovens recém-crismados e fizeram visitas aos grupos do décimo ano da catequese. «Felizmente – diz Rui – temos tido uma boa adesão, sobretudo dos jovens entre os 16 e os 19 anos, ainda que alguns, poucos, tenham abandonando o grupo devido às solicitações do Ensino Superior ou outras do seu percurso de vida».


Entre o serviço, a oração e a reflexão


Com um carisma de inserção paroquial e diocesano, procuram ajudar ao crescimento na fé dos jovens que não estão já integrados em algum movimento com um carisma específico. Assim, as principais atividades realizadas gravitam entre o serviço, a oração, o convívio e o debate com assuntos apresentados pelos jovens e moderados pelos animadores.

«Recentemente – indica Rui Teixeira – temos vindo a adotar uma metodologia mais voltada para o exterior, pelo que em todos os períodos pastorais, marcamos datas para encontros de oração e para momentos de serviço à comunidade. Já tivemos oportunidade de colaborar com a ação social paroquial, com a Cáritas Diocesana, com o Banco Alimentar Contra a Fome, entre outras instituições».


«Motores de evangelização»


Para o futuro do Grupo de Jovens de São Paulo, Rui e Patrícia, enquanto coordenadores e animadores do Grupo de Jovens de São Paulo, querem continuar a ajudar ao crescimento na fé e na coesão dos jovens, mas também capacitar os atuais membros do grupo para que sejam, também eles, evangelizadores.

«Gostaríamos de continuar a crescer em número, mas sobretudo promover a autonomia e a responsabilidade dos nossos jovens, para que eles próprios se tornem motores da evangelização de outros jovens ao seu redor», destacam.


Igreja é jovem e precisa dos jovens


No grupo de São Paulo, Rui afirma que as dificuldades se têm sentido nas «encruzilhadas» da vida, quando os jovens têm que tomar decisões importantes. «São sobretudo as questões do emprego e do ensino superior, e as múltiplas ofertas que hoje se dispõem diante dos jovens, que podem por em risco a sua fidelidade à Igreja», afirma.

Para ajudar os jovens a responder a estas dificuldades, sublinha, «acreditamos que em primeiro lugar é preciso tê-los presente na nossa oração, quer pessoal, quer comunitária». Para além disso, «é necessário cultivar o exemplo de vida e de fidelidade, para que os mais novos também compreendam que perante as nossas próprias dificuldades pessoais, nos queremos manter ligados».

E acrescenta ainda: «Por fim, propor. Propor e nunca impor, como faz Jesus. Propor conversas, atividades, ocasiões que façam ver claramente o quanto a Igreja é jovem, é viva, e precisa dos jovens».


Envolver os jovens e confiar-lhes responsabilidades


No que se refere à Pastoral da Juventude diocesana, Rui Teixeira admite que não é uma tarefa fácil: «Em primeiro lugar porque as características dos grupos são distintas e os interesses dos jovens também, para além da necessidade em cativar os jovens. Para nós, algumas vezes, tem sido uma dificuldade, seja porque não conhecem outros grupos, seja porque têm dificuldade em se deslocar».

Na perspetiva de Rui Teixeira e Patrícia Chaleira, a pastoral juvenil diocesana só «será bem exercida se forem auscultados os jovens e se as atividades desenvolvidas, que não precisam ser muitas, os envolverem e lhes forem confiadas responsabilidades, tendo sempre com a consciência que não pretendemos substituir-nos aos jovens, mas pelo contrário lhe queremos dar destaque e apoio no caminho em Igreja».  

 

Anabela Sousa

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18 de Abril de 2016